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Explicações Acadêmicas Sobre o TOC

"“Paixões, manias, obsessões, compulsões, entre outros, pela linguagem coloquial, são vivências e comportamentos comuns não patológicos, que caracterizamos como alguma excentricidade no máximo, em alguns casos, ou particularidades, mas que, no consenso geral, não representam nenhuma anormalidade de saúde mental"

No entanto, em termos médicos, essas mesmas palavras têm outros significados. Em relação ao Transtorno Obsessivo compulsivo (TOC), obsessões e compulsões são alterações patológicas da atividade psíquica, e mania não tem conotação de hábito. Na verdade, o termo mania significa um estado de expansão e exaltação do humor (ex. euforia extrema), e que ocorre no Transtorno Bipolar, de forma que não se aplica a princípio no TOC.

Apesar dos termos científicos empregados para definir sintomas e nomear doenças psíquicas, às vezes estar presente na conversa do dia a dia ou até mesmo mudarem com os anos, não significa que a ciência médica condene peculiaridades de cada indivíduo, ou considere necessário tratar “o jeito de ser” das pessoas, nem estar criando novas doenças. Na verdade, doenças como o TOC são percebidas pelas pessoas, leigas e estudiosas, em praticamente qualquer período da história humana registrada. William Shakespeare (1606), com a tragédia de Macbeth, relatos na Grécia antiga e na história oriental documentam a existência de pessoas com essa doença atualmente conhecida como TOC.

Pela definição médica, obsessão é um pensamento ou ideia consciente (inclusive imagens mentais) intrusivos (invasivos; que se fazem presentes, independente da vontade), persistentes e recorrentes, que podem causar sofrimento, ansiedade ou ser inadequado. Ocorre, também, por expressão da vontade, tentativa planejada de ignorar ou suprimir tais pensamentos com uso de outros tipos de pensamentos ou ações não-compulsivos (essas tentativas volitivas não ocorrem constantemente). Esses pensamentos não são preocupações corriqueiras ou excessivas da rotina de vida.

Nesse sentido, é importante entender que a obsessão não é apenas uma cisma. Mesmo que uma cisma perdure na nossa cabeça, ela não está presente em todo momento e por vários dias. E uma cisma comum ainda apresenta uma lógica coerente.

Já a compulsão, pela medicina, é uma atividade cognitivo-motora (pode ser um pensamento ou movimento) secundária à obsessão, que é executada com uma sensação de obrigação ou necessidade, é repetitiva e criteriosa. Ou seja, pode ser um tipo de comportamento, atos motores, atos mentais (ex. lavar, organizar, contar, verificar, orar, repetir palavras mentalmente). A compulsão tem uma função de prevenir ou aliviar sofrimento causado pela obsessão, ou prevenir situações temidas; no entanto, não tem explicação coerente que demonstre como tal atitude seria preventiva.

Essa falta de lógica aparente nos sintomas obsessivos e compulsivos do TOC é muito frequente e evidente. Além disso, é comum encontrarmos pessoas com TOC que não perceberam que esses pensamentos e atitudes são irracionais ou que entenderam que tais manifestações são patológicas.

Outra coisa muito importante para se estabelecer um diagnóstico de TOC, é evidenciar algum comprometimento de âmbitos de vida importantes do indivíduo (profissional, familiar, conjugal...) ou desgaste acentuado. Isso é imprescindível, pois não se pode falar em doença que não cause danos ao paciente, de outra forma seria, de fato, criar doenças.
 
Em dados estatísticos, o TOC é caracterizado como uma doença um pouco rara. Ao redor do mundo, as estimativas mostram de 0,3 a 3,1% da população apresentam TOC, e a doença atinge homens e mulheres em grau bem próximo.

Outras doenças e síndromes podem confundir com TOC ou aparecer junto. Entre elas temos o Transtorno Dismórfico Corporal, Transtorno do Controle de Impulsos, Ruminações depressivas, Transtorno de Ansiedade Generalizada, Transtorno de Estresse Pós-Traumático, Transtorno de Personalidade Obsessiva-Compulsiva e Esquizofrenia. Autor: Paulo Velasco - Psicanalista

8 comentários:

Regina Carrado disse...

Amei seu blog, e so tenho a agradecer por tão valiosa informação, mas meu amigo, o TOC, se dá por qual razão, algum disturbio neurológico, ou começa a acontecer por algum problema que a pessoa passa??? ou tem a ver com a depressão??
Estou fazendo essa pergunta, justamente porque depois do falescimento de minhã mãe, estou totalmente descontrolada com dinheiro, saio e tenho que comprar se não compro fico chateada achando que poderia ter comprado, se compro vejo quenão tinha necessidade...será que isso pode se tornar um toque? ou é apenas uma fuga?? até me adaptar a viver sozinha??
Tenho um blog também o qual é voltado a area da Doutrina Espírita e tenho também um fotolog...passa por lá e se possível deixar uns comentários ..bjsss e até +

Regina Carrado disse...

Meu blog:

http://caminho.blog.terra.com.br

ou

http:fololog.terra.com.br/reginacarradotrabalhos


Passem por lá e se possível deixem comentários, para mim vai ser muito importânte a opinião de vocês...


Obrigada pela oportunidade...


Um grande abraço da amiga Regina...

Saúde & Conhecimento disse...

Olá, Regina.
Nos últimos anos a ciência vem conseguindo esclarecer vários fatos em relação ao TOC embora não consiga ainda esclarecer suas verdadeiras causas. Provavelmente concorrem vários fatores para o seu aparecimento: de natureza biológica envolvendo aspectos genéticos, neuroquímica cerebral, lesões ou infecções cerebrais; fatores psicológicos como a aprendizagem; certas formas errôneas de ver e interpretar a realidade próprias dos portadores do TOC, e até culturais.
Na medida em que as pesquisas avançam tem ficado mais evidente a importância dos fatores de natureza biológica. As evidências neste sentido são o fato de o TOC ocorrer após traumatismos, lesões ou infecções cerebrais; ser muito comum que numa mesma família existam vários indivíduos acometidos sugerindo uma predisposição genética. Além destes fatos foi sobretudo importante a descoberta de que determinados medicamentos que estimulam de alguma forma a assim chamada função serotonérgica cerebral reduzem os sintomas de TOC. Este último fato nos faz pensar que possa existir um distúrbio neuroquímico do cérebro envolvendo o funcionamento das vias nervosas que utilizam a serotonina (substância que existe naturalmente no cérebro) para transmitir seus impulsos.
Observou-se ainda que certas zonas cerebrais são hiperativas em portadores de TOC, isto é, funcionam mais do que em indivíduos normais (na parte frontal - região periorbital, em regiões mais profundas do cérebro - gânglios ou núcleos da base). Esta hiperatividade tende a se normalizar tanto com o tratamento farmacológico bem como com a terapia cognitivo-comportamental. Como se vê, são evidências, embora muito genéricas, para a hipótese de que existe algum tipo de disfunção neuroquímica no funcionamento cerebral.
Existem, entretanto, fatos que a pesquisa não conseguiu esclarecer: a resposta de muitos pacientes aos medicamentos inibidores da recaptação da serotonina é parcial ou muitas vezes nula, e se desconhece o motivo. Além disso ocorrem obsessões e compulsões em doenças neurológicas como encefalites, associadas a tiques - no assim chamado Transtorno de Gilles de la Tourette, à febre reumática ou mesmo a outras doenças nervosas ou psiquiátricas. São fatos cujo esclarecimento continua desafiando os cientistas do mundo inteiro.
Sabe-se ainda que fatores de natureza psicológica influem no surgimento, na manutenção e no agravamento dos sintomas de TOC. É bastante comum que os sintomas surjam depois de algum estresse psicológico; conflitos psíquicos agravam os sintomas, e tem cada vez ficado mais claras certas alterações no modo de pensar, de perceber e avaliar a realidade por parte destes pacientes. Eles tendem a supervalorizar a importância dos pensamentos como se pensar fosse o mesmo que agir; tendem a supervalorizar o risco e as possibilidades de ocorrerem eventos desastrosos (contrair doenças, perder familiares, contaminar-se); tendem a superestimar a própria responsabilidade quanto a provocar ou prevenir eventos futuros; são perfeccionistas, perdendo muito tempo com a preocupação de fazer as coisas bem feitas e evitar possíveis falhas ou imperfeições e imaginam modificar o curso futuro dos acontecimentos com a execução dos rituais (pensamento mágico). Cada paciente pode apresentar uma ou mais destas distorções, que são mantidas mesmo as evidências sendo contrárias a elas, ou apesar de não terem comprovação na realidade.
Estes pacientes aprendem a usar rituais ou outras manobras psicológicas como atos mentais e a evitação como forma de aliviar a aflição que normalmente acompanha as obsessões, e por este motivo passam a repetí-los, mesmo que isto significa estar mantendo a doença.Evitam também de enfrentar seus temores até mesmo para confirmar que são infundados, o que permitiria livrar-se deles.

Saúde & Conhecimento disse...

(Continuação)
Supõe-se ainda que fatores ligados ao tipo de educação (mais ou menos severa ou exigente, incutindo culpa ou não), ao tipo de cultura social e familiar, possam também influir sob a forma de crenças e regras que regem a vida da pessoa criando uma espécie de terreno propício para o surgimento do transtorno. Por estes motivos usualmente se associam aos medicamentos, terapias psicológicas - a terapia cognitivo-comportamental no seu tratamento.

Unknown disse...

Achei o seu blog muito interessante!!!

Saúde & Conhecimento disse...

obrigado, Fatinha.
O blog é nosso, fique a vontade.
Abraços.

Anônimo disse...

Acho muito interessante este estudo psiquiatrico e psicológico de manias e fobias das pessoas.
E tenho interesse em estudos desse tipo.
Mas apesar de gostar muito,e como muitos sentir medos e ter manias,não sei se vou seguir isso profissionalmente.

Rodrigo(14 anos)
rodao007@yahoo.com.br

Anônimo disse...

P.S: AMEI O BLOG!!!

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