"Pessoas ansiosas costumam sempre pensar
no depois, ficam preocupadas com o que acontecerá e não conseguem viver
direito o presente, o hoje"
Se esta é a sua situação, é possível superar
este mal. O prof. Eduardo Martins, cardiologista e
pesquisador de Conscienciologia, indica algumas sugestões para aliviar a
ansiedade, veja:
1. Parar, parar e parar. A coisa mais importante para superar a
ansiedade é simplesmente parar, fazer as coisas com calma, refletir.
“Hoje em dia as pessoas se vangloriam sobre como não têm tempo para nada
como se isso fosse uma coisa boa, mas não é. Uma dica é reservar um
período na semana para esse momento de break da rotina, sem celular, sem
televisão, talvez lendo um livro simplesmente por ler”.
2 - Dê a devida atenção ao seu sono. Com os
smartphones e as redes sociais, quando as pessoas vão para a cama, elas
ficam conectadas até mais tarde e acabam dormindo consideravelmente
menos do que o organismo precisa para descansar. “Hoje em dia o sono é
banalizado e ignorado. Esse modo contínuo de operar a vida e a cabeça
vai entrando pela madrugada afora e o resultado disso é estresse, mesmo
quando a pessoa não identifique e acredite que está tudo bem”, conta. A longo prazo, as consequências de uma ‘simples’
carga de sono diminuída podem ser doenças como hipertensão e diabetes,
então prestar atenção à quantidade de horas que você dorme é importante
para sair desse estado de ansiedade.
3 - Tenha uma agenda pessoal. Seja para fazer
academia, uma caminhada, acupuntura ou praticar Ioga, é importante ter
uma agenda pessoal para que a pessoa entre em contato consigo mesma. “Os
ansiosos geralmente são tão acelerados que entram em contato com todo
mundo, mas falham em se conectar com seu interior e encontrar
equilíbrio”.
4 - Se organize à noite para a manhã do dia seguinte.
Parece simples, mas muita gente não coloca essa organização prévia em
sua rotina e esse tipo de ação é muito importante para que não haja
preocupações durante o sono, já que está tudo certo para o dia seguinte,
e também para que as manhãs sejam mais tranquilas, ajudando o dia a
transcorrer de maneira mais calma e equilibrada.
5 - Seja mais perceptivo consigo mesmo. Comece com
perguntas simples que não costumamos fazer na correria do dia a dia como
‘eu estou contente com o que eu faço profissionalmente?’, ‘eu estou
contente com meu relacionamento afetivo?’. “Se perguntando essas coisas
simples, você consegue identificar se essas áreas de sua vida estão
relativamente alinhadas e também se sua ansiedade pode ter uma causa
externa. Os especialistas explicam que se a resposta for não para alguma
dessas questões, a autoestima da pessoa fica prejudicada e ela compensa
acumulando tarefas. Depois de identificar o que está errado, ela começa a
pensar em uma solução e dar mais valor para si mesma, assim as coisas
começam a entrar nos eixos.
6 - Organize os ambientes. Seja seu ambiente de
trabalho ou sua casa, organizar os espaços significa organizar também
sua mente. “Se a pessoa vive na bagunça, ela vai vivenciar a ansiedade
sempre. A desorganização leva a uma desconexão da realidade e, à medida
que a pessoa se desconecta, ela fica mais ansiosa”.
7 - Repita todas as dicas acima até que elas se tornem um hábito.
É importante levar as dicas a sério, por mais simples que elas pareçam,
e repeti-las até que se tornem hábitos. “O trinômio compreensão – esforço – repetição
é a chave para diminuir a ansiedade. A pessoa compreende que ela é
ansiosa, aplica novos hábitos em sua vida que podem ajudar com o
problema e se esforça para encarar os desafios, mesmo que erros e
dificuldades apareçam em algum momento, e levar isso a sério até que
passem a fazer parte de sua rotina. A saúde, seja física ou mental, é a
repetição dos hábitos saudáveis”.
Caso você não tenha certeza se sofre de ansiedade, o especialista tem uma dica para identificar:
Olhe para a sua agenda e observe se tem espaços livres ao longo dos dias. Se tiver e pensar em já agendar tarefas, é porque você sofre de ansiedade. “O ansioso acredita que só tem valor quando está produzindo. Se ele não produz, está mal, sentindo um vazio. Isso é chamado de ócio depreciativo e é extremamente negativo. O ócio pode ser criativo, porque quando você dá um tempo para sua mente, encontra ideias e respostas”.
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