"Hoje vamos falar sobre a capsulite adesiva, que é uma constante dor na
região do ombro, podendo causar limitação articular, ou seja, perda dos
movimentos do braço, especialmente elevação anterior"
Esse mal pode
dificultar até as atividades mais simples, como pentear o cabelo.
A capsulite adesiva não tem causa definida, está ligada a vários fatores como excesso de uso da articulação, lesão parcial de um dos músculos ou tendões
envolvidos nesta articulação, calcificações, inflamações repetidas,
estresse articular ou nervoso, tensão excessiva, traumas anteriores
etc...
Ela só é caracterizada quando, além do sintoma da dor, perde-se o arco
de movimento total. Você sente dor na articulação do ombro ou na parte
superior do braço. Este desconforto vai aumentando gradualmente e, de
repente, não consegue mais levantar o braço para colocar uma blusa ou
pegar algum objeto mais alto.
Quando devemos procurar um especialista?
Não precisamos procurar um médico ao sentir qualquer dorzinha, mas uma dor diferente, estranha, que vai aumentando sua intensidade e atrapalhando a execução de atividades cotidianas. É importante perceber os sinais que o corpo nos envia.
Alguns médico recomendam somente repouso como tratamento e aguardar que a dor diminua gradualmente, levando até 24 meses para que a articulação se
recupere complemente. Já alguns especialistas em ombro recomendam a
hidroterapia, pois a água relaxa a tensão da musculatura da cervical e das costas, reduzindo o estresse causado pela patologia, melhorando a qualidade de vida e abreviando o tempo da recuperação.
O que fazer na água?
Primeiramente é feita a avaliação fisioterápica para saber o histórico
do paciente, grau da dor e limitação dos movimentos. A água cria uma
maior consciência corporal, melhorando o posicionamento dos ombros, facilitando a simetria entre eles. A respiração é fundamental no
processo. A maioria das pessoas respira pelo tórax e não pelo abdômen,
ou seja, pelo diafragma. Isso cria uma tensão constante entre ombros e
cervical, resultando em pontos dolorosos que potencializam a dor causada
pela capsulite adesiva.
Na primeira sessão é ensinada a respiração diafragmática, a percepção
do corpo na água, o que acontece com ele durante a inspiração e
expiração e o empuxo.
São realizados movimentos suaves, coordenados com a respiração,
trabalhando sobre os pontos dolorosos. Quando o paciente sente-se
confortável na água, temos a opção de trabalhar no fundo da piscina, sem
a ação da gravidade e com auxilio do empuxo, conseguindo melhor
qualidade de movimento e maior amplitude, sem dor.
O segredo é trabalhar sem dor, os movimentos devem ser ativos, suaves e
sempre coordenados com a respiração. O ombro gosta de carinho, não
adianta forçar para ganhar arco de movimento. Este virá normalmente
através do movimento funcional. Há uma progressão dos exercícios segundo
a evolução do tratamento.
Ao final da sessão, realiza-se um relaxamento, liberando toda a
musculatura da cervical, tórax e ombro, o que traz grande alivio ao
paciente. Enfim, preste atenção ao seu corpo e, se for preciso, procure um médico. Fonte: globoesporte.globo.com
Veja o vídeo a seguir para melhor compreensão da Capsulite adesiva:
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