"As crianças podem
reagir de diferentes formas diante da separação, ou divórcio, dos pais
e, ainda que a resposta delas dependa de muitos fatores, existem dois
que são muito importantes: a idade da criança e o grau de conflito que
existe entre os pais"
Infelizmente, é inevitável que este período seja
muito estressante para os filhos.
A separação dos pais
causa uma grande surpresa nos filhos e, geralmente, eles experimentam
muitos dos sentimentos com os quais os adultos sofrem, durante um bom
tempo. Eles se sentem surpreendidos e confusos com a separação, razões pela qual as crianças costumam se sentir preocupadas e inseguras com a situação.
Algumas crianças podem se sentir
culpadas, outras podem se sentir muito irritadas com os pais, ou tentar
culpar um dos dois. Por essa razão, é importante entender o drama sofrido por elas e levar em conta seus sentimentos, afinal,
é melhor que a unidade familiar se separe amigavelmente, pois assim a
criança poderá viver num ambiente mais feliz e com menos tensão.
Como se comportam as crianças em diferentes faixas etárias
As crianças nem sempre se comunicam através de palavras, podendo se expressar com o comportamento;
alguns se tornam mais reservados, preferindo não falar sobre a
situação nem sobre os pais; os mais novos, ao contrário, tornam-se mais
carentes com a pessoa com a qual foram morar, por medo de também
perdê-lo.
Algumas crianças podem retroceder em seus comportamentos,
falando com uma linguagem infantil, ou não controlando a bexiga; podem
ter pesadelos, ser rebeldes, agressivos, inclusive com os pais, e
difíceis de lidar em algumas ocasiões. Por esses e outros motivos, pode
ser necessária ajuda profissional.
Do nascimento até os 2 anos
Nesta etapa, as crianças são altamente dependentes de seus pais, tanto física como emocionalmente, e a separação prolongada produz uma intensa angústia emocional. Neste
grupo de idade, os filhos se preocupam com o progenitor ausente, com
quem precisam de frequentes períodos de contato para continuar com sua
relação.
O conflito entre seus pais e as mudanças em casa podem causar um estresse muito sério para
uma criança dessa idade e, para ajudar a resolver o problema, o pai que
está vivendo com a criança pode, então, espalhar porta retratos da
família pela casa, fazer jogos ou criar uma lembrança especial para o
filho.
De dois anos e meio a 5 anos
Nesta idade, as crianças começam a ser um pouco mais independentes de seus pais, mas a separação pode produzir crises importantes em suas vidas, que podem causar choque ou até mesmo depressão. Podem haver mudanças nos hábitos do sono, hábitos higiênicos e existir uma deterioração nas habilidades da linguagem.
Nesta idade, as crianças percebem o
mundo através de diferentes processos de pensamento, fantasiando sobre o
que não entendem, e estão propensas a fazer as coisas a partir de
episódios de sua própria experiência. Por outro lado, são muito
sensíveis às críticas sobre seus pais, porque sentem como se fossem
críticas a si mesmas.
De 5 a 8 anos
Nesta idade, a criança está
começando a ser capaz de falar sobre seus pensamentos, pois tem um
intenso desejo de restaurar a relação entre seus pais e quer
passar a maior parte do tempo junto com eles. Podem aparecer problemas
de comportamento, e ela pode experimentar dificuldade para expressar
suas preocupações, sendo difícil compreender algumas de suas atitudes.
De 8 a 12 anos
Neste ponto, as crianças são capazes de falar sobre seus sentimentos e experimentam um conflito da lealdade com seus pais, já que é nesta idade em que começam a conhecer o mundo fora do círculo familiar e começam a participar de outras atividades.
De 12 a 16 anos
Os adolescentes estão cada vez mais independentes de seus pais e precisam de tempo e espaço para enfrentar a separação deles. Se forem pressionados, reagirão com ira e rejeição. Além disso, precisam de flexibilidade na hora de participar de atividades escolares e sociais. Fonte: amenteemaravilhosa.com.br
Veja agora neste vídeo a problemática da separação dos pais na criança:
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