"Implante na pele libera substância no organismo sempre que for necessário"
Um novo tratamento para o diabetes pode eliminar a necessidade de
pacientes tomarem injeções de insulina, afirmam os cientistas que o
criaram. A terapia envolve uma cápsula de células geneticamente
modificadas implantada sob a pele, liberando automaticamente insulina
sempre que necessário. Camundongos diabéticos foram tratados com as
células e registraram níveis normais de açúcar no sangue durante várias
semanas.
Os
pesquisadores esperam obter uma licença para realizar um ensaio clínico
testando a tecnologia em pacientes em dois anos. Se esse ensaio for bem
sucedido, o tratamento seria poderá ser usado por todos os pacientes
com diabetes tipo 1, e para os casos do tipo 2 que exigem injeções de
insulina.
— Em 2040, um em cada dez seres humanos no planeta vai sofrer de
algum tipo de diabetes, o que é dramático — Martin Fussenegger, que
liderou a pesquisa no Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique
(ETH, na sigla em alemão). — Nós devemos ser capazes de fazer muito mais
para ajudar as pessoas a medirem melhor seus índices de glicose.
Segundo Fussenegger, se essa terapia for confirmada como segura e
eficaz em humanos, pacientes com diabetes poderiam receber um implante
que precisaria ser substituído três vezes por ano. Isso substituiria as
injeções, que não controlam perfeitamente os níveis de açúcar no sangue,
podendo levar a complicações a longo prazo, incluindo nos olhos, nervos
e coração.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 5,8% da população acima de
18 anos ou 7,6 milhões de pessoas tem diabetes. A Federação
Internacional de Diabetes estima que, em 2040, serão 642 milhões de
casos em todo o mundo e 23,2 milhões no Brasil.
O diabetes tipo 1 normalmente começa na infância e é uma doença
autoimune em que o corpo mata todas as suas células beta pancreáticas.
As células respondem a níveis flutuantes de glicose flutuação do corpo
por meio da liberação de insulina, que regula o açúcar no sangue. Sem
células beta, os pacientes precisam monitorar a glicose e injetar
insulina quando necessário — geralmente, várias vezes ao dia. Fonte: oglobo.globo.com
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