"As sanguessugas (anelídeos) são animais invertebrados e hermafroditas que têm uma enorme diversidade morfológica"
Existem mais de 600 espécies diferentes, entre elas há as terrestres, marinhas e de água doce. São parasitas temporários que se alimentam de sangue. Seu corpo, ligeiramente achatado, é constituído de cabeça, tronco e cauda, e está formado por diversos anéis.
A sanguessuga tem uma mucosa bucal, equipada com dentes que usa para cortar a pele de suas vítimas. Suas glândulas salivares secretam substâncias anticoagulantes (hirundina) para prolongar a hemorragia, vasodilatadoras e um anestésico local (para evitar que o animal atingido perceba sua presença).
A sanguessuga medicinal europeia (Hirudo medicinalis) é a espécie mais famosa, seu corpo chega a 20 cm de comprimento, e é utilizada para fins terapêuticos há mais de 2500 anos.
Em lugares como Roma, Grécia e Síria, estes animais eram usados para chupar o sangue de muitos lugares do corpo. Eram as chamadas sangrias, realizadas porque se acreditava que podiam curar desde dores locais (algo comprovado) e processos inflamatórios até obesidade, gota, tumores, distúrbios mentais, nefrite etc.
Apesar do seu aspecto repulsivo, estes animais são importantes para médicos e cientistas atualmente. Na Europa e Estados Unidos, as sanguessugas estão sendo utilizadas nas cirurgias plásticas e reconstrutivas, pois podem provocar uma pequena hemorragia (que imita a circulação venosa), ajudando a restabelecer a circulação sanguínea na delicada área onde o enxerto foi aplicado.
Desta forma, as sanguessugas são usadas para auxiliar no transplante de dedos, orelhas ou quaisquer partes que tenham sido gravemente danificadas em acidentes. Estes anelídeos combatem eficazmente a gangrena, descongestionam os vasos sanguíneos (retiram o excesso de sangue) e restabelecem a pressão e a circulação sanguíneas normais.
Os cientistas já identificaram várias substâncias medicinais que este pequeno invertebrado produz em sua saliva, cada vez que morde seu hospedeiro. Algumas destas substâncias, que estão sendo estudadas, poderiam tornar-se fármacos úteis para o tratamento de enfermidades cardiovasculares. Fonte: www.infoescola.com
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