"A característica do perfil do usuário que é dependente químico
abrange a pessoa que usa a droga de forma frequente e exagerada, com
rupturas dos vínculos afetivos e sociais, não conseguindo parar por
conta própria"
A dependência apresenta-se com a tolerância orgânica; no
hábito psicológico como uma forma de condicionamento e com uma tendência
a estabelecer rituais para o consumo.
Muitos podem ser os motivos para se chegar à dependência, sendo por
características hereditárias ou por fatores psicossociais, culturais e
ambientais. Alguns dos caminhos para uma pessoa fazer uso de substâncias
psicoativas são:
• Quando a pessoa guarda sentimentos de rejeição ou abandono desde
sua infância, podendo gerar agressividade e/ou embotamento afetivo;
• Na fase de adolescência há o aspecto de excitação e curiosidade contribuindo as chances de vínculo com a droga;
• Na fuga dos problemas que não sabe lidar como, por exemplo, os abusos e violências domésticas, separação dos pais e/ou conjugais, perdas e luto;
• Histórico de dependência química na família;
• Controle, rigidez ou cuidado excessivo na base familiar, contribuindo para os aspectos de fragilidade emocional;
• Falta de orientação e uso do limite, enquanto processo educacional;
• Entre outros.
É comum que a pessoa queira buscar a
solução de seus problemas ou o alívio para as dores da alma, no uso da
droga. Geralmente não consegue aceitar a condição humana de vida, a qual
sempre terá suas frustrações e contrastes.
É verdade que nem todos que experimentam se tornam dependentes, porém está cada vez mais comum provar as drogas sem ter prejuízos, porque as drogas estão cada vez mais potentes com elevados níveis de seu principio ativo e outras drogas são extremamente fortes e capazes de alterar o funcionamento do cérebro em pouco tempo, como o crack.
A dependência química é uma doença e não tem nada a ver com o caráter
ou idoneidade das pessoas. São homens e mulheres, adolescentes e até
mesmo crianças de todas as classes sociais. A falsa sensação de bem
estar proporcionada pelas drogas diminui a intensidade com o passar do
tempo fazendo com que a pessoa passe a usar cada vez mais ou parta para
outra substancia mais potente para ter os mesmos efeitos. Isso acontece
porque o cérebro se adapta a presença das drogas e sem as substancias
químicas o corpo se sente mal, o humor muda, estresse e depressão
aparecem e a pessoa sofre com a abstinência. E para aliviar essas
sensações ruins, acaba usando a droga novamente.
Esse comportamento compulsivo interfere em toda a vida da pessoa.
Seus amigos mudam, a família luta contra, o seu desempenho escolar ou
profissional são prejudicados e a situação econômica fica abalada. E
ainda que admita que tenha problemas costuma dizer que pode parar
sozinho e quando puder. Muitas vezes não se reconhece como dependente
químico.
O tratamento psicoterapêutico atua de forma a evidenciar os aspectos
comportamentais, emocionais e sentimentais da pessoa na busca do
autoconhecimento. Faz-se necessário levantar os aspectos de fragilidade e
força psíquica, para encontrar ou criar mecanismos de defesa que possam
ajudar no controle da dependência.
Uma dependência acaba se tornando um sofrimento em si mesmo e por isso a importância de um acompanhamento psicológico. Acreditar na recuperação é essencial e determinante para o processo de saída da dependência química. Fonte: http://casarecomeco.com.br
No vídeo abaixo você vai saber porque exatamente um pessoa se torna dependente de drogas:
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