"Indisposição, aumento da ansiedade e
estresse são quadros comuns nas mulheres que sofrem com a cólica
menstrual (dismenorreia)"
Mas esse incômodo, visto pela maioria das
mulheres como sendo comum durante o período da menstruação, requer
atenção! “Dores durante a menstruação podem ocorrer de forma leve e que
não atrapalhe o dia da mulher. Porém, quando persistente e um aumento
progressivo de intensidade a cada mês, é necessário investigar o quadro,
complementa a médica. Nestas mulheres, a endometriose pode ser um dos
fatores”.
Geralmente, quando as cólicas são mais
intensas, provocam outros males. Na maioria dos casos, a dor pode
estimular o enjoo e a diarreia porque o trânsito intestinal aumenta. E,
muitas vezes, as atividades rotineiras tem que ser deixadas em segundo
plano. Dados da pesquisa Dismenorreia e Absenteísmo no Brasil (Disab)
mostram que 65% das brasileiras tem cólicas a cada menstruação e 70%
delas relacionam a produtividade prejudicada no trabalho devido às
dores.
Fique de olho nos sintomas
Endometriose: Além das
fortes cólicas menstruais, a endometriose pode gerar sintomas como: dor
pélvica que tende a ficar mais forte no período pré-menstrual, dor
durante a relação sexual, cólicas incapacitantes acompanhada de
dificuldade para urinar e, algumas vezes, mudança do hábito intestinal
com diarreia ou dor na evacuação. “A endometriose pode envolver outros
órgãos, principalmente: intestino, ovário e bexiga”, ressalta Angonese.
Infertilidade: Toda reação
inflamatória nos órgãos do aparelho reprodutor pode influenciar na
capacidade de gestação bem sucedida na mulher. A endometriose é uma das causas da infertilidade, diagnosticada
em cerca de 25% a 50% das mulheres inférteis. Porém, a especialista
destaca que mesmo nos casos de doença avançada a mulher com endometriose
pode engravidar espontaneamente. A médica explica que fatores como:
idade, grau da doença e tempo de infertilidade são levados em conta na
hora da avaliação e decisão do melhor tratamento.
“Algumas podem engravidar de forma
espontânea e a endometriose ser apenas um achado ocasional numa
cesárea”, observa Tânia. “Outras irão precisar de um tratamento
cirúrgico e algumas de métodos de reprodução assistida – fertilização in vitro ou inseminação – para engravidar”, complementa.
Diagnóstico e Tratamento
Para a médica ginecologista e
obstetra, o diagnóstico é inicialmente clínico a partir da história da
paciente e do exame ginecológico. O diagnostico definitivo só e possível
após a laparoscopia, procedimento cirúrgico onde será avaliado o
comprometimento ou não do s órgãos internos e o local de realização de
uma biopsia para comprovar definitivamente a endometriose. “A cirurgia
laparoscópica atua em duas situações: como diagnóstico e tratamento”.
Ela explica ainda que na execução do procedimento, os focos da
endometriose são retirados no mesmo momento. Além do tratamento
cirúrgico inicial, existem vários medicamentos específicos que
proporcionam controle dos sintomas e até mesmo a resolução do caso, o
que proporciona o retorno da qualidade de vida das mulheres. Fonte: Blog da Saúde
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