"Alopecia Areata é uma doença que provoca a queda de cabelo. A
etiologia é desconhecida, mas tem alguns fatores implicados, como a
genética e a participação autoimune"
Quando isto acontece, o cabelo da
pessoa começa a cair formando pequenas ou grandes áreas sem cabelo.
A extensão da perda de cabelo varia. Em alguns casos, é apenas em
alguns pontos. Em outros, a perda de cabelo pode ser maior. Há casos
raros, em que o paciente perde todo o cabelo da cabeça, alopecia areata
total; ou caem os pelos de todo o corpo, alopecia areata universal.
Acredita-se que uma pré-disposição genética desencadeie a reação
autoimune, entretanto, outras causas desconhecidas podem também ser
desencadeadoras. A alopecia areata é imprevisível. Em algumas pessoas, o
cabelo cresce de novo, mas cai novamente mais tarde. Em outras, o
cabelo volta a crescer e não cai mais. Cada caso é único. Mesmo que
perca todo o cabelo, há chance de que ele crescer novamente.
Estima-se que nos Estados Unidos cerca de cinco milhões e pessoas
tenham a doença. E apenas 5% delas perdem todos os pelos do corpo. A
Alopecia Areata não é uma doença contagiosa. Fatores emocionais, traumas
físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar um quadro de
alopecia areata.
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO
Além da perda de cabelo, a alopecia areata não possui nenhum outro
sintoma. Na alopecia areata ocorre perda brusca de cabelos, com áreas
arredondadas, únicas ou múltiplas, sem demais alterações. A pele é lisa e
brilhante e os pelos ao redor da placa saem facilmente se forem
puxados. Os cabelos quando renascem podem ser brancos, adquirindo
posteriormente sua coloração normal. A forma mais comum é uma placa
única, arredondada, que ocorre geralmente no couro cabeludo e barba,
conhecida popularmente como pelada.
Isto ocorre porque a doença não mata os folículos pilosos, apenas os
mantêm inativos. Quando esta ação de inatividade cessa, há nova produção
de pelos.
Algumas doenças autoimunes concomitantes podem acontecer em alguns
pacientes com alopecia areata: vitiligo, distúrbios da tireoide e anemia
perniciosa por exemplo. Portanto, muitas vezes se faz necessário a
realiação de exames de sangue adicionai.
O principal dano aos pacientes é o psicológico. Alguns pacientes
ficam abatidos por causa desta condição. Em crianças, o tratamento
psicológico precisa ser levado a sério, pois por causa de possível
descriminação dos colegas, as crianças podem se sentir excluídas de seu
meio.
TRATAMENTO
Os tratamentos não acabam com a alopecia areata, eles estimulam o
folículo a produzir cabelo novamente, e precisam continuar até que a
doença desapareça. Os tratamentos são mais eficazes em casos mais leves
.Um dermatologista qualificado saberá diagnosticar a doença e indicar a
melhor forma de tratamento. Eis alguns tratamentos que podem ser usados
para este fim.
- Injeções de cortisona
Tratamento mais comum. As injeções são aplicadas nas manchas na pele
nua, por um dermatologista. Utilizando uma pequena agulha, são feitas
múltiplas aplicações nas manchas e em torno. As injeções são repetidas
uma vez por mês. Se ocorrer novo crescimento do cabelo, será visível em
quatro semanas. O tratamento, no entanto, não impede que novas manchas
se desenvolvam. Há poucos efeitos colaterais das injeções de cortisona,
leve afundamento na área pode ocorrer, mas este some rapidamente e sem
necessidade de intervenção. Corticoides tópicos, em creme ou loções,
podem ser usados pelo paciente em casa, concomitantemente às injeções ou
antes de iniciar o tratamento com elas.
- Minoxidil tópico
Solução tópica 5% concentrada e aplicada duas vezes ao dia pode fazer
crescer o cabelo. Sobrancelhas, barba e cabelo respondem ao tratamento.
Minoxidil tópico é seguro, fácil de usar, mas o tratamento não é eficaz
em pessoas que perderam completamente os pelos.
- Antralina creme ou pomada
A antralina é uma substância sintética, aplicada no local das
manchas. Se ocorrer crescimento do cabelo, será percebido entre oito e
12 semanas. A antralina pode irritar a pele e pode causar descoloração
temporária, ou acastanhar a região tratada.
Drogas sensibilizantes (difenilcicloproprenona – difenciprona)
indicadas para alopecia areata superior a 40% do couro cabeludo e em casos crônicos e refratários da doença.
Casos graves e extensos necessitam de tratamento com corticóides e imunossupressores orais.
Atenção: Jamais aposte na “automedicação” para tratar alopecia areata. Somente um médico pode prescrever a opção mais adequada.
PREVENÇÃO
Não há formas de prevenir a doença uma vez que suas causas são
desconhecidas. Mas uma vez com alopecia, há algumas dicas para que você
se sinta melhor.
- Usar maquiagem para minimizar a aparência da perda do cabelo.
- Investir em perucas, ou chapéus e lenços para proteger a cabeça. Além de serem itens estilosos, deixam o visual mais moderno.
- Reduzir o estresse. Embora não seja comprovado cientificamente, muitas pessoas com início recente de alopecia areata tiveram tensões recentes na vida, tais como problemas no trabalho ou na família, mortes, cirurgias, acidentes etc.
Embora a doença não seja clinicamente grave, pode afetar as pessoas
psicologicamente. Os grupos de apoio estão disponíveis para ajudar as
pessoas com alopecia areata a lidar com os efeitos psicológicos da
doença. Fonte: sbd.org.br
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