"Uma divertida animação
nos mostrou como os números relacionados à produção e ao consumo de
café são impressionantes"
Um exemplo disso é a estimativa do consumo
anual, que alcança a marca das 12 mil toneladas de grãos. Dessa maneira,
é difícil que você não beba, no mínimo, uma xícara de café por semana.
Mas, mesmo ingerindo diariamente as diversas bebidas e alimentos que
contêm cafeína, será que nós realmente conhecemos essa substância?
É sabido que ela tem um efeito direto sobre o sistema nervoso
central, fazendo com que fiquemos mais alerta. Em doses moderadas, a
substância pode trazer uma série de benefícios para o organismo,
incluindo a melhora da memória e da concentração, além de ajudar na
saúde mental como um todo. O café – que, pelo seu grande consumo, acaba
sendo uma das principais fontes de cafeína – já foi associado à
diminuição do risco de Alzheimer e de alguns tipos de câncer.
Por outro lado, quantidades excessivas de cafeína podem aumentar a
frequência cardíaca, causar insônia, ansiedade e outros efeitos
colaterais. Entre aqueles que consomem a substância regularmente, a
falta do estimulante pode resultar em dores de cabeça e irritabilidade.
Então, para que você saiba mais sobre a cafeína, o Huffington Post criou uma lista com 10 fatos menos conhecidos acerca de uma das substâncias mais consumidas no mundo. Confira!
1. Produtos descafeinados e sem cafeína não são a mesma coisa
Não se deixe enganar pela embalagem: produtos descafeinados podem conter cafeína. Um estudo publicado no Journal of Analytical Toxicology
analisou nove tipos de cafés descafeinados e concluiu que oito deles
apresentavam cafeína. A quantidade variava entre 8,6 mg e 13,9 mg, sendo
que uma xícara de café tradicional apresenta entre 95 mg e 200 mg da substância.
“Se uma pessoa tomar entre 5 e 10 xícaras de café descafeinado, a
dose de cafeína pode facilmente chegar ao mesmo nível presente em uma ou
duas xícaras de café tradicional. Isso pode ser uma preocupação para as
pessoas que precisam eliminar a ingestão de cafeína, como aquelas que
sofrem com doenças do rim ou problemas de ansiedade”, alerta o professor Bruce Goldberger, da Universidade da Flórida.
2. A cafeína faz efeito em poucos minutos
Se você estiver precisando de uma forcinha para finalizar um trabalho
ou aguentar mais algumas horas acordado, a boa notícia é que a cafeína
tem um efeito quase imediato no organismo. Segundo o American Academy of Sleep Medicine, a substância alcança seu pico no sangue entre 30 e 60 minutos após a ingestão. Existe ainda um estudo que aponta que o estado de alerta pode surgir em apenas 10 minutos.
Normalmente, o corpo leva de 3 a 5 horas para eliminar metade da
substância e é preciso entre 8 e 14 horas para que o organismo esteja
totalmente livre da cafeína. Especialistas em sono recomendam abster-se
do café por, no mínimo, oito horas antes de dormir para evitar
desconfortos durante o sono. Logicamente, os efeitos podem variar e
costumam ser mais visíveis em pessoas que não ingerem cafeína
regularmente.
3. Os efeitos não são os mesmos em todas as pessoas
O corpo humano processa a cafeína de maneiras diferentes. Sendo
assim, fatores como o gênero, a raça e o uso de anticoncepcionais podem
influenciar no efeito da substância no organismo.
De acordo com o New York Magazine,
as mulheres metabolizam a cafeína mais rapidamente do que os homens.
Ainda para elas, o uso de pílulas anticoncepcionais pode reduzir essa
velocidade para 1/3 em comparação com mulheres que não utilizam o
método. No caso dos fumantes, o processo acontece duas vezes mais rápido
do que com não fumantes. Os asiáticos também costumam reagir mais
rapidamente à cafeína do que outras populações.
Para exemplificar esse fato, os escritores Bennett Alan Weinberg e
Bonnie K. Bealer levantam no livro “In The World of Caffeine: The
Science and Culture of the World’s Most Popular Drug” a hipótese de que
um japonês não fumante que bebesse seu café acompanhado de uma bebida
alcoólica (que ajuda a prolongar a ação da cafeína) sentiria os efeitos
da substância por um período cinco vezes maior do que uma inglesa que
fumasse, mas não ingerisse bebidas alcoólicas ou usasse contraceptivos
orais.
4. Os energéticos não contêm mais cafeína do que café
Por mais estranho que isso possa parecer, beber energético não vai
manter você mais alerta ou mais acordado do que uma xícara de café. Algo
nos fez crer que aquelas latinhas pequenas contêm grandes quantidades
de cafeína, mas isso não é verdade.
O porta lMayo Clinic
informa que uma lata de 250 mL de Red Bull pode conter entre 76 e 80 mg
de cafeína, enquanto a boa e velha xícara de café (240 mL) pode variar
entre 95 mg e 200 mg. A diferença é que o energético tem também alguns
açúcares (sacarose e glicose), além de taurina e outras substâncias que
podem estimular o sistema nervoso. Mas se você estiver na dúvida,
provavelmente uma dose de café terá tudo o que você precisa.
5. Cafés escuros têm menos cafeína dos que os claros
Assim como acreditávamos que os energéticos seriam capazes de fazer
mais pelo nosso rendimento do que o café, alguma coisa nos levou a crer
que os cafés mais escuros teriam mais cafeína do que os claros. No
entanto, por mais que os cafés de torra escura sejam fortes, encorpados e
mais saborosos, isso não significa que eles sejam mais ricos em cafeína
do que os cafés de torra clara.
De acordo com o site NPR,
isso acontece porque o processo de torrefação queima parte da cafeína,
fazendo com que os cafés escuros sejam a melhor opção para aqueles que
desejam apreciar a bebida sem sentir os efeitos da cafeína com tanta
intensidade.
6. A cafeína pode ser encontrada em mais de 60 plantas
Muito além dos grãos de café, a cafeína está presente em uma série de alimentos.
Chás, nozes-de-cola e cacau são alguns deles. O estimulante também pode
ser naturalmente encontrado em folhas, sementes e frutas de diferentes
origens. Se necessário, a cafeína também pode ser sinteticamente
produzida para ser adicionada a produtos industrializados.
7. Nem todos os cafés possuem a mesma quantidade de cafeína
Uma pesquisa publicada no Huffington Post
mostrou que a quantidade de cafeína varia consideravelmente de acordo
com a marca. Para coletar números, foram analisados os cafés servidos em
grandes redes americanas de restaurantes.
Em uma breve comparação, uma dose de 30 mL do McDonald’s apresentou
9,1 mg de cafeína, enquanto uma amostra com a mesma quantidade obtida no
Starbucks continha 20,6 mg da substância, ou seja, mais do que o dobro.
8. Um americano consome, em média, 200 mg de cafeína por dia
Segundo o FDA – órgão responsável pelo controle de alimentos nos
Estados Unidos –, 80% dos adultos americanos ingerem cafeína
diariamente, com um consumo individual de cerca de 200 mg. Em termos
reais, isso significa tomar duas xícaras (150 mL) de café ou quatro
latas de refrigerante todos os dias.
Esses dados revelam que os americanos têm um consumo moderado
da bebida, algo em torno de 200 mg a 300 mg do estimulante por dia.
Passando desse limite, o consumo é considerado pesado (entre 500 mg e
600 mg) e pode trazer efeitos colaterais.
9. Finlândia é o país que mais consome cafeína
Embora os números encontrados entre os americanos impressionem, são
os finlandeses que ficam com o primeiro lugar no ranking dos países que
mais consomem cafeína. Segundo uma matéria recente da BBC, em média, um adulto consome 400 mg de cafeína diariamente na Finlândia.
10. A cafeína não está apenas nas bebidas
Um levantamento
realizado pelo FDA aponta que 98% do consumo de cafeína se dá por meio
de bebidas. No entanto, elas não são a única fonte do estimulante;
alguns alimentos – como o chocolate – e medicamentos podem conter a
substância.
O site Cleveland Clinic
revela que misturar um analgésico com cafeína faz com que o medicamento
seja 40 vezes mais eficaz, além de fazer com que o organismo absorva a
medicação mais rapidamente. Fonte: megacurioso.com.br / youtube.com
O Vídeo abaixo traz as informações básicos sobre os benefícios e malefícios da cafeína:
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