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Escarlatina - Grave Infecção Da Garganta Por Bactéria

"A escarlatina é uma doença infectocontagiosa aguda, causada pela bactéria Streptococcus pyogenes (também conhecida como Estreptococo beta hemolítico do grupo A), a qual atinge principalmente as crianças"
 
A escarlatina tem origem como reação às toxinas produzidas pela bactéria, desencadeando uma inflamação na pele.

Essa bactéria é a mesma responsável por doenças como: faringite, amigdalite bacteriana, erisipela, impetigo, glomerulonefrite pós-infecciosa aguda e febre reumática. Os casos são mais raros quando a escarlatina se desenvolve para um quadro de impetigo ou erisipela.

Seu tratamento é fácil, fazendo uso de penicilina ou outros antibióticos. Em sua maioria, é uma complicação da amigdalite/faringite estreptocócica, que aparece cerca de 2 dias após o início dos sintomas. 
 

Causas

 

A escarlatina é causada pela bactéria Streptococcus pyogenes, que é um estreptococo beta hemolítico do grupo A. Esta bactéria produz uma toxina eritrogênica, a qual provoca os eritemas na pele.

Estreptococos são grupos de bactérias esféricas comuns em todo o mundo; podem causar infecções de garganta (amigdalites e faringites) e de pele (como impetigo e erisipela).

Esta doença é muito comum, mas raramente ocorre em adultos. Estima-se que 10% das dores de garganta são escarlatina.
 

Sintomas da Escarlatina

 
O período de incubação é de 2 a 5 dias. O início do quadro é repentino e, 12 a 24 horas após o início do quadro, surge o sinal característico da doença, que é o rash cutâneo.

Este sintoma tem início na cabeça ou no pescoço e se propaga pelo corpo ao longo das horas seguintes, que é um padrão de dispersão conhecido por “craniocaudal”; sendo que as palmas das mãos e as plantas dos pés costumam ser poupados. O paciente acometido pela escarlatina poderá sentir os seguintes sinais e sintomas iniciais:
 
  • - Dores e inflamação na garganta.
  • - Dores pelo corpo.
  • - Falta de apetite.
  • - Sede.
  • - Náuseas.
  • - Vômitos.
  • - Dificuldade em ingerir alimentos (disfagia).
  • - Febre
 
Depois, com a evolução da doença,o paciente passará a sentir:
 
  • - Palidez: seguida de descamação e vermelhidão na pele e na língua.
  • - Pele áspera.
  • - Aparecimento de feridas em vários locais do corpo, geralmente no pescoço, tórax, cotovelos e virilhas. Se a doença continuar a evoluir, essas feridas vão se espalhar por todo o corpo.
  • - Pequenos pontos vermelhos no fundo do céu da boca (manchas de Forchheimer).
  • - Aumento dos gânglios do pescoço.
  • - Dor de cabeça
  • - Dor abdominal.

 

A escarlatina apresenta, além desses, dois outros principais sintomas: Eritemas (vermelhidão cutânea) ou rash cutâneo.

 

Espalha-se a partir de um ponto no corpo, vai para as palmas das mãos, pés e região ao redor da boca. Em alguns casos a língua fica com bolhas pequenas, fato este caracterizado pelo aparecimento de numerosas erupções avermelhadas que tem 1 a 2 mm de diâmetro e relevo discreto, que podem dar à pele uma textura levemente áspera.

Essas lesões, além de bastante avermelhadas, costumam se tornar transitoriamente pálidas quando a pele é pressionada. Alguns pacientes queixam-se de coceira, mas não é ocorrência de todos os casos. Essas lesões aglomeram-se nas áreas das dobras, como axilas, virilhas e prega do cotovelo, formando uma linha bem vermelha, conhecida por “linhas de Pastia”. Normalmente aparecem de 12 a 72 horas após o sintoma de febre.
 

Língua em framboesa

 
A língua fica inchada e as papilas dela bastante avermelhadas, causando o aparecimento de múltiplos pontinhos vermelhos. Este sintoma pode surgir antes do aparecimento das erupções na pele. Nos primeiros dias do quadro pode haver uma capa branca por cima língua, que desaparece geralmente no 4º dia. Depois de 1 semana de rash cutâneo, as manchas avermelhadas começam a desaparecer, provocando uma descamação, principalmente nos dedos das mãos, dos pés, virilhas e axilas.
 

Qual profissional devo procurar? E qual o diagnóstico?

 

O profissional especialista responsável por diagnosticar e tratar da escarlatina é o infectologista, que trabalhará em conjunto com o pediatra e o dermatologista. O diagnóstico é clínico, realizado por:
 
  • - Exame físico.
  • - Descrição dos sintomas.
 
Porém, o médico poderá solicitar também:
 
  • - Exame de sangue: para verificar a quantidade de glóbulos brancos presentes no plasma, pois são eles que vão indicar a presença ou ausência de infecção no organismo.
  • - Cultura e o teste rápido: para identificar a bactéria, este teste fica pronto em meia hora.

 

Tratamento para Escarlatina

 
O médico especialista poderá indicar o tratamento por antibióticos, os quais eliminam a bactéria e interrompem a produção das toxinas que provocam as reações na pele; curando também os sintomas. Este tratamento é importante para reduzir o risco de transmissão da bactéria para outras pessoas e, também, para reduzir o risco do paciente desenvolver complicações. Os antibióticos podem ser:
 
  • - Analgésicos e antitérmicos para aliviar sintomas como febre e dores.
  • - Penicilina V ou Amoxicilina: com duração de 10 dias de tratamento.
  • - Penicilina benzatina (benzetacil): via intramuscular em dose única.
  •  - Azitromicina
  •  - Eritromicina: para paciente alérgicos à penicilina.
  •  - Cefalotina
 
Ainda não existe vacina contra a escarlatina. O tratamento faz o paciente melhorar rapidamente, mas a erupção cutânea ainda poderá ter duração de 2 a 3 semanas.
 

Grupos e fatores de risco

 

Raramente a escarlatina atingirá os adultos, ela é comum nas crianças e no início da adolescência. Vejamos seus grupos e fatores de risco:
 
  • - Comum em idade escolar, de 2 a 15 anos: a partir da adolescência, mais de 80% da população já possui anticorpos contra as toxinas da bactéria, por isso a doença é pouco comum em adultos e não costuma surgir mais de uma vez na vida.
  • - No outono e na primavera as chances de infecção aumentam.

 

Complicações e Prognóstico da Escarlatina

 
A escarlatina era considerada uma infecção grave até o início do século XX, porque não existia um tratamento adequado e as complicações eram muito comuns; a mortalidade chegava a 20%. Após a descoberta dos antibióticos, a taxa de complicações despencou, tornando a escarlatina uma doença com ótimo prognóstico. Hoje em dia, a taxa de mortalidade é menor que 1%. Quando o paciente não é tratado adequadamente, as complicações podem ser:
 
  • - Formação de abcesso na garganta ou infecções nos pulmões, rins, coração, ouvidos ou sistema nervoso, podendo causar sequelas permanentes nesses órgãos.
  • - Febre reumática (rara).
  • - Glomerulonefrite pós-estreptocócica (rara).
  • - Meningite.
  • - Reumatismo infeccioso.
  • - Osteomielite.
  • - Artrite
  • - Infecção no ouvido.
  • - Hepatite
  • - Pneumonia
  • - Sinusite
  • - Glomerulonefrite.

 

Como cuidar do bebê ou da criança com escarlatina?

 

Esses pacientes não devem ir a escola, para evitar contaminar outras crianças, até que fiquem totalmente curados. Os médicos recomendam repouso intenso e evitar o contato com outras crianças. Para que as dores de garganta não piorem, a alimentação durante o tratamento deve ser pastosa e mole como:
 
  • - Mingaus.
  • - Frutas cozidas.
  • - Cereais.
  • - Sopas e purês.
 
Já para aliviar a coceira na pele recomenda-se banho de chá de Mil em rama ou folhas de Eucalipto, passando regularmente um óleo hidratante ou creme em toda a região avermelhada. Quando os primeiros sintomas surgem, deve-se consultar o médico para que o tratamento seja iniciado o quanto antes. Após 24 horas do término do tratamento, a criança já pode voltar a sua rotina normal.

Nas escolas, podem solicitar exames de garganta, pois quando há surtos geralmente o infectado é assintomático, e pode-se investigar quem é por meio desse exame, que verificará se há estreptococos na garganta ou no nariz da criança.
 

Como prevenir a Escarlatina? É transmissível?

 
Entre as formas de prevenção que podemos adotar contra a escarlatina estão:
 
  • - Evitar aglomerações.
  • - Não compartilhar copos ou talheres com outras pessoas.
  • - Lenços usados por pessoas infectadas devem ser descartáveis e, também, ser descartados em locais apropriados.
  • - Lavar bem as mãos antes e depois de tocar o rosto de uma pessoa com a doença ajuda a evitá-la.
 
A escarlatina é transmissível e ocorre através de gotículas de saliva ou outras secreções infectadas, as quais são expelidas por via nasal:
 
  • - Tosse.
  • - Espirros.
  • - Respiração.
  • - Contato com secreções das vias respiratórias.
  • - Contato com a saliva (pelo beijo, durante a fala, etc.).
  • - Contato com vestuário e objetos contaminados, caso o infectado coloque a mão no nariz e depois na boca.
  • - Mãos contaminadas com secreções respiratórias é bastante comum, por isso é importante a higienização adequada e frequente das mãos.
 
A bactéria Streptococcus pyogenes é extremamente contagiosa; após 12 horas o indivíduo ter sido contaminado, ele já é capaz de transmitir a doença para outras pessoas, mesmo que ainda não tenha desenvolvido qualquer doença ou sintoma. O período de contágio costuma acabar 12 horas após o fim da febre ou 24 horas após o início do tratamento com antibiótico. A taxa de mortalidade da Escarlatina é zero, graças ao desenvolvimento dos antibióticos para tratá-la. Fonte: consultaremedios.com.br

Veja no vídeo a seguir um documentário sobre a escarlatina:


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