"Muita gente não se importa se a data de validade estiver um pouco vencida. Saiba o que pode acontecer"
O prazo de validade, seja de alimentos, produtos ou medicamentos
funciona como uma garantia para o consumidor, por parte do fabricante,
de que é seguro e eficaz – no caso de remédios – utilizar ou consumir
aquele produto até o mês e ano determinados. E, portanto, via de regra,
deve ser respeitado.
Mas, principalmente no caso de medicamentos, é comum
mantermos em casa um kit básico de primeiros socorros ou um pequeno
estoque com itens básicos, para os problemas mais comuns, em caso de
necessidade. Há sempre o risco de, na hora daquela dor de cabeça
insuportável, o remédio estar vencido. Nesse caso, há algum risco se
você decidir tomar o medicamento mesmo assim? O que pode acontecer?
Essa foi a pergunta de um leitor do site americano Fox News a Manny Alvarez, médico e editor de saúde dos canais Fox News.
De acordo com o especialista, o prazo de validade é a data limite na
qual o fabricante garante completa segurança e eficácia do medicamento.
No Brasil, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
todos os fabricantes são obrigados a estampar nas embalagens, as datas
de fabricação (mês e ano) e de validade (mês e ano), assim como o número
do lote do medicamento, seja ele controlado ou não.
Potência, eficácia e segurança
Essa data-limite é definida pelo própria empresa, com base em testes
específicos, realizados sob controle rigoroso, que buscam avaliar a
estabilidade das substâncias ativas presentes na fórmula. Portanto, ela é
uma espécie de fator de referência que indica o fim da vida útil do
medicamento. Ou seja, depois dessa data, o laboratório não garante mais a
potência, a eficácia, nem a segurança do produto.
Entretanto, um estudo conduzido pela FDA, agência americana de
medicamentos e alimentos, a pedido dos militares americanos descobriu
que, entre os mais de 100 remédios analisados, 90% estavam seguros para
serem ingeridos até 15 anos após a expiração da data de validade. A
amostra incluiu produtos vendidos com e sem a necessidade de prescrição
médica.
Risco desnecessário
Embora o estudo pareça questionar o valor do peso colocado nas datas
de expiração, é importante lembrar que, após esse período a eficácia do
medicamento pode não ser a mesma. Ou seja, se você estiver com dor de
cabeça e optar por tomar um remédio vencido a alguns dias, a dor pode
simplesmente não passar. Mas, esse é o menor dos problemas. Em alguns
casos, tomar remédios expirados pode ter consequências fatais.
Em certos medicamentos como nitroglicerina, insulina e antibióticos, a
perda ou simplesmente a redução da eficácia pode colocar sua vida em
perigo, logo, melhor não arriscar. Portanto, o bom-senso recomenda não
consumir e descartar – de forma correta – medicamentos vencidos, para
não se expor a um risco desnecessário. Fonte: veja.abril.com.br
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