"Muitos de nós pensamos que o câncer de mama é uma doença
que afeta somente as pessoas mais velhas e que, por isso, devemos nos
preocupar com ele só quando estivermos mais adultas”
Pesquisamos para vocês os 6 pontos sobre o câncer de mama que você desconhece. Aqui vão eles:
1. Sobre a porcentagem de diagnósticos de câncer de mama em mulheres jovens
Um fator importante que precisamos entender é o seguinte: cada caso
varia de pessoa a pessoa, dos genes que ela carrega, da situação e
circunstâncias às quais está inserida, de seu país e cultura, e por aí
vai.
Sendo assim, o conselho que podemos te dar é o seguinte: Não se concentre nos números, e sim nas possibilidades. Acontece que a maioria dos casos de câncer de mama
são decorrentes de fatores genéticos. Ou seja: procure saber se as
mulheres de sua família possuem um histórico de câncer, seja o de mama
ou de qualquer outro tipo, e comece a tomar as devidas precauções a
partir daí.
Mesmo assim, se houver casos de câncer na família, as mulheres com
menos de 40 anos de idade não precisam pirar o cabeção. Basta praticar o
autoexame das mamas de vez em quando e, se preciso, realizar um
ultrassom como exame de check-up anual, por exemplo. Nesse ponto, assim que você tiver a primeira menstruação, é muito
importante que você tenha uma mastologista que possa te orientar da
forma correta!
Esse assunto, aqui, exige menos urgência porque, mesmo com casos de câncer na família, é muito difícil uma jovem desenvolver o câncer de mama tão cedo. Só que não é por causa disso que não devemos dar a devida importância aos cuidados com nossas mamas.
2. Sobre cometer alguns erros que poderiam aumentar as chances da ocorrência do câncer de mama
Quanto mais enferrujamos a máquina,
mais os genes entram nessa também. Enferrujar, nesse caso, significa ter
hábitos não saudáveis que, após certo tempo, podem favorecer o
surgimento do câncer de mama. Logo, você consegue perceber o quanto esse pensamento precisa ser a longo prazo? Não é porque o câncer de mama
tem a maior possibilidade de aparecer conforme o avançar da idade que
nós passaremos a cuidar de nossos corpos SÓ QUANDO os 40 anos começarem a
bater na porta. Tudo o que fazemos traz consequências no
“amanhã”, sejam essas boas ou ruins.
Então sabe como você pode tentar se prevenir?
Controlando a alimentação para que ela seja sempre saudável, evitando
fumar e beber demais e fazendo exercícios físicos. Pense pelo lado
extremamente positivo: com todos esses hábitos você não estará evitando
APENAS o câncer de mama!
3. A importância do diálogo entre as mulheres
O diálogo
é fundamental para qualquer coisa, em todas as estruturas familiares.
Além disso, precisamos falar sobre a necessidade da disseminação de
informação de forma clara, objetiva e que atinja a TODAS as mulheres
jovens do país.
Seja para as pessoas mais ou menos instruídas, a informação é
importantíssima. E, acredite se quiser, não são somente os jornalistas
que podem desempenhar esse papel de divulgação. Se você tem uma amiga ou
parente que possui dúvidas sobre o assunto ou se você percebe que ela
não tem a liberdade de discutir sua sexualidade dentro de casa,
compartilhe todas as informações possíveis que você receber com ela. A gente precisa se unir e se ajudar para que juntas consigamos combater a essa doença tão complicada que é o câncer de mama!
4. O medo não pode ser uma barreira

Bem, a lógica disso tudo é não deixar o medo tomar conta de suas decisões. E isso serve para ambos os lados. Para pessoas hipocondríacas como eu, não faz sentido gastar os tubos
de dinheiro com exames que me dirão uma porcentagem sobre algo que eu
sequer preciso me preocupar no momento. E para pessoas que têm medo de
saber o que o futuro lhes guarda, basta se cuidar com consciência e
parcimônia.
Se você tem menos de 40 anos, pra que se expor a exames como
mamografias e coisas do tipo? Basta se apalpar de vez em quando, tentar
identificar qualquer tipo de anormalidade nas mamas e nunca deixar de
fazer um acompanhamento regular com uma médica. Para quem tem mais de 40
anos, assim como para quem está em um grupo de risco (por genética, por
exemplo), basta fazer os exames de rotina (como a mamografia, por
exemplo) e manter o acompanhamento com a mastologista. O importante é
entender que, para ambos os casos, dá pra descobrir a doença cedo e
tratar dela direitinho, sem maiores sofrimentos.
5. Sobre câncer de mama e autoestima
O câncer de mama carrega um estigma estético muito
grande. Conhecemos casos de mulheres que precisaram retirar os seios,
perderam os cabelos, emagreceram etc. Porém, cada caso é um
caso. O que importa é que, atualmente, é possível fazer cirurgias mais
conservadoras, que não precisam retirar toda a mama. É claro que sempre
existirão casos em que é preciso uma cirurgia radical, mas é MUITO mais
raro. E um outro ponto positivíssimo para nós é o seguinte: aqui no
Brasil, a cirurgia de reconstrução é muito mais acessível (e pode
envolver silicone, reconstrução de mamilos, tatuagens que tampam as
marcas da cirurgia etc.).
Dos tratamentos, a radioterapia é o que as mulheres menos conseguem
fugir. Já a quimioterapia nem tanto. Hoje existem testes genéticos que
conseguem descobrir se a pessoa REALMENTE precisa da quimio, coisa que
antigamente sequer era possível. Além disso, hoje em dia o tratamento é
muito mais amigável. Contudo, isso não quer dizer que a mulher não terá
certos pesos como reposição hormonal, medicamentos etc. Sendo assim,
ainda que mais tranquilo, o processo de cura de uma doença como o câncer de mama
pode ser delicado até mesmo para o casal. Por isso é tão importante
cultivar a noção de companheirismo e empatia.
Um fator importante a se considerar é que o câncer de mama costuma surgir nas fases de menopausa da mulher, atacando a sua autoestima. E é por isso que o empoderamento feminino é TÃO importante e precisa
ser cultivado desde cedo. Adoecer, em qualquer circunstância, pode
debilitar a autoestima de qualquer pessoa, logo, é importante cultivar a
sensibilidade com o outro nesse aspecto. É pensar em como a indústria
pode fazer com que essas vítimas se sintam melhores consigo mesmas, mais
bonitas. É refletir sobre como NÓS podemos ajudar a próxima e, é claro,
como podemos NOS ajudarmos.
6. Sobre a maternidade pós câncer de mama
Dúvidas que muitas de nós carregamos: nos casos de mulheres que conseguiram manter os seios após o câncer de mama,
é possível amamentar normalmente, sem dores e desconfortos? E no caso
dos remédios usados durante o tratamento? Eles afetariam a saúde do
bebê? Infelizmente, durante a radiação não pode amamentar. Mas, fora isso,
depende de como ficar a mama. Se tirou o mamilo, por exemplo, não dá pra
reconstruir, mas existem várias outras possibilidades de alimentar o
recém-nascido da forma correta.
Agora, se o seio estiver intacto, é só perguntar à médica o tempo
necessário de espera de depois da radiação para amamentar. Após o tratamento, pode
engravidar SEM problemas.
Enfim…
A questão principal de todo esse texto é a seguinte: tudo depende da
pessoa, do corpo, das atitudes com relação à vida, de como ela relaciona
etc. Toda conversa que gira em torno do câncer de mama
é MUITO mais complexa do que pensamos. Por isso que é MUITO importante
fazer os exames, se cuidar, conversar com a médica e entender que cada
mulher é única.
Cada caso é um. Cada vontade é uma, histórias de vida etc. Somos
várias, e é por isso que devemos nos cuidar direitinho e ajudar a
próxima a se cuidar também! Fonte: superela.com
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