"A prática diminui em 9,3% o risco de desenvolver uma doença cardiovascular"
Para algumas mulheres que não têm tempo,
trabalham fora, cuidam da casa e dos filhos, separar um momento para
fazer exercícios é sempre complicado. Para resolver este problema uma
dica é a caminhada, um exercício sem contraindicação, que pode ser
praticada em qualquer lugar e por qualquer pessoa. Além de democrática, a
caminhada é considerada a melhor atividade para o coração, por ser
amena e estimular o batimento cardíaco.
Segundo a Associação Americana do
Coração, a prática diminui em 9,3% o risco de desenvolver uma doença
cardíaca, reduz em 4,3% a probabilidade de apresentar colesterol alto e
em 7,2% o risco de sofrer de hipertensão.
Durante uma caminhada, os vasos
sanguíneos ficam mais relaxados e dilatados, facilitando a circulação e
diminuindo a pressão arterial. Desta forma, o coração trabalha com menos
resistência, o que diminui o risco de problemas como infarto e AVC. A
atividade também ajuda a controlar os níveis de colesterol no corpo. Ela
não só diminui a produção de gorduras ruins (LDL) – que pode resultar
em problemas como a aterosclerose, um acúmulo de gordura nas artérias
que obstrui a passagem de sangue – como também age elevando os níveis de
HDL, o chamado colesterol bom, essencial para o funcionamento do
organismo.
Outro fator de risco para doenças
cardíacas, que também pode ser regulado através da caminhada, é o
diabetes. Isso ocorre porque a produção de insulina, substância que
absorve a glicose nas células, aumenta durante a pratica deste
exercício, uma vez que a atividade do pâncreas e do fígado é estimulada.
Apesar da caminhada ser uma atividade
mais amena, um estudo da Associação Americana do Coração, publicado no
periódico “Asteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology”, mostrou
que caminhar tem os mesmos efeitos que correr na redução dos riscos de
doenças cardíacas. Segundo os especialistas, caminhar e correr
desenvolvem o mesmo grupo de músculos. Além
de proteger o coração, ela também beneficia pulmão e ossos. As trocas
gasosas que ocorrem durante a respiração passam a ser mais poderosas
quando se caminha com frequência, facilitando a limpeza do pulmão,
dilatando os brônquios e prevenindo algumas inflamações das vias aéreas.
A movimentação dos ossos durante uma
caminhada faz com que haja maior quantidade de estímulos elétricos,
chamados piezelétrico, que facilitam a absorção de cálcio, deixando os
ossos mais resistentes e menos propensos a desenvolverem osteoporose.
Além disso, pessoas que caminham também controlam melhor o peso.
Segundo uma pesquisa da Universidade de Yale, nos Estados Unidos,
a atividade aumenta o gasto energético, queimando gorduras localizadas. E
mesmo após a atividade, a pessoa continua a emagrecer, devido à
aceleração do metabolismo.
Setembro Vermelho
As doenças cardiovasculares matam 17,5
milhões de pessoas ao ano no mundo todo – esse número representa 31% de
todas as mortes no planeta. De cada três mortes, uma é causada por
doença cardiovascular. Elas são a principal causa de morte em pessoas de
40 aos 65 anos e responsáveis por 20% de todos os óbitos em adultos
acima dos 30 anos. O Brasil está entre os 10 países com mais mortes por
doenças cardiovasculares. Em nosso país elas também são a primeira causa
de mortes e o número de óbitos chega a 350 mil em um ano. A principal
doença é o derrame, seguido pelo infarto e pressão alta.
Para fazer frente à essa epidemia
silenciosa, o Instituto Lado a Lado pela Vida realiza o terceiro ano da
campanha Setembro Vermelho – Siga o seu Coração. Em dois anos de
realização consecutiva, o movimento ampliou seu alcance e intensificou
suas ações, realizando uma extensa programação por todo Brasil. A
mobilização acontece durante o ano inteiro, e se intensifica durante o
Setembro Vermelho, com ações dedicadas à adoção de estilo de vida mais
saudável.
“Queremos mostrar para a população,
através de ações e conteúdos, que a prevenção é um estilo de vida que se
deve adotar desde criança e que muitas das doenças do coração são
genéticas, mas outras são adquiridas. Por isso, comer bem, praticar
exercícios, diminuir o estresse e consultar o médico periodicamente,
entre outros hábitos simples, podem salvar o nosso coração”, explica a
presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira. Fonte: ladoaladopelavida.org.br / mulhercomsaude.com.br
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