"Uma pesquisa publicada na famosa Revista Nature revelou
uma nova espécie que pode ser o elo entre macacos e humanos atuais"
Ainda que não seja possível afirmar uma evolução a partir desta “nova”
espécie, descobertas como estas preenchem lacunas vazias na história da
evolução e nos ajudam a entender como nossos antepassados viveram.
Um estudo realizado com base em
análises de um fóssil encontrado no Quênia, em 2014, pode nos dizer
muitas coisas sobre nossos antepassados! Chamado de Nyanzapithecus alesi – “alesi”
significa “antepassado” na língua local de Turkana, bacia em que o
fóssil do crânio foi descoberto –, o crânio pertenceu a um macaco bebê
que viveu há cerca de 13 milhões de anos. De acordo com uma nova
pesquisa publicada na renomada revista Nature ontem, 09/08, o crânio, em vários aspectos, pode ligar a nova espécie aos macacos e humanos atuais.
Nyanzapithecus alesi
provavelmente fazia parte de um grupo de primatas que viveu na África
por mais de 10 milhões de anos. Possuía um corpo pequeno, uma massa
corporal média e uma caixa craniana relativamente grande. Analisando as
datas evolutivas que temos atualmente, este grupo poderia estar perto da
origem dos macacos e humanos atuais, e apontar que nossos antepassados
tiveram origem na África e não na Eurásia, como outros estudos já
sugeriram.
Pelo fóssil bem preservado, os cientistas
estimaram que o macaco dono do crânio morreu com 16 meses de idade. O
crânio tem um pequeno focinho, que o torna parecido com um gibão bebê,
um primata atual. Apesar das semelhanças dos crânios, o Nyanzapithecus alesi não
deveria ter os mesmos hábitos e aparência do gibão. Raios-x realizados
no crânio descoberto, revelaram que a espécie possuía um pequeno órgão
de equilíbrio, o que faria com que sua locomoção fosse cautelosa – ao
contrário dos gibões que se locomovem balançando em árvores – e mais
próxima dos chimpanzés e gorilas atuais.
(Fóssil do crânio encontrado no Quênia)
Ainda não é possível afirmar que os
macacos e seres humanos atuais evoluíram desta espécie recém-descoberta,
afinal, muitas outras espécies seriam necessárias para criar uma
linhagem definida até hoje. De qualquer forma, descobertas como estas
preenchem algumas lacunas vazias na história da evolução e nos ajudam a
entender como nossos antepassados viviam. Fonte:nature.com / biologiatotal.com.br
Quer saber mais? Veja no vídeo abaixo uma
animação do crânio em 3D, que nos mostra os ouvidos internos (verde) e
os dentes permanentes (cinza) do Nyanzapithecus alesi:
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