"A dor de cabeça é uma das principais queixas nos consultórios 
oftalmológicos, mas há casos em que o médico a ser procurado é um 
neurologista"
Alterações na visão seguidas de forte dor de cabeça,
 enjoo, mal-estar, intolerância a som alto e sonolência são sintomas de 
uma doença que atinge cerca de 1% da população mundial: a enxaqueca 
oftálmica ou enxaqueca retineana, também conhecida como aura visual, que
 se distingue das enxaquecas clássicas por afetar a visão e outros 
sentidos.
Embora chamada de enxaqueca 
oftálmica, a doença tem origem neurológica.
 Trata-se de um distúrbio rápido, intermitente e reversível de 
circulação cerebral, que precede o aparecimento das crises de dor de 
cabeça.
São vários os gatilhos para as crises. Período 
menstrual; jejum prolongado; o uso de anticoncepcionais; alterações no 
sono; estresse; o consumo de frituras, café, chocolate e de álcool; problemas na coluna cervical e distúrbios da ATM (Articulação Temporo Mandibular).
Como o problema afeta primeiro a visão, os pacientes recorrem aos 
oftalmologistas para diagnóstico. Após exames, quando são descartadas as 
possibilidades de problemas no globo ocular, deve-se encaminhar estes 
pacientes ao neurologista.
Sintomas
É por esta razão que o diagnóstico da enxaqueca oftálmica é tão comumente feito pelo oftalmologista.
Como o paciente costuma informar a percepção de luzes (em formato de
 zig-zag), a perda de metade do campo visual (recuperada com o passar da
 crise), forte dor de cabeça (mais de um lado só, chamada de 
“hemicrania”), estado nauseoso e fotofobia, tudo ao mesmo tempo, ele 
teme perder a visão, o que pode ocorrer temporariamente, com algumas 
pessoas.
A dor da enxaqueca oftálmica  pode ainda se manifestar em um ou ambos
 os olhos. Tanto nos olhos, quanto acima, abaixo e em torno deles. Essa 
dor pode ser latejante e/ou em peso ou pressão, e sua intensidade pode 
variar de muito leve a muito forte.
Numa parcela bem pequena dos portadores de enxaqueca, a pálpebra 
superior de um dos olhos (do mesmo lado da dor) pode cair parcialmente.
Esse fenômeno recebe o nome de ptose palpebral e ocorre durante a 
crise de dor. Terminada a crise, a pálpebra volta ao normal. Esta forma 
de enxaqueca é denominada enxaqueca oftalmoplégica.
Tratamento
Com o passar do tempo, os sintomas visuais que precedem a crise de enxaqueca servem de alerta para o paciente recorrer ao diagnóstico adequado e não apenas ao uso de medicação para aliviar a dor.
Por isto é tão importante a continuidade do tratamento. A cefaleia é
 uma doença tão complexa que é objeto de estudo integrado de vários 
especialistas: neurologistas, oftalmologistas, clínicos… Já 
existem até clínicas e hospitais dedicados exclusivamente  à dor de 
cabeça.
E se a dor de cabeça for causada por problemas de visão?
A dor de cabeça provocada por problemas refracionais visuais tais 
como hipermetropia, miopia e astigmatismo, geralmente tem início após um
 período de esforço visual. O paciente acorda bem, mas durante o dia, ou
 ao final do período de aulas ou trabalho, começam as dores de cabeça. 
Este tipo de queixa é chamada de astenopia. Normalmente, tal problema costuma desaparecer, após a prescrição e o 
uso dos óculos ou lentes de contato.
Outras patologias oftalmológicas também podem provocar cefaleia, como
 estrabismos, insuficiências de convergência, uveítes e glaucoma agudo, 
informa Eduardo. Fonte: blogdasaude.com.br 
 




 
 
 


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