As baratas d’água são insetos
fascinantes. Mas poucas pessoas sabem que na verdade não se trata de uma
barata e sim o membro da ordem dos hemípteros, ou seja, é um percevejo aquático.
Todas as baratas d’água pertencem a família Belostomatidae. Mas
popularmente, dependendo da região do país são chamados de arauembóia,
bota-mesa, pica-dedo e escorpião-d’água. Em inglês são conhecidos como “Giant Water Bugs” (Insetos gigantes da água), pois são um dos maiores insetos que existem podendo chegar a 15 cm de comprimento.
Como
muitos percevejos o hábito alimentar é bem entranho. Para se alimentar,
agarram as suas “vítimas” com as patas dianteiras (que são muito
maiores que as outras) e injetam uma poderosa saliva digestiva que
dissolve o interior da sua presa. As vísceras da vítima se transformam
em uma meleca orgânica pastosa que facilmente sugada pelo aparelho bucal da barata d’água. Na água, comem caramujos, lesmas girinos, salamandras, peixinhos (veja na foto).
A
reprodução é incrível. As baratas d’água podem sair da água a noite
para se acasalarem. A cópula ocorre durante a primavera e os ovos são
postos em plantas
aquáticas ou em matéria vegetal em decomposição.
Em algumas espécies,
as fêmeas depositam os ovos sobre as costas dos machos, junto com um
líquido adesivo, obrigando-os a carregar os ovos até a eclosão.
Acredita-se que isso ocorra porque os machos costumam consumir os ovos
e, em suas costas, o acesso torna-se praticamente impossível. Muito
legal!
É muito comum encontrarmos
esses insetos mortos perto de postes de luz. Os pesquisadores acreditam
que por serem animais que evoluíram orientando-se pelas estrelas,
costumam ser atraídas por luzes brilhantes, o que faz com que se
desorientem, voem em espiral e depois morram de exaustão.
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