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Bebês Com Menos De 1 Ano Também Sentem Depressão

"A depressão não é exclusiva dos adultos. As crianças podem estar muito tristes, só que frequentemente encontram meios de exprimir sem que tenham necessariamente que chorar"

O choro é sempre a resposta mais saudável à situação de tristeza, pelo que é de ficar alerta se tal não ocorrer. Os psicólogos costumam até referir que o verdadeiro deprimido não chora, ao invés disso encerra-se numa apatia já que não existe sequer energia suficiente para conseguir expressar as emoções

A tristeza pode estar associada a uma situação particular, ou generalizar-se. Algumas vezes resulta da perda de algo ou alguém muito significativo. A morte de um animal de estimação, a perda de um brinquedo, a ausência dos pais, o afastamento de um amigo, são motivos que podem desencadear uma depressão na criança. 
 

A duração da tristeza é que nos permite avaliar a gravidade do problema , sendo que duas semanas é suficiente para que haja um reequilibrio emocional, portanto se a sintomatologia se mantiver para além deste tempo deverá constituir motivo para preocupação. 

 

A primeira crise de angústia - ao 8º mês de vida
 
Melanie Klein, uma conhecida psicanalista infantil apercebeu-se que todas as crianças passariam por uma fase depressiva, ao perceberem que a mãe tanto constituía uma fonte de prazer e de alimento, como poderia frustrá-las quando não estava imediatamente disponível. Depois de Melanie Klein, muitos outros autores referiram a existência desta fase, ainda que depois a interpretassem à luz de outras teorias além da psicanalítica. Mas, para chegar à “fase depressiva” é preciso que a criança já se tenha posicionado como pessoa o que pressupõe o estabelecimento de relações com os outros.

Não existe uma idade exata para que tal aconteça, embora seja mais comum depois do 6º mês, antecedendo o surgimento de outro tipo de angústia – a "angústia do 8º mês" ou "angústia do estranho". O bebê já estabeleceu uma forte ligação com a mãe, o que faz com que se sinta inseguro e até ameaçado, sempre que não está longe delas. Por isso, não é de estranhar que o bebê chore sempre que o queremos agarrar ao colo, no caso de sermos pessoas com quem não está habituado. 

Essa é uma atitude perfeitamente normal, sendo de espantar quando uma criança passa de colo para colo sem protestar através do choro.

O segundo tipo de angústia – a angústia de separação

Os três anos marcam habitualmente o momento em que se dá a entrada no infantário. Para muitas crianças, esta é a primeira vez que vão estar longe da família isto é, entregues a desconhecidos.

A depressão pode então surgir sob diversas formas. Assiste-se muitas vezes a uma regressão no desenvolvimento ainda que temporária. Não é invulgar que voltem a usar fraldas e chupetas, tenham pesadelos durante a noite ou roam as unhas.

Quando os vão levar ao infantário choram, gritam e agarram-se às pernas dos pais. Ao longo do dia têm tendência para se isolarem e recusam-se a brincar com os outros meninos da sala.

Pode acontecer, que a criança diga que quer levar para o infantário um objeto que lhe é querido, para que se possa enroscar no objeto desejado ou enrolar a fralda ao dedo, o que não deve ser contrariado. Em regra, todas estas manifestações tendem a esbater-se progressivamente, até se extinguirem por completo no momento em que a criança se sente segura no Infantário, bem integrada no grupo de coleguinhas e, sobretudo, quando constata que os pais a vão buscar todos os dias e não têm qualquer intenção de a deixar lá abandonada à sua sorte. 
 
“Ninguém gosta de mim!” Numa criança mais velha, a depressão assume outros contornos. Algumas verbalizam a sua angústia de modo direto, afirmando que ninguém gosta dela. Esta queixa é comum entre os 6 e os 12 anos, altura em que já existe consciência da popularidade e a rejeição passa a ser fortemente sentida.

É obvio que depois se forma um círculo vicioso, já que uma criança deprimida tende a isolar-se das outras e o mais certo é que venha também a sentir a rejeição por parte dos outros meninos.

Por este motivo, é importante que os pais se mantenham atentos já que a falta de amigos é um dos sinais que apontam para a existência de uma depressão. Há uma manifesta incapacidade em se divertirem e enquanto os outros jogam futebol animadamente, o deprimido senta-se e brinca sozinho. Raramente são escolhidos para as equipes da escola e é difícil integrar-se num grupo de trabalho.

Podem ter uma aparência triste e chegar ao choro ou, no pólo oposto, apresentarem um comportamento agitado, irrequieto. Sonolência ou dificuldades em dormir, são igualmente sinais de alerta que podem apontar para a existência de uma depressão infantil. 

A par de tudo isto, há também as queixas de dores, de cabeça, de barriga, nos músculos, assim como é frequente a perda de apetite. A depressão na criança mais crescida abrange tanto a esfera emocional, como a cognitiva.

Os pensamentos tornam-se muitas vezes ruminantes isto é, funcionam em circulo fechado não havendo meio de os fazer parar. Estes pensamentos impedem-nos de estarem disponíveis para aprender, pelo que o insucesso escolar é frequente. Podem dizer que gostariam de morrer, mas felizmente poucos são os que chegam a extremos. No entanto, uma criança deprimida tem tendência para sofrer acidentes ou atravessar a rua sem olhar para os lados, porque está envolvida nos seus pensamentos ou porque a vida deixou de lhe dar prazer.

Como ajudar ?

É necessário reter a idéia de que a tristeza e depressão, constitui um apelo, um meio que a criança encontrou para manifestar o seu desconforto interior. No caso de persistirem ou aumentarem com o tempo, ela deverá ser observada por um Psicoterapeuta.

Cabe aos pais e educadores manterem-se atentos a estes sinais e sintomas, para que prestem ajuda ou, em casos mais graves e prolongados, procurem ajuda especializada. Além disso, os pais poderão necessitar de ajuda para compreenderem o que se passa com o seu filho e encontrar estratégias mais eficazes de resolver o problema.

Algumas sugestões:

Não desvalorize a tristeza que o seu filho sente.

As crianças estão no início de um percurso de desenvolvimento pessoal, ao longo do qual irão formar as suas defesas psicológicas. É importante que se fortaleçam internamente, mas também precisam de um apoio de retaguarda para que se sintam seguras e amadas pela família.

Estimule-o a desempenhar atividades em que seja bem sucedido.

O fortalecimento da autoestima é fundamental para a recuperação de uma criança deprimida, portanto há que estar atento a tudo onde se consiga valorizá-lo.

Não o pressione para falar. Espere pelo momento certo.

Abrace-o, beije-o e diga-lhe que percebe a sua tristeza e, acima de tudo, está disposta a ouvir o que se passa quando ele quiser desabafar consigo.

Faça-o sentir que pode contar contigo.

As crianças são sempre muito receptivas ao carinho. Aposte em grandes doses de amor e de carinho, pois será meio caminho andado para que o problema se resolva. Passeie, divirtam-se em conjunto, fale com ele sobre a sua vida e acentue o fato de também já ter passado por momentos difíceis na vida, mas sempre ter conseguido encontrar soluções adaptadas. Fonte: www.colegiocooperativo.com.br

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