"A panencefalite esclerosante subaguda, um problema progressivo e geralmente mortal, é uma complicação rara do sarampo que aparece meses ou anos depois desta infecção e provoca deterioração mental, movimentos musculares involuntários e convulsões"
A panencefalite esclerosante subaguda
resulta provavelmente de uma infecção cerebral provocada pelo vírus
do sarampo. O vírus pode entrar no cérebro durante a infecção
e lá permanecer sem causar problemas durante muito tempo. No entanto,
pode ser reativado por razões desconhecidas e provocar panencefalite
esclerosante subaguda. Em casos muito raros, uma pessoa que nunca tenha tido
sarampo, mas que tenha recebido a vacina com vírus vivos, pode desenvolver
panencefalite esclerosante subaguda.
O número de pessoas com panencefalite
esclerosante subaguda está a diminuir nos países desenvolvidos. Afeta mais os homens do que as mulheres.
Sintomas e diagnóstico
A doença costuma começar nas
crianças ou nos adultos jovens, normalmente antes dos 20 anos de idade. Os primeiros sintomas podem ser maus resultados escolares, amnésias,
ataques de mau humor, distração, insónia e alucinações.
Depois, aparecem convulsões, em forma de súbitos estirões
musculares nos braços, na cabeça ou no corpo. Finalmente, estas
convulsões podem afetar todo o corpo juntamente com movimentos musculares
anormais incontroláveis. O intelecto continua a deteriorar-se e a fala
altera-se. Depois, os músculos tornam-se cada vez mais rígidos
e é difícil engolir. A pessoa pode ficar cega. Nas fases finais,
a temperatura do corpo pode subir e a pressão arterial e o pulso tornam-se
anormais.
O médico faz o diagnóstico baseando-se
nos sintomas. O diagnóstico pode ser confirmado por meio de uma análise
ao sangue, ao encontrar valores altos de anticorpos contra o vírus do
sarampo, ou então por meio de um electroencefalograma anormal (EEG)
ou de uma ressonância magnética (RM) ou de uma tomografia axial
computadorizada (TAC), que revelem anomalias no cérebro.
Prognóstico e tratamento
A doença é quase sempre mortal
em crianças entre 1 e os 3 anos de idade. Embora a causa de morte seja
em geral a pneumonia, esta é consequência da fraqueza extrema e
do controlo muscular anormal provocados por esta doença. Nada pode fazer para deter o avanço
da doença. No entanto, podem ser administrados anticonvulsionantes para
reduzir as convulsões. Fonte: manuaismsd.pt
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