"Podemos distinguir dois grupos de drogas: as chamadas soft 
drugs (drogas "leves") e as hard drugs (drogas "pesadas")"
Assim, as 
drogas "pesadas" caracterizam-se pelo efeito potente, e por isto, podem levar a 
uma dependência predominantemente física, em que o corpo físico necessita 
de doses cada vez maiores do preparado e cuja suspensão produz fenômenos de abstinência. 
Já as drogas "leves" não produzem, em geral, os fenômenos dramáticos de abstinência 
e não levariam a uma tendência a aumentar a dose, isto é, o que chamamos dependência 
predominantemente psíquica. 
Dentre as hard drugs podemos citar as drogas chamadas
opioides, como a morfina, a heroína e a metadona. E 
como exemplos de soft drugs temos o LSD e a maconha. 
As drogas "leves" - Atualmente, muitos usuários de drogas, jovens em geral, usam a maconha de forma moderada e, por isso, acreditam que ela não lhe traria prejuízos psíquicos ou físicos... É comum, hoje, alguns jovens dizerem: –- Eu gosto de fumar maconha, sinto prazer, fumo de vez em quando e não vejo nenhum mal nisso!... Talvez, o que estes jovens não saibam é que as chamadas drogas "leves" - apesar de não serem muito potentes se comparadas às hard drugs - são capazes de levar a graves alterações caracterológicas e, muitas vezes, à loucura, isto é, a estados psicóticos irreversíveis.
LSD e esquizofrenia - Apesar de ser pouco consumido pelos 
jovens brasileiros, o LSD (dietilamida do ácido lisérgico), produz 
efeitos muito semelhantes aos da maconha, embora muito mais agudos. O LSD 
foi o principal ponto de partida para o tratamento farmacológico, atual, das 
esquizofrenias, através do conhecimento dos chamados efeitos psicotomiméticos, 
isto é, dos efeitos imitadores da loucura; o LSD provoca o que 
se denominava modelo de psicose... Uma pessoa que fizer uso de LSD 
apresentará sintomas muito semelhantes aos das esquizofrenias e as fórmulas 
estruturais dos alucinógenos são muito semelhantes às aminas cerebrais 
e, como hoje se sabe, a dopamina (uma amina cerebral) está diretamente 
envolvida na bioquímica cerebral dos esquizofrênicos. Comparando-se as fórmulas 
dos alucinógenos com as das aminas cerebrais, observa-se que há grande semelhança 
estrutural e, considerando que tais substâncias agem nos receptores da célula 
cerebral (neurônio), chegou-se à conclusão de que há na esquizofrenia uma disfunção 
nos receptores dos neurônios pós-sinápticos; portanto, se a fórmula 
química do LSD25 e da aminas cerebrais são semelhantes, é óbvio que agem 
semelhantemente nos receptores cerebrais. 
Obviamente, as esquizofrenias ocorrem com muito maior frequência 
em pessoas que não são usuárias de droga, logo, as drogas não são a causa 
da doença. Contudo, podemos afirmar com certeza que uma "viagem" provocada pelo 
LSD pode desencadear a esquizofrenia. A esquizofrenia é uma das mais 
graves, talvez a mais grave, das doenças mentais... Enfim, uma "viagem de ida sem 
volta", embora o tratamento possa deter a evolução do processo.
Por que afirmamos que a esquizofrenia é uma "viagem sem volta"? 
Porque após cada crise de um esquizofrênico, ele apresentará sequelas permanentes 
na sua personalidade, o que denominamos defeito ou estado residual esquizofrênico, 
em que a pessoa fica com quase total alheamento do meio exterior (autismo), com 
graves alterações qualitativas na afetividade, no pensamento e nas ações, tornando-se 
uma caricatura de um ser humano, pois perde o que há de mais importante no homem: 
o livre-arbítrio; há uma vertigem da liberdade, como diria o filósofo 
SÖREN KIERKEGAARD. Em resumo: a esquizofrenia é uma doença que pode levar a um quase 
completo aniquilamento espiritual da pessoa.
Então, outra pergunta que se impõe é: valeria à pena o êxtase, 
o prazer momentâneo, efêmero, de uma "viagem" proporcionada pelo uso de
LSD? Embora as esquizofrenias tenham um componente genético 
importante, podemos dizer que todos somos passíveis de adoecer de esquizofrenia, 
pois, às vezes, a expressividade genética não é imediata; por exemplo: se 
eu sou esquizofrênico, meus filhos e netos podem não apresentar a doença, mas nada 
impede que meus bisnetos adoeçam de esquizofrenia... Portanto, não sabemos se somos
predispostos à esquizofrenia ou não!...
Maconha e esquizofrenia - Não é aconselhável que ninguém faça uso de LSD , mesmo ocasionalmente, pois as esquizofrenias surgem como "um raio em céu claro", isto é, a "tempestade" surge sem nenhum sinal precursor. E a maconha poderia também, como o LSD, propiciar os mesmos riscos? Diremos que sim, a nossa experiência clínica confirma isso... Embora a fórmula química da maconha seja diferente daquela do LSD é provável que a maconha altere funcionalmente as aminas cerebrais, nos neurônios. Assim, o delta-9-tetrahidrocannabinol (principal substância ativa da maconha) é capaz de provocar os mesmos sintomas produzidos pelo LSD, só que em grau menor; a esse respeito.
Maconha e esquizofrenia - Não é aconselhável que ninguém faça uso de LSD , mesmo ocasionalmente, pois as esquizofrenias surgem como "um raio em céu claro", isto é, a "tempestade" surge sem nenhum sinal precursor. E a maconha poderia também, como o LSD, propiciar os mesmos riscos? Diremos que sim, a nossa experiência clínica confirma isso... Embora a fórmula química da maconha seja diferente daquela do LSD é provável que a maconha altere funcionalmente as aminas cerebrais, nos neurônios. Assim, o delta-9-tetrahidrocannabinol (principal substância ativa da maconha) é capaz de provocar os mesmos sintomas produzidos pelo LSD, só que em grau menor; a esse respeito.
A ação do LSD "parece-se muito com a da marijuana [maconha],
mas é mais intensa, mais caprichosa, mais psicótica e tem consequências mais 
duradouras". Fonte: espirito.org.br 
 Veja o vídeo que reflete esse terrível problema:







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