"A leucoplasia pilosa é uma lesão relativamente nova, causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e reconhecida a partir da epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)"
Sendo que a maioria dos casos ocorre em indivíduos imunodeprimidos. Inicialmente, acreditou-se que essa lesão era uma infecção oportunista associada exclusivamente a pacientes portadores do HIV.
No entanto, também pode ser observada em receptores de transplantes de coração, rins, fígado e medula óssea e, em indivíduos submetidos a radio e quimioterapia.
Considerada um marcador dermatológico para a infecção pelo HIV, a leucoplasia pilosa oral era um indicador de mau prognóstico, mas este quadro mudou completamente com o tratamento anti-retroviral atual.
COMO APARECE CLINICAMENTE
Caracteriza-se pela formação de uma placa esbranquiçada, geralmente linear, normalmente unilateral e localizada na borda lateral da língua. Apresenta, na sua superfície, vilosidades microscópicas semelhantes a pêlos e, ao contrário da candidíase, não pode ser retirada com uma espátula. Em alguns casos pode ser bilateral e/ou acometer o dorso da língua e da mucosa jugal (parte interna das bochechas). Pode ser discreta ou extensa, chegando, em alguns casos, a cobrir toda a superfície dorsal da língua.
COMO TRATAMOS
Normalmente não é necessário tratamento , mas por questões estéticas as vezes o paciente o solicita.
Em lesões de pequeno porte pode ser realizada a remoção cirúrgica, nas maiores o tratamento pode ser feito com o uso local de ácido retinóico ou por cauterização química com ácido tricloroacético, procedimento que deve ser realizado apenas por profissionais, devido aos riscos de queimaduras pelo ácido.
LEMBRETE
Frente a uma lesão com diagnóstico de leucopolasia pilosa, sugerimos que o paciente seja invariavelmente investigado quanto a possibilidade de infecção pelo HIV. Outras patologias vinculadas a quadros de imunossupressão também deverão ser consideradas. Fonte: www.lesoesbucais.com.br
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