"Um grupo de cientistas da
Universidade do Colorado obteve resultados positivos em uma experiência
com células-tronco extraídas da pele e que tem "o potencial" de tratar
com sucesso doenças até agora incuráveis.
As informações são da Agência
EFE. Os pesquisadores "reprogramaram" células adultas,
sadias e doentes em células-tronco pluripotentes (iPSC, em inglês), o
que dá esperanças de desenvolver tratamentos para graves doenças e
colabora para o início de futuros testes clínicos.
Segundo Ganna
Bilousova, do Centro Gates de Medicina Regenerativa, do campus médico
Anschutz da Universidade do Colorado, e uma das responsáveis pela
pesquisa, os testes desenvolvidos permitiram resolver a ineficácia
registrada até o momento na hora de criar células-tronco a partir de
células adultas.
Ganna explicou que, atualmente, de cada mil
células adultas, "apenas uma ou duas chegam a ser iPSC", as quais foram
descobertas por Shinya Yamanaka em 2006 e que posteriormente renderam à
cientista o prêmio Nobel de Medicina.
"Os
pesquisadores do Colorado encontraram uma maneira que acelera
drasticamente esse processo conforme melhora a segurança desta
tecnologia para aplicações clínicas", acrescentou Ganna.
Basicamente,
os cientistas se concentraram em doenças da pele e em reprogramar
células sadias e doentes, ou seja, reativar certos genes não ativos em
células adultas para transformá-las em iPSC.
O novo método
permite contar com uma quantidade ilimitada de células próprias do
paciente, gerar as iPSC fora do corpo, manipulá-las geneticamente,
transformá-las em células de vários tipos e transplantá-las ao paciente,
ou usá-las para futuras pesquisas médicas.
"Ficamos surpresos ao
descobrir como simples manipulações do tempo e das doses das moléculas
de ácido ribonucleico podem afetar a eficiência da reprogramação", disse
a cientista. Segundo ela, agora o processo é menos tóxico e tão preciso
que pode ser aplicado a uma só célula.
Dennis Roop, diretor do
Centro Gates da universidade e outro dos líderes da pesquisa, disse
acreditar que a descoberta tem o potencial de ajudar a desenvolver
tratamentos baseados em células-tronco adultas "para curar doenças até
agora sem cura, como as epidermólises bolhosas" (EB), que tornam a pele
mais frágil.
"Não existem tratamentos efetivos para EB, e a
tecnologia iPSC dá a oportunidade de desenvolver uma tratamento
corretivo permanente baseado em células-tronco para estas graves doenças
que produzem bolhas na pele", afirmou Gates. Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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