"Varicela (catapora) é uma doença
infecciosa, altamente contagiosa, mas geralmente benigna, causada pelo
vírus Varicela-Zoster, que se manifesta com maior frequência em crianças
e com incidência no fim do inverno e início da primavera"
Uma vez
adquirido o vírus, a pessoa fica imune. No entanto, esse vírus permanece
em nosso corpo a vida toda e pode ser reativado e causar o
Herpes-Zoster, conhecido também como cobreiro.
A catapora é facilmente transmitida para outras pessoas. O contágio acontece através do contato com o líquido da bolha ou pela tosse, espirro e saliva ou por objetos contaminados pelo vírus.
O período de incubação é de 4 a 16 dias e a transmissão se dá entre 1
a 2 dias antes do aparecimento das lesões de pele e até 6 dias depois,
quando todas as lesões estiverem na fase de crostas. Deve-se afastar a
criança da creche ou escola por 7 dias, a partir do início do
aparecimento das manchas vermelhas no corpo.
Os sintomas da catapora, em geral, começam entre 10 e 21 dias após o
contágio da doença. Além de manchas vermelhas e bolhas no corpo, a
doença também causa mal estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e
febre baixa. As bolhas surgem inicialmente na face, no tronco ou no
couro cabeludo, e se espalham e se transformam em pequenas vesículas
cheias de um líquido claro. Em poucos dias o líquido escurece e as
bolhas começam a secar e cicatrizam. Este processo causa muita coceira,
que pode infeccionar as lesões devido a bactérias das unhas ou de
objetos utilizados para coçar. As principais complicações da catapora,
nos casos severos ou tratados inadequadamente, são a encefalite, a
pneumonia e infecções na pele e ouvido.
Aos primeiros sintomas é necessário procurar um serviço de saúde para
que um profissional possa orientar o tratamento e avaliar a gravidade
da doença. Para evitar o contágio, é necessário restringir a criança ou
adulto com catapora de locais públicos até que todas as lesões de pele
estejam cicatrizadas, o que acontece, em média, num período de duas
semanas. Mãos, vestimentas e roupas de cama, além de outros objetos que
possam estar contaminados, devem passar por higienização vigorosa.
No tratamento da catapora, em geral, são utilizados analgésicos e
antitérmicos, para aliviar a dor de cabeça e baixar a febre, e
anti-histamínicos (antialérgicos) para aliviar a coceira.
Os cuidados de higiene são muito importantes e devem ser feitos
apenas com água e sabão. Para diminuir a coceira, o ideal é fazer
compressa de água fria. As vesículas não devem ser coçadas e as crostas
não devem ser retiradas. Para evitar que isso aconteça, as unhas devem
ser bem cortadas. A medicação a ser ministrada deve ser orientada por
profissionais de saúde, pois o uso de analgésicos e antitérmicos à base
de ácido acetilsalecílico é contraindicado e pode provocar problemas
graves.
Pessoas com catapora não devem ter contato com recém-nascidos,
mulheres grávidas ou qualquer indivíduo que esteja com a imunidade baixa
(como pessoas com aids ou que estejam realizando quimioterapia), já que
a doença pode ser mais grave nestes grupos.
Vacina
Em 2013 o Ministério da Saúde introduziu a vacina tetra viral, que
protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora), na
rotina de vacinação de crianças entre 15 meses e 2 anos de idade que já
tenham sido vacinadas com a primeira dose da vacina tríplice viral
(sarampo, caxumba e rubéola).
A vacina para varicela (catapora) tem suas indicações precisas,
levando em conta a situação epidemiológica da doença, por isso não está
disponível de forma universal no SUS.
1. População indígena a partir de quatro anos de idade;
2. Surto hospitalar da doença: vacinar, até cinco dias após o surto, crianças maiores de 9 meses de idade que tenham imunidade baixa e que estejam dentro do hospital e demais pessoas que estejam suscetíveis.
3. Profissionais de saúde, cuidadores e familiares suscetíveis à doença que estejam em convívio domiciliar ou hospitalar com pacientes com maior risco de contrair a doença com consequências graves, como crianças com câncer, pessoas em geral submetidas à cirurgias, doadores de órgãos e células-tronco, entre outros.
4. Pacientes com doenças renais crônicas
5. Crianças, adolescentes e adultos infectados pelo HIV
6. Doenças dermatológicas graves
7. Pessoas que fazem uso crônico de ácido acetilsalicílico (aspirina). Recomenda-se suspender o uso por seis semanas após a vacinação. Fonte: ebc.com.br
2. Surto hospitalar da doença: vacinar, até cinco dias após o surto, crianças maiores de 9 meses de idade que tenham imunidade baixa e que estejam dentro do hospital e demais pessoas que estejam suscetíveis.
3. Profissionais de saúde, cuidadores e familiares suscetíveis à doença que estejam em convívio domiciliar ou hospitalar com pacientes com maior risco de contrair a doença com consequências graves, como crianças com câncer, pessoas em geral submetidas à cirurgias, doadores de órgãos e células-tronco, entre outros.
4. Pacientes com doenças renais crônicas
5. Crianças, adolescentes e adultos infectados pelo HIV
6. Doenças dermatológicas graves
7. Pessoas que fazem uso crônico de ácido acetilsalicílico (aspirina). Recomenda-se suspender o uso por seis semanas após a vacinação. Fonte: ebc.com.br
Assista a entrevista médica pelo vídeo para se prevenir quanto à doença:
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