"A talassemia é uma forma de anemia crônica, de origem genética
(hereditária), ou seja, passada dos pais para os filhos"
Não é
transmitida pelo sangue, ar, água, contato físico ou sexual e não é
causada por deficiência na alimentação, carência de vitaminas ou sais
minerais.
A talassemia faz parte de um grupo de doenças do sangue (hemoglobinopatias) caracterizadas por defeito genético que resulta em diminuição da produção de um dos dois tipos de cadeias que formam a molécula de hemoglobina. Dependendo dos genes envolvidos, o defeito é identificado como a-talassemia (defeito na cadeia alfa) ou b-talassemia (defeito na cadeia beta).
Embora haja outros tipos de talassemia, o mais comum no Brasil e no mundo é a beta-talassemia que, dependendo de sua gravidade, se divide em três grupos principais: talassemia menor, talassemia maior e talassemia intermédia.
A talassemia menor, ou traço talassêmico,
não é considerada uma doença, mas sim uma característica genética. Seu
portador habitualmente não apresenta quaisquer sintomas, levando uma
vida totalmente normal, trabalhando, praticando esportes etc. Na maioria
dos casos, a única alteração evidente é a cor da pele, que se apresenta
mais branca do que o normal.
A talassemia intermédia ocorre
quando o gene da talassemia sofre uma mutação e engloba um quadro
clínico muito mais amplo que a talassemia major. A gravidade da
talassemia intermédia é extremamente variável, e no geral não são
necessárias transfusões, como ocorre na talassemia major.
Tratamento
A talassemia maior é
uma condição tratável. A terapia regular de transfusões sanguíneas, com
sangue seguro e processado de maneira apropriada, e quelação de ferro
garantem ao portador de talassemia major uma vida plena e de qualidade.
Este regime de tratamento recomendado se baseia no combate à anemia
prevalente na talassemia (causada pela doença em si) e na prevenção da
sobrecarga de ferro progressiva nos tecidos (provocada pela terapia
transfusional utilizada para tratar a anemia).
Se não forem controladas de forma efetiva, a anemia grave e a expansão
da medula óssea, típicas da talassemia major inadequadamente tratada,
podem acarretar no paciente:
- Crescimento inadequado
- Deformidades ósseas (inclusive faciais)
- Ossos frágeis e fraturas ósseas
- Fígado e baço aumentados (organomegalia)
- Atividades físicas normais prejudicada
Qual a origem do nome?
A palavra talassemia deriva da combinação dos termos gregos thalassa (mar), e emas (sangue).
Com esta palavra, os médicos queriam descrever uma doença hematológica
(relativa ao sangue) cuja origem está nos países banhados pelo mar
Mediterrâneo, como Grécia e Itália. Por isso, a talassemia também é
conhecida como anemia do Mediterrâneo.
Outras denominações usadas são anemia de Cooley (devido a Thomas Cooley, pediatra norte-americano que, junto com o médico Perl Lee, primeiro descreveu a doença, em 1927) e microcitemia (eritrócitos, ou glóbulos vermelhos ou hemácias, pequenos). Assistindo esse vídeo você conhecerá mais detalhadamente sobre a doença: Fonte: Secretaria de Estado de Saúde
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