"Com certeza esse é um dos momentos mais tensos da vida de uma mãe: a
adaptação dos bebês na escolinha por conta do retorno ao trabalho"
Depois de passar meses ao lado deles, curtindo o seu cheirinho e seu
desenvolvimento tão de perto, chega a hora de começar um novo ciclo. E é
exatamente assim que esse momento deve ser encarado: o início de uma
importante fase na vida da família.
E, nessa hora, a ajuda do empregador é fundamental para que o
processo se torne tranquilo. Conseguir dar um pulinho na escola para
amamentar seu pequeno na hora do almoço, ou sair um pouco mais cedo no
início do seu retorno ao trabalho, são maneiras de facilitar essa
transição.
É necessário também, um posicionamento da nossa parte, colocando o
tempo ao lado dos nossos filhos como prioridade sempre que chegarmos em
casa. Isso significa que smartphone e internet devem ficar de lado!
Para a adaptação na escolinha acontecer de forma tranquila e gentil
com o seu bebê, alguns cuidados podem ser tomados. Confira só:
1. Respeite o tempo da criança
Em geral, a adaptação de uma criança pequena na escolinha leva de uma
a duas semanas, mas é importante saber que este tempo pode variar. Depende da idade e da relação que a criança tem com a mãe. Em casos de
relações simbióticas, em que mãe e bebê sentem-se como se fossem uma só
pessoa, a separação é muito mais complicada.
Essa relação simbiótica é comum e natural nos primeiros meses de vida do bebê, por isso, respeite o tempo do seu filho.
2. Faça uma adaptação gradual
Você pode deixar seu filho menos tempo no início no berçário, para
que ele vá sentindo-se confiante para ficar o dia todo no lugar. Deixe-o
por 1 hora, depois 2 horas e, então, 3 horas, até sentir que ele já
pode ficar o dia todo.
E logo deixe que ele fique apenas com os cuidadores na sala para
permitir que formem um vínculo. A mãe pode ficar em um espaço preparado
para isso no qual a criança irá buscar seu conforto quando necessário.
3. Entenda o choro
Se após a tentativa de adaptação gradual e tranquila seu filho ainda
chorar algumas vezes, você pode deixá-lo chorando aos cuidados da
professora e ficar em uma sala ao lado para aguardar que ela ajude-o a
se acalmar. Em alguns casos eles choram para tentar ir embora, mas vendo
que isso não deu certo, ficam tranquilos e se distraem brincando.
Você pode tranquilizar seu coração ligando para a escola para
perguntar se eles voltaram a chorar no decorrer do dia. No começo, a
criança pode se sentir insegura, ter um choro constante e, nesse caso,
vale a pena entrar novamente para acalmá-la e recomeçar a adaptação. Em
situações como essa, a escola costuma ligar avisando a mãe.
4. Busque uma escola parceira
Escolher uma escola que entenda que a adaptação deva ser feita de
maneira gentil e que aceite esse processo de forma natural é
fundamental. Algumas preferem afastar os pais logo no início e
administrar o choro da criança, mas uma escola parceira também é
importante para que você consiga enviar o leite materno ordenhado e
manter a amamentação, tão importante para os pequeno até os 2 anos ou mais.
Nesse sentido, também é necessário que a escola saiba acolher a mãe,
já que nos primeiros dias estaremos mais inseguras, chegando a ligar
algumas vezes para saber como nosso pequeno está.
5. Coloque-se no lugar da criança
Imagine-se em um lugar diferente onde não há ninguém conhecido por
perto. O que a deixaria insegura? O que a faria sentir-se melhor?
Procure, então, trazer elementos de segurança para o seu filho.
Um cobertorzinho que ele costuma usar ou um urso de pelúcia, por
exemplo. Os adultos precisam compreender e auxiliar os pequenos sem sessões e compaixões ingênuas, mas encorajando-os de forma a vencer essa
etapa da maneira mais serena.
6. Mantenha o diálogo
Não importa a idade do seu filho: explique a ele tudo o que está
acontecendo. Não, você não precisa se desculpar ou lamentar por deixá-lo
na escola. Diga a importância dessa nova fase para vocês dois e que
logo estará de volta para ficarem juntinhos novamente. Não minta, não
invente desculpas.
7. Entenda as necessidades de cada idade
As crianças reagem de formas diferentes à adaptação escolar,
dependendo da idade em que se encontram. Até por volta dos oito meses,
os bebês conseguem adaptar-se mais facilmente. Entretanto, entre nove
meses e três anos, pode ficar mais difícil, porque algumas inseguranças
começam a surgir na cabeça da criança.
Nesta idade, pode passar na cabeça dela que, se ela gostar de lá e
demonstrar isso, talvez a ‘esqueçam’ de buscar, ou que se trata apenas
de um parquinho e que sempre haverá alguém da família para reiterar seus
desejos e olhares.
Por isso, é fundamental que a escola ajude a família na adaptação
gradual. Após os três anos de idade a criança já consegue entender
melhor o que é a escola e a adaptação volta a ser menos difícil. É
importante sabermos que em alguns dias as crianças irão querer ficar em
casa, porque é gostoso ficar com a mãe - e tem dias que até nós
gostaríamos de não sair para trabalhar, não é mesmo? Mas o diálogo
honesto e gentil ajuda muito nessa hora.
Como saber que seu filho está gostando da escola?
Quando as crianças são mais grandinhas e já falam, fica fácil saber
tudo o que aconteceu na escolinha e se eles estão curtindo seus dias por
lá. Mas saiba que também é possível reconhecer nos pequeninos que a
adaptação na escola foi bem-sucedida.
Sinais como a criança começar a chorar para ir embora, ao invés
daquele choro para entrar, por exemplo, nos dão a certeza de que suas
horas por lá têm sido prazerosas.
“Eles ficaram tão bem depois que, quando chegávamos na escola, já
entravam correndo sem olhar pra trás. Tive até uma crise de ciúmes
quando o Biel entrou e foi direto abraçar a professora”, brinca Priscila
Rocha, sobre seus filhos gêmeos Pedro e Gabriel.
A adaptação dos pequenos que, na época, tinham 1 ano e 9 meses, durou
duas semanas e contou com a ajuda da escola, que chegou a incentivar
que a irmã deles, Giovana (4 anos), que também estuda lá, desse um
pulinho na sala para acalmá-los nos primeiros dias. Fonte: disneybabble.uol.com.br
Neste vídeo você vai conhecer outros métodos para seu filho(a) se adaptar na escolinha:
Nenhum comentário:
Postar um comentário