"A depressão pode ter cura, entretanto, como suas causas ainda não
foram totalmente esclarecidas, não existe uma fórmula, e sim, várias
alternativas que podem ser usadas para cada caso, para modificar a
resposta cerebral e melhorar o humor"
Ela é um transtorno
psiquiátrico, em que o humor deprimido e a perda de vontade, associado a
outros sintomas, como alterações do sono, do apetite, cansaço e
sensação de culpa, atrapalham o dia a dia da pessoa. Existem fatores que
influenciam o desenvolvimento da depressão, como causas genéticas,
ou hereditárias, e causas ambientais, como um momento estressante da
vida ou a perda de alguém importante, por exemplo. Para entender melhor
os sintomas e as causas da desta doença.
Assim,
para curar um quadro de depressão, existem alternativas de tratamento,
que podem ser feitos separadamente ou em conjunto, mas o melhor tipo, o
tempo necessário e as doses utilizadas podem variar de acordo com cada
pessoa. Além disso, em casos de suspeita, é sempre importante procurar
ajuda de um psiquiatra, que irá definir o tipo de tratamento
necessário.
1. Uso de remédios
Os
antidepressivos são medicamentos usados para repor os
neurotransmissores no cérebro, como serotonina, dopamina e
noradrenalina que, normalmente, estão diminuídos na depressão. O uso de
remédios é indicado principalmente nos casos moderados e graves, devendo
ser usados com regularidade pois, caso contrário, pode ser muito
difícil se recuperar da doença.
Os principais antidepressivos utilizados para o tratamento da depressão são:
Classe do antidepressivo | Alguns nomes genéricos | Efeitos colaterais |
Antidepressivos tricíclicos | Imipramina, Clomipramina, Amitriptilina ou Nortriptilina | Boca seca, retenção urinária, prisão de ventre, delírios, sonolência, pressão baixa e tonturas ao levantar |
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina | Fluoxetina, Paroxetina, Citaprolam, Escitaprolam, Sertralina ou Trazodona | Enjoos, boca seca, sonolência, produção excessiva de suor, tremores, prisão de ventre, dor de cabeça e problemas de ejaculação |
Inibidores da recaptação ou aumento da atividade da serotonina e da noradrenalina | Venlafaxina, Desvenlafaxina, Duloxetina ou Mirtazapina | Boca seca, insônia, nervosismo, tremores, sonolência, enjoos, vômitos, problemas de ejaculação, excesso de suor e visão turva |
Inibidores da Monoaminoxidase | Seleginina, Pargilina, Fenelzina ou Toloxatona | Aumento da pressão, hipotensão postural, ganho de peso, insônia |
Os
remédios passam a fazer efeito em cerca de 2 a 6 semanas, e o tempo de
tratamento também pode variar de pessoa para pessoa, sendo, em alguns
casos, necessário por apenas um curto período, como 6 meses, como também
pode ser necessário por vários anos. O que irá ajudar o médico a
determinar o tempo de tratamento, a dose e o tipo do remédio é a
melhoria dos sintomas e a forma como a pessoa está reagindo ao
tratamento.
Além disso, somente o uso de remédios pode não ser
suficiente para curar uma depressão, sendo importante que a
pessoa trabalhe o seu lado psicológico, através de conversas, sessões de
psicoterapia e atividades que estimulem autoconhecimento, por exemplo.
2. Sessões de psicoterapia
A
psicoterapia é feita por um psicanalista ou psicólogo, e é importante
para ajudar na resolução de dificuldades emocionais, estimulando o
autoconhecimento e a resolução de conflitos internos da pessoa. Ela
é fundamental, mesmo quando a pessoa já utiliza medicamentos, pois ajuda
a reorganizar os pensamentos e estimular sentimentos e sensações de
alegria.
As sessões de psicoterapia costumam ser feitas 8, 4 ou 2 vezes por mês, por exemplo, a depender da necessidade de cada pessoa.
3. Eletroconvulsoterapia
A
eletroconvulsoterapia consiste em um procedimentos de eletrochoques
cerebrais, de forma controlada e indolor, que facilitam a reorganização
da atividade cerebral. É um tipo de tratamento realizado para os casos
de depressão grave, em que não houve melhora com os outros tratamentos
disponíveis.
4. Novas terapias
Existem terapias mais
recentes, que têm demonstrado bons resultados para o tratamento da
depressão de pessoas que não melhoram com outras formas de
tratamento. Entre eles estão a estimulação magnética transcraniana, a
estimulação do nervo vago e a estimulação cerebral profunda.
Estas
são formas de estimulação e reorganização da atividade do cérebro,
através do implantes de pequenos eletrodos estimuladores, capazes de
tratar também diversas doenças neurológicas, como depressão, epilepsia
ou Parkinson, por exemplo.
5. Terapias alternativas
Existem
formas mais naturais que são ótimas aliadas para complementar o
tratamento da depressão, mas que não devem substituir o tratamento
orientado pelo médico. Dentre elas estão:
- Acupuntura: pode aliviar diversos sintomas associados à esta doença, como dor, ansiedade e insônia;
- Meditação: proporciona autoconhecimento e controle dos sentimentos, o que pode melhorar a confiança e autoestima;
- Atividade física: a prática regular de exercício ajuda a liberar hormônio como serotonina e endorfina, essenciais no tratamento da depressão, além de melhorar o bem-estar. O exercício em grupo, como um esporte, pode ter ainda mais benefícios, devido a melhora da convivência social;
- Reiki: é um técnica que proporciona relaxamento e bem-estar, podendo ser útil para combater sintomas da depressão;
- Alimentação antidepressiva: existem alimentos, como banana, amendoim, aveia e leite, que aumentam os níveis de triptofano e outras substância, como magnésio, que estimulam a produção de hormônios do bem estar.
Além
disso, é recomendado investir em hobbies como música, leitura e
atividades em grupo, por exemplo, pois são atividades que melhoram a
autoestima e a autoconfiança, sendo importantes passos para a cura da
depressão.
6. Tratar outras causas da depressão
Existem
algumas doenças que podem causar ou aumentar as chances de ter uma
depressão, como hipotireoidismo, deficiência de vitamina B12, diabetes,
Alzheimer, Parkinson ou pós-AVC, por exemplo, portanto, é necessário
realizar um tratamento adequado delas para que seja possível combater os
sintomas.
Além disso, também existem remédios que podem estar
sendo utilizados no tratamento de outros problemas e que induzem a um
humor deprimido, como Propranolol, Sinvastatina e Fenobarbital, por
exemplo. Portanto, caso existam sintomas de depressão pelo uso de algum
medicamento, é importante conversar com o médico que faz o
acompanhamento para discutir a possibilidade de alteração do tratamento.
Quanto tempo dura o tratamento da depressão?
Não
existe um tempo pré-definido para o tratamento da depressão, assim,
algumas pessoas melhoram após alguns meses, já outras precisam tratar
durante anos. Isso normalmente depende da causa e da gravidade da
doença, além da possibilidade e vontade da pessoa em seguir o tratamento
corretamente. Algumas dicas para potencializar o tratamento da
depressão, e permitir uma curar mais rápida, são:
- Não manter o mesmo remédio, se não houver melhora após 6 semanas: esse é o tempo necessário para qualquer remédio fazer efeito, assim, se neste período nenhuma melhora foi notada, é importante conversar com o psiquiatra para aumentar a dose ou, em alguns casos, mudar o tipo de remédio;
- Fazer reavaliações com o psiquiatra: é importante ter consultas de acompanhamento com o médico nos tempos pré-determinados, a cada 3 ou 6 meses, por exemplo, para que sejam reavaliados os sintomas e necessidade de ajuste das doses;
- Procurar ajuda: é mais difícil vencer uma depressão sozinho, portanto é fundamental falar com um amigo, familiar, psicólogo ou com o médico sempre que não estiver bem, ou notar piora dos sintomas;
- Traçar objetivos: adotar um objetivo ou meta alcançar, como começar um projeto, um trabalho ou uma atividade nova, pois podem ser atitudes que ajudam a dar sentido à vida.
Além disso, é importante desenvolver uma
espiritualidade, pois ser uma pessoa espirituosa não necessariamente
significa ser religiosa, mas ter uma atitude de acreditar que existe um
motivo especial para estar vivo e aproveitar os momentos, dando, assim,
um significado mais especial à vida.
Fonte:tuasaude.com
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