"Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 10% dos
casais brasileiros que desejam engravidar apresentam algum tipo de
infertilidade"
Durante muito tempo os empecilhos eram todos atribuídos
às mulheres e só recentemente passaram a fazer parte do universo
masculino. A infertilidade pode estar tanto em um quanto no outro, ou nos dois parceiros.
Estudos mostram que a infertilidade masculina na maioria dos fatores
está relacionada à produção ou à disponibilidade de espermatozoides
viáveis. Infertilidade masculina não significa a impossibilidade
definitiva de ter filhos, depois que surgiram à inseminação artificial e
a fertilização in vitro. O diagnóstico benfeito é fundamental para a
escolha do método mais indicado para superar essa dificuldade.
Quando o homem recebe a notícia de que está
infértil, na maioria das vezes não consegue isolar o fato de algum
problema de ereção, entretanto, ele afirma que não há relação entre os
dois. Os demais motivos que levam à infertilidade masculina estão as
disfunções hormonais, infecções genitais, causas congênitas e fatores
como uso de anabolizantes, tabagismo, consumo de maconha, cocaína e
exposição à radiação, a temperaturas elevadas e à poluição ambiental.
Doenças sexualmente transmissíveis e inflamações nos testículos, também
podem ser outras causas.
No primeiro lugar do ranking das causas está a varicocele. Que são
varizes que aparecem no cordão espermático e podem atrapalhar a produção
de espermatozoides. Essas varizes fazem com que a pressão testicular e
intratesticular aumente. Entretanto, 60% dos portadores da doença não
apresentam nenhuma alteração da fertilidade. Os outros 40% , em geral,
são inférteis.
Diagnóstico da dificuldade em ser pai
Por meio de tratamentos clínicos, procedimentos cirúrgicos e
fertilização assistida, as chances de reverter um caso de infertilidade
masculina são muito maiores atualmente.
Para o diagnóstico o espermograma é um dos exames mais usados pelos
médicos. Ele analisa as características do espermatozoide, permitindo
verificar o potencial de reprodução do homem e o que pode ser feito para
melhorá-lo. O teste avalia desde o aspecto até a quantidade e as
condições dos espermatozoides, podendo verificar como está a fertilidade
do homem, além de, muitas vezes, apontar outros fatores da saúde
reprodutiva masculina, como as condições da próstata ou a presença de
infecções ocultas, por exemplo.
Normalmente este teste é realizado quando existe algum problema
físico, imunológico ou genético, que possa alterar as condições
espermáticas e/ou interferir na fertilidade do homem. Tudo isso é
avaliado num exame clínico feito pelo urologista ou especialista em
reprodução humana. Por isso, o teste não tem uma periodicidade
regular. Ele conta que o espermograma é realizado por
meio de coleta de sêmen, após um período de abstinência sexual de três a
cinco dias.
O médico lembra que, normalmente, são pedidos dois exames com 15 dias
de intervalo entre eles. Se os resultados forem semelhantes em ambos há
um diagnóstico. Se houver alguma diferença entre as características do
esperma estudado nas duas coletas, o médico pode solicitar uma terceira
coleta, para não deixar nenhuma dúvida.
Fertilidade x idade
Se por um lado o aparelho reprodutivo feminino começa a sofrer
alterações a partir dos 35 anos, por outro, a infertilidade masculina
tem pouca associação com a evolução da idade. É sabido que a produção de
espermatozoides vai diminuindo com o tempo, mas diversos especialistas
apontam que até os 70 anos o homem pode ser pai com facilidade,
principalmente se sua parceira tiver menos de 35 anos.
A idade do homem interfere pouco em sua capacidade de
procriar. O homem mais velho produz mais espermatozoides com alteração
genética. Mas o impacto disto é bem menor na prole, comparando
com o efeito da idade na fertilidade feminina. Fonte: vidafertil.com.br
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