"Muitas pessoas procuram terapia para mudar alguma coisa em suas
vidas, seja um relacionamento, uma postura perante alguma situação, um
comportamento indesejável…"
É comum as pessoas terem pressa pela mudança,
buscando solucionar o problema pela forma mais racional possível.
O
interessante é que, no processo da psicoterapia a pessoa, vai se dando
conta que antes de olhar para fora com ansiedade, é preciso entrar em
contato consigo mesma, olhar para suas dificuldades e reconhecer seus
desejos, aceitando-os. Só depois desse auto reconhecimento, é possível
se libertar de algumas crenças e experienciar as mudanças desejadas, que
não serão instantâneas.
A aceitação de si mesmo traz a preparação
necessária para o processo da mudança. Porém, muitos de nós estamos
acostumados desde cedo a fazer o movimento contrário, a não nos
aceitarmos, nos corrigindo o tempo inteiro. Ouvimos na infância o “não”
repetidas vezes, “não pode isso”, “não pode aquilo”. O “não” e o limite
são importantes para nos ajustarmos à sociedade e aprendermos a lidar
com a frustração, entretanto, se não somos também reconhecidos pelos
nossos acertos e pela nossa essência, a crítica em excesso pode
interferir na nossa autoestima e a possibilidade de internalizar um
sentido forte de inadequação. Como isso influencia a minha vida hoje?
Crescer
se achando inadequado em demasia nos faz querer parecer um pessoa
diferente do que somos, sempre alertas sobre a imagem que estamos
passando e excessivamente preocupados com a opinião dos outros. É uma
busca inconsciente e incessante para ser valorizado e aceito pelo outro,
sendo que, muitas vezes, ainda nem nos aceitamos como somos, não
paramos primeiro para nos entender com um cuidado generoso. Isso traz
vulnerabilidade e insegurança, dependendo demais do retorno do outro
para saber se estamos indo bem ou não. Quando transferimos essa
responsabilidade para o meio, colocamos o rumo da nossa vida em algo
longe de nós. A impressão das pessoas, sem dúvida, é importante para
nossa construção psíquica, mas, quando há o desequilíbrio, a confusão e
ansiedade nos tira do caminho coerente com aquilo que nos faz feliz.
Começamos a viver uma vida estranha para nós mesmos.
Como faço para me aceitar melhor?
É fundamental
fazer o caminho do autoconhecimento, olhar com atenção e coragem tanto
para os aspectos desejáveis quanto para os indesejáveis. Aceitar não
significa a princípio gostar, mas considerar e respeitar o que se é,
reconhecendo que o hoje é resultado de todas as experiências vividas,
sejam elas boas ou ruins. É uma oportunidade para se perdoar, para
refazer os laços consigo mesmo, e isso consequentemente levará a uma
postura mais próxima e atenta aos próprios anseios, em vez da busca
incessante pela valorização do outro como uma forma de compensar a falta
de amor e aceitação por si mesmo.
É preciso resistir ao impulso
de excluir aquela nossa parte desagradável e fazer um esforço consciente
para integrar todos os nossos diferentes aspectos. Muitas vezes
precisamos de ajuda nessa caminhada, e a psicoterapia pode, sem dúvida,
ajudar muito nesse processo. É um desafio que vale a pena, pois é
altamente libertador. Só a partir disso podemos verdadeiramente
redirecionar nossa vida, ajustar as velas e seguir mais confiantes e
inteiros, escolhendo navegar na direção de uma vida mais feliz. “Só aquilo que somos realmente tem o poder de curar-nos” (Carl G. Jung). psicologiasdobrasil.com.br
No vídeo a seguir você vai assistir como você pode se amar mais, se aceitar como você é:
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