"Homens gostam de mostrar sua força, mas a verdade é que quem passa
pelo parto são as mulheres. Além disso, fêmeas de várias espécies, não
só a humana, vivem mais que os machos"
Um estudo recente até mesmo indicou que o sexo masculino é geneticamente programado para resistir melhor a
infecções, ao câncer e também possui um sistema de reserva para
combater doenças – tudo graças a terem um cromossomo X a mais que os
homens.
Com tudo isso, parece que são elas o sexo forte – mas uma pesquisa da
Universidade Leeds Metropolitan (Reino Unido) acabou de revelar que o
limiar de dor dos homens é mesmo maior do que o das mulheres.
Isso quer dizer que eles aguentam mais dor – ou dizem aguentar, é
claro. Não podemos nos esquecer que os comportamentos culturais apontam
para o homem como a figura forte, e eles podem sentir necessidade de
fazer jus ao estereótipo.
No entanto, realmente parece que os homens podem tolerar mais dor do
que as mulheres, além de serem menos propensos a deixar transparecer que
estão sofrendo do que elas.
Os cientistas ainda dizem que os estereótipos de gênero significam
que os homens tendem a agir estoicamente quando estão feridos (o estoicismo prega o autocontrole e a firmeza como um meio de superar emoções destrutivas), enquanto as mulheres mostram mais sensibilidade.
O estudo
Dr. Osama Tashani, que estuda a dor, recrutou 200 voluntários britânicos e libaneses para o estudo de dois anos.
Dois procedimentos para induzir dor foram feitos. Em um deles, a mão
dos participantes foi espetada, e, em outro, eles tiveram que segurar
sua mão acima de sua cabeça, enquanto seu fluxo de sangue era
restringido.
“Alguns grupos étnicos são descritos como mais estoicos, enquanto
outros são vistos como mais livres para expressar seu comportamento de
sofrimento. Nós não detectamos diferenças no desconforto com a dor”,
explicou Tashani.
Os pesquisadores monitoraram resistência, sensibilidade e vontade de
relatar a dor em todos os participantes, e descobriram que os homens
apresentaram limiares de dor mais elevados e relataram menor intensidade
de dor do que as mulheres, independentemente da sua nacionalidade.
Os voluntários britânicos não suportaram tanta dor quanto os libaneses, e eram mais dispostos a dizer que sentiram dor.
No entanto, as reações baseadas em estereótipos de gênero foram mais pronunciadas na Líbia do que no Reino Unido, o que sugere que tanto o gênero quanto a cultura desempenham um papel na forma como a sociedade lida com o desconforto.
O estudo foi publicado no periódico European Journal of Pain. Fonte: Daily Mail
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