"Também conhecida por “Síndrome do Lobisomem” e “Síndrome de Ambras”, a
hipertricose é uma doença autossômica, em que normalmente o pai ou a mãe
do paciente também tem a doença"
Esta mutação genética tem como
característica o crescimento excessivo de pelos, além se ser
extremamente rara (1 para dez milhões). Os pacientes que apresentam esta
anomalia tem a pele toda coberta por pelos, com exceção das regiões das
mucosas, palmas das mãos e planta dos pés. Ainda não se tem muitas
informações acerca desta doença.
Qual profissional devo procurar?
O dermatologista. Também é possível identificar a presença excessiva
dos pelos logo após o nascimento: o pelo, chamado de lanugo, é formado
durante a gestação, cobre todo o corpo do feto e, após o nascimento, a
maioria dos bebês não o apresenta mais, apesar de alguns o manterem nas
primeiras semanas de vida. O especialista que identificará isso será o
obstetra.
Deve ser feita a exclusão diagnóstica com o crescimento dos pelos induzido por androgênio (hormônio esteroide).
Quais são os sintomas?
Os pacientes com esta anomalia, devido à sua aparência, podem desenvolver problemas psicológicos e sociais. Também podem ter outras doenças como qualquer pessoa, bem como sua expectativa de vida.
Complicações
Devido à quantidade de pelos não serem substituídos e só aumentar, a
Hipertricose associa-se a outras doenças congênitas, como problemas
dentários.
Os indivíduos com a Hipertricose podem ter depressão,
devido a sociedade ainda estranhar a aparência destas pessoas. Assim,
estes indivíduos se isolam, sentindo-se discriminados e até maltratados
(violência física ou psicológica).
Quais os tipos?
Existem dois tipos desta doença:
Hipertricose Lanuginosa Congênita - Quando o cabelo é relativamente fino e felpudo. Pode chegar a 25cm de comprimento.
Síndrome de Abras - Outra variação do tipo congênita, quando o cabelo é mais grosso, colorido e cresce durante toda a vida.
Hipertricose adquirida - Provocada por anorexia nervosa ou problemas metabólicos, como por exemplo a porfiria cutânea, que comumente surge apenas no rosto e no indivíduo adulto.
Quais são as causas?
Por ser uma mutação genética, os indivíduos adquirem a hipertricose
devido à herança genética, característica que a faz ser comum em algumas
famílias, podendo haver mais de um doente. Ainda especula-se que há 50%
de chances do indivíduo ter outra pessoa com a hipertricose na família.
Contudo, esta anomalia nem sempre ocorre por genética, mas
espontaneamente, que é ainda mais raro.
A doença não está relacionada a problemas sérios de saúde e a
localização genética da mutação, assim como ela ocorre são
desconhecidas.
A Hipertricose tem cura? Qual é o tratamento?
Não. O tratamento ainda é pouco eficaz por ser uma doença pouco
conhecida, basicamente é feito para retirar o pelo excessivo e é
limitado. São eles:
Cera: Remove os pelos da raiz, o que permite que o crescimento dos pelos seja mais lento. Porém, é mais doloroso e não pode ser feito no rosto.
Depilação a laser comum: Deixa os pelos mais finos e eliminam quase que definitivamente os pelos.
Laser Q-switched Nd:YAG: O mesmo usado em remoção de tatuagens, e responderam relativamente bem ao processo. Neste, os pacientes tiveram uma redução de 40% a 80% da quantidade de pelos.
Uso de barbeadores: O menos eficaz e não satisfatório, pois os pelos voltam mais rapidamente a crescerem. O tipo de tratamento será muito variável, pois vai depender do tipo de pelo do indivíduo, da quantidade de crescimento, idade do paciente e preferência do mesmo pelo método.
Como prevenir? É transmissível?
Não há prevenção nem é transmissível, é uma anomalia de herança genética. Suas causas ainda são desconhecidas.
Grupo de risco
Indivíduos que tenham familiares com a hipertricose; herança genética. A maioria das pessoas com a hipertricose tornaram-se “famosas” ao
longo da história. Por causa da sua aparência, muitas foram trabalhar em
circos e na televisão. Um dos casos mais famosos é o de Pedro
Gonçalvez, sua família o colocava para visitação no castelo de Ambras.
As pessoas com hipertricose são vítimas da sociedade, que as impedem de
ter uma vida normal. Compartilhe e divulgue estas informações para que
mais pessoas conheçam a doença! Fontes: derm.com.br / brasilescola.uol.com.br / abc.med.br / consultaremedios.com.br
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