"A vacinação traz um risco pequeno de efeitos colaterais graves, mas que pode subir ou cair segundo características suas. Quem deve tomar a injeção?"
Em São Paulo, três pessoas morreram por reações adversas graves da vacina da febre amarela desde janeiro de 2017, informa último balanço da Secretaria de Estado da Saúde.
Todos eram adultos com menos de 60 anos e sem registro de doenças
prévias – e mais seis mortes estão sendo investigadas. Mas por que isso
ocorre?
Após a aplicação do imunizante, sintomas leves como dores
musculares, de cabeça e febre são relativamente comuns. Também é
possível a ocorrência de vermelhidão, inchaço e calor no local da
injeção.
Já o efeito colateral mais grave, que ocorreu com as mortes confirmadas em São Paulo, é a doença viscerotrópica aguda. Veja:
a vacina contra a febre amarela é feita com o vírus atenuado (ele está
vivo, mas bem fraquinho). Uma vez administrada, o organismo produz
anticorpos que protegem contra a doença.
Contudo, em situações raras, o corpo não consegue conter a
multiplicação do vírus inserido pela vacina. As consequências podem
evoluir para insuficiência renal, hepática e cardíaca, problemas de
coagulação, hepatite fulminante e morte. De acordo com a Secretaria de
Estado de Saúde de São Paulo, a literatura médica aponta uma morte para
cada 450 mil doses aplicadas.
O risco de reações adversas graves, portanto, é mínimo. Mas,
se a possibilidade de contato com a febre amarela é nulo, não há para
que se vacinar. “Em locais urbanos, onde não há transmissão, não há motivo para expor a população a um risco desnecessário”, alerta a secretaria.
Já se o sujeito mora em uma área de risco ou pretende se
deslocar para uma, aí a vacina entra em cena. Principalmente em momentos
de comoção da população, evitar visitas desnecessárias a postos de
saúde economiza tempo, paciência e doses da vacina para quem realmente
precisa. Fonte: saude.abril.com.br
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