"Fadiga extrema e debilitante é a característica principal da síndrome
de fadiga crônica. Os pacientes dormem mal e não se revigoram com o
sono"
Com frequência têm cefaleias (dores de cabeça), dores musculares e
articulares, dor de garganta e problemas de concentração e de memória. A
intensidade e os tipos de sintomas variam de um dia para o outro. Em
“dias bons”, os sintomas podem ser brandos, sem prejudicar as atividades
normais, mas em “dias ruins”, podem ser muito incapacitantes.
A síndrome de fadiga crônica ocorre em todo o mundo, e é quatro vezes
mais comum em mulheres que em homens. Parece ser mais frequente entre
40 e 60 anos de idade.
Os sintomas associados à síndrome de fadiga crônica podem ser
frustrantes para o paciente e para o médico. Prejudicam o paciente, mas
não causam alterações visíveis ou mensuráveis. Existe algum ceticismo em
relação até à existência dessa doença, e alguns a classificam como um
distúrbio psiquiátrico. Entretanto, as principais organizações de saúde a
consideram uma doença real. A incidência de depressão associada é
semelhante à de outras doenças crônicas.
Muitos distúrbios podem causar sintomas semelhantes, incluindo hipotireoidismo, mononucleose infecciosa, distúrbios psicológicos, distúrbios alimentares, câncer, doenças autoimunes,
infecções, abuso de álcool e de drogas, reações a medicamentos e
privação do sono. Nesses casos, pode ser estabelecido um motivo e
tratado.
No final da década de 1980, as autoridades de saúde dos EUA e um
grupo internacional de especialistas apresentaram uma definição da
síndrome de fadiga crônica, revista em 1994. De acordo com ela, para o
diagnóstico é necessário que haja:
1) Fadiga crônica intensa no mínimo por seis meses, sendo excluídos outros problemas médicos.
2) Quatro ou mais dos seguintes sintomas:
- deficiência substancial da memória imediata ou da capacidade de concentração
- dor de garganta
- linfonodos doloridos
- dor muscular
- dores articulares em edema ou vermelhidão
- cefaleias com tipo, padrão ou intensidade novos
- sono não reparador
- mal-estar após esforço durando mais de 24 horas.
Os sintomas devem persistir ou recorrer durante seis meses consecutivos ou mais, e não devem ser anteriores à fadiga.
Embora essa definição tenha sido largamente aceita, não há consenso
sobre a causa da doença. Alguns pesquisadores acreditam que ela possa
ser provocada ou desencadeada por uma infecção viral, como o vírus de Epstein-Barr, mas a infecção não foi demonstrada. Outros sugerem que uma infecção, traumatismo, estresse ou alergia
provoque uma reação imunológica crônica que desencadeia a síndrome de
fadiga crônica. Há também quem diga que pode ter uma causa neurológica
ou um problema de regulação hormonal. Outras causas questionadas são depressão, problemas de regulação da pressão arterial causando hipotensão e distúrbios do sono.
A maioria dos investigadores concorda que a doença não é contagiosa,
mas em alguns países, como Canadá, Austrália, Nova Zelândia e EUA,
pessoas com síndrome de fadiga crônica não são aceitas como doadoras de
sangue. Alguns acham que ela pode ser resultado de diversos distúrbios
que conduzem ao mesmo quadro clínico.
Em cerca de 75% dos casos, a síndrome de fadiga crônica é precedida
por sintomas semelhantes aos de resfriado. Em outros, a doença segue um
período de estresse físico ou emocional intenso, ou surge gradualmente
sem causa aparente.
Sinais e sintomas
Além dos sintomas característicos da síndrome de fadiga crônica, também podem ser observados, incluindo:
- dor abdominal
- distensão abdominal
- dor torácica
- tosse crônica
- depressão e ansiedade
- diarreia
- tonteiras
- olhos e boca secos
- dores de ouvido
- palpitações
- dor na mandíbula
- rigidez matinal
- náuseas e perda do apetite
- suores noturnos.
- falta de ar Fonte. labtestsonline.org.br
Veja neste vídeo os grandes problemas causados por esta doença ainda pouco conhecida:
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