"A palavra climatério significa fase crítica e dá nome a um período
realmente conturbado da vida feminina, que começa por volta dos 40 anos e
se estende até a menopausa -- quando não há mais ciclo menstrual"
Sua
principal característica são as transformações físicas e emocionais
decorrentes do desequilíbrio na produção dos hormônios femininos pelos
ovários.
Os sintomas que marcam a entrada no climatério são semelhantes aos de
uma TPM, só que acentuada e prolongada. A sensação de inchaço no corpo e
mamas, as dores fortes de cabeça ou enxaquecas, as alterações de humor
(nervosismo, irritação, tristeza profunda e mesmo depressão) podem se
manifestar ao longo de até quinze dias antes da menstruação. Do meio
para o fim do climatério é comum, ainda, a irregularidade nos ciclos e a
variação do fluxo menstrual.

Os ovários começam a falhar
As mulheres já nascem com toda a reserva de óvulos que irão usar durante
a vida. Chegam ao mundo com um suprimento aparentemente exagerado de 2
milhões de folículos e atingem a puberdade com 400 mil.
Não é de uma hora para a outra que ocorre esse desfecho. O desaparecimento
de folículos começa a se fazer notar a partir dos 35 anos e torna-se
crônico depois dos 45, quando a chamada atresia dá origem a ciclos
menstruais anovulatórios (sem produção de óvulos). A falha na ovulação
desencadeia um processo de desequilíbrio na produção hormonal, com queda
nos níveis de progesterona e flutuações dos níveis de estrogênios no
organismo feminino.
Picos de alta e baixa produção
Existem no mínimo 60 formas de hormônios estrogênios circulando no
corpo de homens e mulheres, mas são três as formas dominantes no
organismo feminino: o estradiol, o estriol e a estrona.Fabricado pelos
ovários, em sua maior parte, o estradiol é de longe o mais poderoso dos
três. É ele que atua sobre a função reprodutiva, estimulando os
folículos ovarianos a liberar os óvulos -- as células germinativas
femininas. Também é ele que estimula o aumento das contrações musculares
das trompas de falópio que empurram o óvulo fertilizado até o útero. É o
estradiol, ainda, que leva o útero à reagir à progesterona -- o
hormônio que prepara o órgão para receber o óvulo fertilizado,
revestindo-o com um endométrio mais espesso.
A região do cérebro conhecida como hipotálamo e a glândula pituitária —
a popular hipófise — são em primeira instância as responsáveis pela
produção desse coquetel de hormônios sexuais que preparam o organismo
feminino para a reprodução e o mantém em bom estado de funcionamento.Com
pouco mais de 1 centímetro de diâmetro e meio grama de peso e alojada
na base do cérebro a hipófise é subordinada diretamente ao hipotálamo e
se encarrega, em ambos os sexos, de fabricar as chamadas gonadotrofinas,
substâncias que induzem os ovários e testículos, lá embaixo, a liberar
hormônios sexuais, os quais, por sua vez, amadurecem os óvulos e as
células germinativas masculinas necessárias à reprodução.
Entre as principais consequências do desequilíbrio hormonal estão as
alterações na temperatura do organismo feminino, que esquenta
ligeiramente ao longo de toda a perimenopausa. As ondas de calor e os
suores noturnos são outro efeito desse descompasso hormonal. Além de
experimentar os sintomas clássicos da síndrome pré-menstrual, as
mulheres em idade de perimenopausa também passam a ter problemas de sono
por causa desses calores e suores noturnos. Algumas também sofrem com
problemas de ordem gastrointestinal, dores musculares e nas juntas. Fonte: sogesp.com.br
Veja a explicação médica sobre o climatério no vídeo a seguir:
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