"Até que ponto a superproteção pode fazer mal aos filhos? Crianças e adolescentes protegidos em bolhas podem se
tornar adultos incapazes de resolver problemas sozinhos e infantis
emocionalmente"
Especialistas avaliaram que antigamente os pais preparavam seus
filhos para a vida, que nunca foi moleza, enquanto hoje eles os protegem
da vida.
Eles criam verdadeiras redomas onde colocam seus filhos supostamente
protegidos de todos os riscos e perigos do mundo real, do sofrimento,
dos fracassos, e até da necessidade de se virar por conta própria.
São os os “pais helicóptero”. Superprotetores e intrometidos, um fenômeno da sociedade atual.: Mencionou um adolescente que reclamava da mãe, dizendo: “Minha mãe fica
como um helicóptero sobre mim”.
Esses pais estão sempre advertindo os filhos dos possíveis perigos,
evitando que cometam erros e até boicotando sua capacidade de escolha
quanto às amizades ou namoros quando são adolescentes.
Tipos de pais helicópteros
Onde se encontra o equilíbrio entre ajudar a uma criança e protegê-la
ou superprotegê-la? Para encontrar o caminho, psicólogos estabeleceram
três categorias de pais helicópteros.
A primeira categoria é a chamada “helicópteros de combate”. Esses
pais são os que se caracterizam em voar para lutar pelos seus jovens.
Trata-se, normalmente, do pai helicóptero que os administradores e
empregados da escola consideram de menor ajuda.
A segunda modalidade corresponde aos pais conhecidos como
“helicópteros de tráfego”. Nesse grupo se encontram os pais que vão
guiando suas crianças, marcam o caminho que consideram mais adequado e
ajudam os filhos a tomarem decisões apropriadas ao longo das suas vidas.
A diferença entre esse tipo de “helicóptero” e o “helicóptero de
combate” é que o helicóptero de tráfego finalmente permite ao estudante
seguir seu próprio caminho.
O terceiro tipo de pais superprotetores são os que formam o grupo de
“helicópteros de resgate”. A função desse tipo de pai é tirar seus
jovens de situações de crise e levá-los para um lugar seguro, ou
proporcioná-los abastecimento para que voltem a se levantar e se
colocarem em pé.
Efeitos da superproteção
Estudos mostram os efeitos negativos de superproteger os filhos. Um
deles, publicado no Journal of Child and Families Studies, descobriu que
esse comportamento dos pais aumenta o risco de a criança se sentir
incompetente, sofrer depressão e ansiedade – consequências que muitas
vezes podem surgir no longo prazo. Outra análise, feita a partir da
revisão de 70 levantamentos, envolvendo mais de 200 mil crianças, da
University of Warwick, no Reino Unido, revelou que a superproteção
aumenta também o risco de bullying.
É trabalhoso encontrar o ponto certo entre negligência e
superproteção. Que tal, em vez de ser um pai ou mãe helicóptero, você se
tornar um “submarino”? Essa metáfora alude ao perfil de adulto que está por perto,
cuidando do filho, mas não tão visível. Só sobe para a terra quando
realmente for necessário, mas não abandona nem deixa de entrar em
contato com a criança. Fonte: osul.com.br
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