"A sua vida pode estar sendo
negativamente condicionada por muitas coisas que lhe geram preocupação e
medo: ser amado ou rejeitado, ser ouvido ou ignorado, ser bem sucedido
ou fracassado, feliz ou infeliz"
Viva de acordo com as expectativas dos
outros ou pelas próprias, em conformidade com a cultura em que vive ou
viver de acordo com os seus valores pessoais.
Quando uma pessoa segue o
seu curso de vida preso em aprendizagens e experiências que impendem um
desenvolvimento de vida saudável, podemos dizer que foi construindo
“obstáculos emocionais” que vão sabotando a sua qualidade de vida.
Essas barreiras que a pessoa não tem
consciência que possuí vão fazendo autossabotagem a alguns dos seus
objetivos, afetando negativamente o bem-estar e promovendo o sofrimento
emocional.
Analise e avalie as suas emoções
Selecione um gatilho (situação/pensamento/sentimento) sobre
o qual pretende refletir. É importante procurar estar tranquilo e
mentalmente disponível para avaliar-se. O processo que permite
colocar-se nesse estado é a respiração. Faça uma pausa por um momento,
faça 3 a 5 respirações lentas e profundas (respiração
diafragmática/barriga), e permita-se relaxar. Focalize-se na sua
respiração, com os olhos fechados, faça um scanner ao seu corpo
a partir do topo da sua cabeça até à ponta dos dedos dos pés,
observando e libertando alguma tensão ou firmeza que possa estar a
sentir.
Imagine-se num lugar seguro e aprazível.
Lembre-se que você não é as suas emoções ou pensamentos. Você é a
pessoa que pensa e sente, é o observador, é o construtor das suas
escolhas, emoções e pensamentos. Tente interiorizar este conceito,
dizendo a si mesmo: “Esta é uma boa notícia.” Isso significa
que você pode aprender a estar no comando das suas respostas, e ninguém
pode “fazer-lhe” sentir-se de uma determinada maneira sem a sua
permissão. Você é o observador das suas emoções. Você é a pessoa que
pode analisar e avaliar se as emoções que está a sentir lhe servem
relativamente ao que está a acontecer na sua vida.
É importante saber que aquilo que diz a
si mesmo também faz disparar sensações físicas no seu corpo (reações
emocionais). Esta é mais uma boa notícia. Se você perceber que alguns
assuntos do passado associados aos seus obstáculos emocionais
são exatamente o que provoca as emoções perturbadoras dentro de você,
assim sendo, pode intencionalmente mudar o que diz a si mesmo. Pode
conscientemente criar pensamentos que o acalmem e capacitem a sua
confiança e habilidade para fazer escolhas deliberadas.
Alimente a sua mente com abertura para a
positividade. Alimente a sua mente com palavras calorosas e motivadoras
que o coloque num estado facilitador de alcançar o que deseja. Procure
em si, procure nos outros, e naquilo que o rodeia uma forma construtiva
de se elevar, de puxar por si mesmo. Agite a sua inteligência e
permita-se a usá-la em seu favor. Não se deixe oprimir pelo seu humor
diminuído, não se deixe ofuscar pelos seus medos, não se deixe travar
pelos seus fracassos e não se deixe desanimar nos recuos. Olhe para si,
procure em si, você é capaz de empurrar-se a si mesmo na direção daquilo
que mais deseja.
Aja conscientemente
Certamente existem razões para a forma
como você reage, quer com os outros, com as situações de vida e com você
mesmo. Na base das nossas reações estão as emoções e interpretações que
fazemos daquilo com que estamos a lidar. Pode ser útil identificar as
situações que funcionam como gatilhos que fazem disparar
os comportamentos menos assertivos. Depois tentar perceber, porque razão
está a sentir determinada emoção, o que pode estar na base desse
sentimento, e se esse sentimento deve ou não guiar as suas respostas.
Você pode estar ansioso e com medo
porque receia não conseguir ser competente no seu trabalho, porque
sempre ouviu dos seus pais que não ia ser ninguém na vida. Essas emoções
podem conduzi-lo ao afastamento das responsabilidades, e com isso sair
prejudicado profissionalmente. Neste exemplo, você deveria relembrar-se
do ponto anterior e agir de acordo com aquilo que pretende ser (bem
sucedido) e não de acordo com o seu sentimento de ansiedade e medo.
Mude o seu comportamento e não a si mesmo
Se gostaria de ser mais como o seu
amigo, ou alguém de referência que considera um modelo, não se critique
negativamente nem faça juízos de valor autodepreciativos. Não se compare
pela negativa. Aprecie sim o que gostaria de ver em si mesmo e faça
algo que facilite a implementação desse comportamento, forma de ser, ou
atitude que acha poder beneficiá-lo. Faça o que os adultos deveriam
fazer na educação comportamental dos seus filhos. Os pais devem manter o
amor incondicional aos seus filhos, mesmo na hora da desaprovação ou
repreensão. Por exemplo, se um pai quer reprovar um comportamento de uma
criança pode seguir duas vias:
O primeiro exemplo é focado apenas no
comportamento, o que é correto e assertivo. O segundo exemplo é focado
na criança e no seu amor por ela, o que é incorreto e destrutivo.
Cada vez que a autoimagem, autoestima e
autovalor é afetado negativamente, pelos outros significativos ou por
nós mesmos, colocamo-nos em causa. Podemos questionar o nosso próprio
valor enquanto pessoas e com isso denegrirmos a imagem que temos de nós
mesmos. Isto pode ter um duplo impacto negativo:
- Bota-nos abaixo.
- Associamos a nossa desvalorização à incapacidade de mudarmos a nós mesmos, porque nos sentimos “vitimizados”, e consequentemente com uma justificação credível para não conseguirmos melhorar os nossos comportamentos.
Este ciclo negativo de desvalorização e
justificação das incapacidades pode levar a que a pessoa se mantenha
“presa” em si mesmo, fazendo sempre mais do mesmo. Gera-se um grande
conflito interno. A pessoa sabe que tem coisas em si que precisam de ser
mudadas, que necessitam da sua atenção e dedicação, mas sente-se
incapaz de fazer alguma coisa para sair dessa paralisação.
A incapacidade sentida nasce do hábito
de olhar para si como alguém que não consegue ser bem sucedido na
mudança a que se propõe. O conflito interno é alimentado pela dupla
desvalorização anteriormente referida.
Comprometa-se a melhorar fazendo algo
Tudo passa por você perceber que se até
agora não chegou onde pretendia, tem possibilidade de fazer de forma
diferente. Se continuar a lamentar-se, a dizer que não pode porque não
tem meios, porque não tem dinheiro, porque não tem habilidades nem
competências, porque tudo lhe corre mal, porque isto e aquilo,
inevitavelmente tudo continuará na mesma. Você continuará a sentir-se
insatisfeito, infeliz, miserável e incapaz.
Você não é os seus sentimentos,
lamentações e até mesmo as experiências que viveu. Você é aquele que se
quiser pode fazer algo para mudar a sua vida para melhor. Mas para que
isso aconteça, tem de quebrar o seu padrão de negatividade. Tem de
aprender a ter uma atitude positiva e implementar novas formas de
encarar os seus velhos problemas. Tem de esforçar-se por implementar a
mentalidade virada para a solução.
Não está convencido ainda não é? Tem mil
e muitas justificações para contestar o que acaba de ler. Talvez, neste
momento lhe passe na cabeça a seguinte frase: “Para quem está atrás de um computador escrevendo estas palavras é fácil falar.”
Na verdade é isso mesmo, falar é sempre
mais fácil. A parte difícil, de compromisso e dedicação compete-lhe a si
mesmo. Compete-lhe investir na sua própria pessoa. Pegar a sua vida nas
suas mãos e perceber que quanto mais fizer, mais retorno pode vir a
ter. “Você é o principal acionista da sua própria vida.” Fonte: Escolapsicologia.com / pensamentoliquido.com.br
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