"Você
provavelmente já deitou na cama e não conseguiu dormir"
A insônia
atinge milhares de pessoas no mundo e só quem passa por isso sabe como é
angustiante não conseguir descansar.
Conhecida
como Insônia Familiar Fatal, existe uma condição genética rara
geralmente faz o paciente falecer em menos de um ano depois da primeira
crise. Esse tipo de insônia ainda não é totalmente conhecido pelos
médicos e precisa de novos estudos.
Segundo
o pesquisador do assunto, D. T. Max, o principal sintoma é a insônia
total, além disso, a doença é progressiva e não apresenta uma cura
específica. Max contou o caso de um paciente – que preferiu não revelar o
nome – que foi vítima dessa condição, assim como outros de seus familiares.
Segundo o especialista, diferente dos familiares, seu paciente foi
procurar ajuda na Clínica do Sono da Universidade de Bolonha. Os
cientistas descobriram que esse tipo de insônia é provocado por uma
proteína presente no cérebro do portador. Segundo os pesquisadores, essa
proteína é herdada geneticamente.
Como a insônia é uma condição crônica, o paciente desenvolve uma
desordem neurodegenerativa que ataca diferentes regiões do cérebro, como
a área do tálamo, que controla os movimentos do corpo. De acordo com os
danos provocados nessa região, os resultados vão aumentando
drasticamente.
De acordo com Max o fato de a degeneração trazer a consciência de que
o paciente vai morrer, faz com que a Insônia Familiar Fatal seja uma
das piores doenças. A doença também provoca transpiração excessiva,
além de diminuição no tamanho das pupilas. Devido à degeneração do
tálamo, o paciente passa a ter movimentos musculares involuntários. Após
um período com esses sintomas, o paciente acaba sem conseguir dormir.
A falta de sono afeta negativamente aspectos importantes, e o
paciente pode desenvolver hipertensão arterial, crises de pânico,
paranoia, alucinações, disfunção sexual e falta de controle dos
movimentos corporais. Após alguns meses apresentando a doença, o
paciente perde massa muscular e acaba morrendo.
A doença só foi registrada oficialmente em 1986 e ainda não há
respostas sobre a mutação genética que a provoca. O que os pesquisadores
afirmam é alguns pacientes têm um histórico familiar da doença, mas
outros não. A Insônia Familiar Fatal pode ser tratada, porém não existe
uma cura específica e definitiva. Fonte: All That Is Interesting / Jornal Ciência
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