"Muitas
pessoas caminham pela vida carregando o fardo pesado da dúvida acerca
do seu valor pessoal, habilidades e capacidades"
No fundo, essas pessoas
temem que lhes falte alguma qualidade essencial para conseguirem
ser verdadeiramente bem sucedidas socialmente (dignas de amor) ou em
outros aspectos da vida (por exemplo, profissionalmente). Receiam ser
abandonadas pelos amigos e entes queridos, ou ficam facilmente
magoadas por algo que eles fizeram ou deixaram de fazer. Sentem-se
abatidas, sem a autoconfiança e assertividade para realizar, ou conquistar os seus objetivos.
Se
você se identifica com o descrito anteriormente, é importante
compreender que a insegurança não se deve apenas à forma como você se
sente. Mas sim porque mantêm ativamente essas experiências dolorosas e
autopercepção através da maneira como pensa. Acredite ou não, esta é uma
boa notícia. Oferece-lhe uma maneira de se sentir melhor sobre si
mesmo, mudando a forma como você pensa e se relaciona consigo mesmo.
Existem
três processos que as pessoas inseguras usam e são responsáveis pela
promoção da sua baixa autoconfiança, que são a atenção seletiva, memória
seletiva e interpretação seletiva. Em seguida explico o que são cada
uma delas, assim como o que importa saber quando estão a manifestar-se e
o que fazer para deixar de ser prejudicado por esses processos.
Atenção seletiva
As pessoas que são inseguras, na grande maioria das vezes têm a sua
atenção focada nas situações que confirmam a sua falta de valor.
Elas minimizam os seus pontos fortes, dizendo algo do gênero: “Oh, qualquer um poderia ter pintado isso.” E raramente percebem quando as outras pessoas apreciam o seu trabalho ou as suas ações.
Pense no seguinte: Isso é algo que você faz? Considere a semana passada. Você tende a prestar atenção às coisas que mostram que não tem valor ou que fazem sentir-se inadequado?
Escolha
construir uma resposta mais positiva sobre você. Escolha ouvir
conscientemente o seu lado positivo. Ao sentir-se inseguro, você estará
inclinado a minimizar a importância dos seus aspetos positivos. Por
agora, tudo bem. A etapa importante aqui é reconhecer que você tem uma
tendência para dar atenção seletiva a tudo aquilo que o desvaloriza,
manda abaixo ou confirme as suspeitas da sua falta de habilidade e
capacidade. Ou seja, leve em consideração que provavelmente sente-se
pouco confiante, não por falta de capacidade ou não saber fazer algo,
mas sim pela ideia construída por si mesmo de que não é competente o
suficiente para ser bem sucedido.
Memória seletiva
Outro
mecanismo que mantêm a insegurança das pessoas acerca de si mesmo (não
se sentir amado ou sentir-se inadequado) é a incapacidade de lembrar-se
de evidências do seu valor pessoal ou de circunstâncias em que foram bem
sucedidas. Usualmente não se recordam de nada particularmente bom que
tenham realizado, não recordando também nenhum feedback positivo
significativo, o que é fácil de acontecer se você tem atenção seletiva
para a sua ausência de valor.
Pense acerca de alguns acontecimentos da última semana: De que forma é que as pessoas mostram que têm apreço e se preocupam com você? Talvez tenha recebido uma mensagem apenas dizendo, “Como tens passado?” Que coisas boas você tem feito? Profissionalmente, você pode ter realizado algo tão pequeno como listar e organizar as suas tarefas. Socialmente, pode ser tão simples como sorrir e ser simpático para os outros.
Para
ajudar a recordar algumas coisas que são positivas, olhe para o seu
calendário, recorde cada dia da semana e refresque a sua memória das
coisas boas que aconteceram ou que você realizou. Pode ser útil
registrar notas diárias das coisas positivas que você fez, para no final
da semana poder recordar e com isso contrariar a sua tendência para não
recordar o que é positivo.
Interpretação seletiva
Quando se acredita que não temos valor ou que não conseguimos ser
amados, é fácil de interpretar tudo à luz dessa ideia. Por exemplo, o
seu parceiro está cansado no final do dia, então você acha que ele não
quer estar consigo. O seu supervisor voltou com o seu relatório
sugerindo fazer alterações, então você acha que ele não deve estar
apreciando o seu trabalho. Nestes exemplos, a pessoa não consegue
reconhecer que é a sua maneira de dar sentido a essas situações que está
promovendo a falta de autoconfiança, e que isso está muito mais
relacionado com a sua insegurança do que com o facto dessas pessoas não
se importarem com ela ou não gostarem do seu trabalho.
Questione-se: Existe outra maneira de pensar que faça mais sentido acerca do que está acontecendo? Se eles se preocupassem consigo ou valorizassem os seus esforços, que importância teria para você esse tipo de comportamento? Pode até querer compartilhar as suas preocupações e perguntar diretamente se você está certo. Por exemplo, com o seu parceiro, você pode dizer: “Pareces-me sempre muito calado e desligado a cada noite depois do trabalho. Estás chateado comigo? Com o seu supervisor, você pode dizer:” Eu aprecio o seu feedback e vou fazer essas alterações ao meu relatório. Mas eu estou querendo saber se você pensa que estou no caminho certo ou se existem áreas específicas onde eu deveria estar trabalhando para melhorar.” Esta abordagem teria a vantagem de oferecer-lhe a possibilidade de elogio ou feedback direto sobre como você pode melhorar e ser ainda melhor no relatório escrito.
Uma
maior consciência acerca de como você alimenta a sua insegurança não
faz com que ela desapareça, mas irá reduzir os efeitos prejudiciais.
Você pode construir mais segurança e autoconfiança, escolhendo
ativamente aquilo a que deve dar atenção, lembrando e pensando mais
positivamente acerca das circunstâncias da sua vida. No entanto, isso
requer esforço e uma vontade de desafiar a si mesmo.
Acreditamos que
se você se dedicar a este exercício a sério (por exemplo concluí-lo em
uma base regular, escrever sobre ele num diário, conversar com um amigo
de confiança sobre isso), irá enfrentar alguns conflitos internos. Vai ser uma luta. Mas, com o tempo, esforço e persistência, você vai deixar de ser inseguro e construir autoconfiança. Fonte: escolapsicologia.com
Veja neste vídeo 2 formas para você vencer a insegurança e conquistar a autoconfiança:
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