"As brasileiras ainda acreditam em muitas lendas sobre o câncer de mama que comprometem o diagnóstico precoce e dificultam o tratamento"
1. Algumas mulheres da minha família tiveram câncer de mama. Por isso, corro mais riscos.
Verdade – Ter mãe, irmã ou filha com câncer de mama aumenta o
risco em 80%. Há um teste que mostra se há mutações genéticas. Porém, o
serviço só é feito na rede particular de saúde e custa em torno de R$
600. Se for detectada a mutação, as cirurgias preventivas conseguem
reduzir bastante esse risco.
2. Não tenho histórico familiar. Nunca terei tumores nos seios.
Mito – Nenhuma mulher está imune ao câncer de mama. O risco
básico de qualquer uma de nós desenvolver esse tipo de tumor é de 12%,
mesmo sem casos na família. Uma em cada oito brasileiras de até 70 anos
vai ter a doença.
3. Fazer mamografia todos os anos é necessário para detectar tumores.
Verdade – A mamografia é a principal forma de diagnóstico
precoce da doença. Quem tem histórico familiar deve fazer o exame a
partir dos 25 anos. As demais, após os 40. O diagnóstico precoce é
fundamental para aumentar as chances de cura.
4. Emoções negativas como estresse, mágoas e raiva podem causar câncer.
Mito – “Nenhum tipo de câncer surge a partir de sentimentos
negativos. Por mais profunda que seja sua mágoa, tristeza ou depressão,
essas emoções não têm a capacidade de se transformar em tumores. Isso é
uma grande mentira”, esclarece Sérgio Simon.
5. Faço o autoexame, apalpando meus seios em busca de caroços. Não preciso de outros exames.
Mito – O autoexame das mamas é uma prática positiva, que deve
ser estimulada. Contudo, ele não é capaz de detectar vários tipos de
tumores, especialmente aqueles em fase inicial, com maiores chances de
cura. De acordo com a recomendação do Instituto Nacional do Câncer
(Inca), para obter um diagnóstico precoce é preciso consultar um médico,
realizar exame clínico de mama e fazer a mamografia.
6. Mulheres obesas ficam mais suscetíveis à doença.
Verdade – O excesso de peso é prejudicial porque o tecido gorduroso aumenta os níveis de estrogênio.
7. A terapia de reposição hormonal pode ser um fator de risco.
Verdade – A terapia costuma ser usada em mulheres na
pós-menopausa para melhorar os sintomas do climatério e reduzir a
osteoporose. “Porém, o uso de estrogênio e progesterona compromete as
alterações que as glândulas mamárias sofrem com o avançar da idade. Isso
aumenta o risco de câncer de mama quando o uso é por tempo prolongado”,
diz o oncologista Sérgio Simon.
8. Quem menstrua muito cedo ou é mãe depois dos 30 anos tem maior probabilidade de desenvolver a doença.
Verdade – O risco aumenta porque essas mulheres menstruam mais
vezes ao longo da vida, ficando excessivamente expostas aos hormônios
estrogênio e progesterona. “O estrogênio estimula as células da glândula
mamária a se reproduzir. Portanto, quanto mais menstruações, maior é o
risco”, explica Simon.
9. Anticoncepcionais que interrompem a menstruação são eficazes na prevenção do câncer de mama.
Mais ou menos – “Esse tipo de anticoncepcional tem sido
altamente positivo no combate ao câncer de colo de útero. Contudo, em
casos de câncer de mama, ainda não foi feito um estudo definitivo sobre a
eficácia”, esclarece o oncologista Sérgio Simon.
10. Praticar uma atividade física ajuda na prevenção.
Verdade – Cerca de 30 minutos diários de caminhada são
suficientes. E a atividade traz benefícios extras: mantém os ossos
fortes e a cabeça tranquila.
11. Próteses de silicone podem causar câncer.
Mito – Não há relação entre câncer de mama e próteses de
silicone. O único problema é que o implante pode dificultar o
diagnóstico de tumores. Fonte: mdemulher.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário