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Pesquisadores Desenvolvem Cola Para Cicatrizes a Partir De Mexilhões

"Elas podem surgir de diversas maneiras e entre as causas mais comuns estão cortes desagradáveis ou procedimentos cirúrgicos"
 
As cicatrizes são formadas quando “as pontes” de colágeno – uma proteína que dá estrutura, elasticidade e firmeza à nossa pele – se rompem. Em vez de voltar ao formato original de ponte, as fibras de colágeno começam a crescer em volta da ferida em feixes paralelos, resultando nas cicatrizes. Com o objetivo de minimizar o desconforto estético que as cicatrizes podem muitas vezes nos causar, pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pohang – Coreia do Sul, desenvolveram uma “cola” capaz de reduzir consideravelmente a aparência delas.

A nova cola para cicatrizes foi desenvolvida com o objetivo de imitar a função da decorina, uma proteína da pele que está envolvida na organização do colágeno, e que é difícil de se produzir em laboratório. Para conseguir bons resultados, os pesquisadores combinaram a proteína decorina, colágeno e uma substância grudenta produzida por mexilhões. “Substância grudenta dos mexilhões? Eca!” Isso mesmo! Mexilhão é um termo utilizado para identificar diversas espécies de moluscos bivalves, ou seja, moluscos com duas conchas. Dependendo da região do país, podem receber diferentes nomes, como marisco, sururu, bacu-cu, etc.  Parece surreal, mas funcionou...

Os primeiros tratamentos foram realizados em ratos com feridas profundas de 6 milímetros de largura na pele. No grupo que não recebeu o tratamento – grupo controle – a ferida foi recoberta com uma película transparente de plástico. Já o grupo que recebeu o tratamento, recebeu a cola espalhada na ferida, que também foi recoberta pela película de plástico. Após o 11º dia de observação, uma melhora considerável já foi observada no grupo que recebeu o tratamento. Ao final de 28 dias, os ratos tratados tinham recuperado totalmente a pele e não possuíam cicatrizes visíveis. Já o grupo controle, apresentava cicatrizes espessas e escuras.
Ao final de 8 dias, podemos observar resultados consideráveis no grupo que recebeu o tratamento com a cola (linha inferior) em comparação com o grupo controle (linha superior). 

Os pesquisadores também fizeram análises microscópicas por onde conseguiram diagnosticar que nos ratos tratados, as fibras de colágeno haviam se desenvolvido de forma organizada e tinha desenvolvido folículos pilosos, vasos sanguíneos e outras estruturas que normalmente não são regeneradas em cicatrizes. Isso vai além do processo cicatrizante natural...

Ainda que a pele dos ratos seja consideravelmente diferente da pele de humanos – a pele dos ratos é frouxa em comparação à nossa – a cola é uma boa promessa nos testes que serão realizados. Antes de ser testada em humanos, ela deverá ser testada em porcos, que possuem uma pele mais semelhante à nossa. A cola à base de mexilhões poderá, futuramente, ser uma alternativa eficiente no tratamento de cicatrizes, que hoje possui muitas opções – silicone, gel, laser, entre outros – que além de possuírem um custo alto, não possuem eficácia garantida. Fontes: sciencedirect.com / uff.br / biologiatotal.com.br

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