"É muito ruim nos sentirmos
infelizes, incompletos, vivendo como se faltasse algo, como se não
tivéssemos conseguido alcançar nada do que sabemos ser capazes"
Queremos um emprego melhor, mas não enviamos currículos.
Desejamos um relacionamento mais saudável, mas aceitamos as migalhas
diárias do parceiro. Lamentamos a viagem não feita, mas não ousamos sair
do lugar. Queremos o novo, mas temos medo de nos desgarrarmos do que é
velho e cheira a mofo.
Essa
sensação de descompasso entre o que queremos e o que realmente temos
acaba nos impedindo de poder ser feliz aqui e agora. Jamais estaremos
completos e teremos tudo o que queríamos, mas isso não pode ser tido
como obstáculo para mantermos os sonhos acesos.
Muitos de nós
parecemos viver um eterno descontentamento em relação a nossas próprias
vidas e a tudo o que faz parte dela, bem como em relação ao que está ao
nosso redor. É como se estivéssemos enjoados da rotina, das pessoas, do
trabalho, da mesma cor de cabelo, das mesmas comidas, enfim, entediados,
sem nada que nos encante. Acordamos no mesmo horário, prontos para a
velha rotina de sempre. E isso cansa.
A rotina é importante, pois nos força a manter certa disciplina em
nossas vidas, motivando-nos a não ficar parados, preenchendo espaços de
nossos dias, de forma a não nos tornarmos ociosos. No entanto, há que se
balancear essa rotina com alguns momentos inusitados, diferentes,
surpreendentes, ou nos robotizamos além da conta, perdendo, a pouco e
pouco, nossa essência humana e afetiva.
Fato é que perdemos tempo
tentando mudar as pessoas, o mundo, em vão, e então percebemos que a
mudança que tanto queremos está dentro de nós. Assim, quando mudamos a
nós mesmos, tudo se torna melhor, pois o que tanto nos incomoda pode ser
algo em nós mesmos. Sermos a mudança que queremos lá fora pode bem ser o
começo de tudo.
Da mesma forma, quantos de nós ansiamos por que
as coisas mudem, mas não tomamos a atitude necessária para que isso
aconteça? Queremos um emprego melhor, mas não enviamos currículos.
Desejamos um relacionamento mais saudável, mas aceitamos as migalhas
diárias do parceiro. Lamentamos a viagem não feita, mas não ousamos sair
do lugar. Queremos o novo, mas temos medo de nos desgarrarmos do que é
velho e cheira a mofo.
Nada vem fácil, nada. Tudo o que quisermos
alcançar requer disposição, luta e coragem. Caso não estejamos dispostos
a ultrapassar a linha de nossa zona de conforto, tudo permanecerá na
mesma. E, então, só teremos mesmo que nos lamentar sem sair do lugar. Fonte: asomadetodosafetos.com
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