"Meningite é uma infecção que se instala principalmente quando uma
bactéria ou vírus, por alguma razão, consegue vencer as defesas do
organismo e ataca as meninges, três membranas que envolvem e protegem o
encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central"
Mais raramente, as meningites podem ser provocadas por fungos ou pelo
bacilo de Koch, causador da tuberculose.
Sintomas
a) Meningites virais

As meningites bacterianas são mais graves e devem ser tratadas
imediatamente. Os principais agentes causadores da doença são as
bactérias meningococos, pneumococos e hemófilos, transmitidas pelas vias
respiratórias ou associadas a quadros infecciosos de ouvido, por
exemplo.
Em pouco tempo, os sintomas aparecem: febre alta, mal-estar, vômitos,
dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no
peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Esse é um
sinal de que a infecção está se alastrando rapidamente pelo sangue e o
risco de septicemia aumenta muito. Nos bebês, a moleira fica elevada.

Importante: os sintomas característicos dos quadros
de meningite viral ou bacteriana nunca devem ser desconsiderados,
especialmente em duas faixas etárias extremas: nos primeiros anos de
vida e quando as pessoas começam a envelhecer. Na presença de sinais que
possam sugerir a doença, a pessoa deve ser encaminhada para atendimento
médico de urgência.
Todos os tipos de meningite são de comunicação compulsória para as
autoridades sanitárias. O diagnóstico baseia-se na avaliação clínica do
paciente e no exame do líquor, líquido que envolve o sistema nervoso,
para identificar o tipo do agente infeccioso envolvido.
Se houver suspeita de meningite bacteriana, é fundamental introduzir
os medicamentos adequados, antes mesmo de saírem os resultados do exame
laboratorial. O risco de sequelas graves cresce à medida que se retarda o
diagnóstico e o início do tratamento. As lesões neurológicas que a
doença provoca nesses casos podem ser irreversíveis.
A vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B também protege contra a meningite e faz parte do calendário oficial de vacinação.
A vacina contra a meningite por pneumococo, embora tenha sido lançada
na Europa e nos Estados Unidos, onde as características da bactéria são
um pouco diferentes, fornece boa proteção também no nosso País.
A partir de 2011, a vacina conjugada contra meningite por meningococo
C faz parte do Calendário Básico de Imunização. O esquema de
vacinação obedece aos seguintes critérios: uma dose deve ser aplicada
aos três meses; outra, aos cinco meses e a dose de reforço, aos doze
meses.
O tratamento das meningites bacterianas tem de ser introduzido sem
perda de tempo, porque a doença pode ser letal ou deixar sequelas, como
surdez, dificuldade de aprendizagem, comprometimento cerebral. Ele é
feito com antibióticos aplicados na veia.
Assim como para as outras enfermidades causadas por vírus, não existe
tratamento específico para as meningites virais. Os medicamentos
antitérmicos e analgésicos são úteis para aliviar os sintomas.
Meningites causadas por fungos ou pelo bacilo da tuberculose exigem
tratamento prolongado à base de antibióticos e quimioterápicos por via
oral ou endovenosa.
Recomendações
* Cuidados com a higiene são fundamentais na prevenção das
meningites. Lave as mãos com frequência, especialmente antes das
refeições;
* Alguns sintomas da meningite podem ser confundidos com os de outras
infecções por vírus e bactérias. Não fique na dúvida: criança chorosa,
inapetente e prostrada, que se queixa de dor de cabeça, precisa ser
levada, o mais depressa possível, para avaliação médica de urgência. Fonte: drauziovarella.com.br
Assista este vídeo sobre a sintomatologia da meningite:
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