"É um glioma difusamente infiltrativo que pode envolver o andar
supratentorial, fossa posterior e até a medula espinal, às vezes em
continuidade"
O termo é reservado para lesões cuja capacidade de
infiltração é desproporcional ao grau de diferenciação. A definição
abrange qualquer glioma difuso, embora a maioria parecem ser
astrocitomas fibrilares. Tumores infiltrativos que contêm um núcleo
central necrótico não são incluídos na gliomatose.
São afetados pacientes de todas as idades, com pico entre 50 e 60 anos, e ambos sexos igualmente. O curso clínico é muito variável, incluindo déficit piramidal, demência, cefaleia, alterações de nervos cranianos, hipertensão intracraniana, entre outros. Sobrevida varia de meses a anos.
A lesão é difusa, infiltrativa, ocupando a maior parte de um
hemisfério ou ambos, e outras áreas em continuidade, inclusive tronco e
medula. Tende a haver aumento de volume, não destruição, das estruturas.
Na TC, as lesões aparecem como áreas mal definidas de hipoatenuação.
Na RM, em T1, as lesões mostram-se iso- ou hipointensas em relação ao
cérebro vizinho. Os melhores resultados são obtidos em T2 ou FLAIR, onde
as áreas infiltradas dão hipersinal difuso, sem captação de contraste. A lesão é mal definida e pode não ser macroscopicamente evidente.
Há um amplo espectro de achados, com muita variação na celularidade. As células vão de virtualmente benignas a francamente malignas, e podem formam as chamadas estruturas secundárias de Scherer: acúmulo de células neoplásicas em volta de vasos, neurônios, e nas regiões subpial e subependimária. Ao contrário dos gliomas malignos comuns, a gliomatose produz pouca destruição do parênquima. Mitoses são geralmente infreqüentes e necrose ausente.
Não se observa costumeiramente
proliferação vascular. As feições citológicas, portanto, não são as de
uma lesão de alto grau, mas sim de um processo altamente infiltrativo,
hipocelular e de grau baixo a médio. Algumas lesões parecem
oligodendrogliais. Oligodendroglioma entra no diagnóstico diferencial
porque, como a gliomatose, infiltra tanto a substância branca como a
cinzenta, onde pode formar estruturas secundárias. Fonte: jornadacontraocancer.blogspot.com.br
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