"A osteofitose é caracterizada pelo surgimento de osteofitos,
popularmente conhecidos como bicos de papagaio, que consistem em
pequenas expansões ósseas em forma de gancho que aparecem ao redor do
disco da coluna vertebral, geralmente, em casos de problemas reumáticos,
como é o caso da osteoartrose lombar e cervical"
Como surge o bico de papagaio
Radiograficamente, o aspecto do osteofito remete ao bico de um
papagaio, vindo daí o nome popular. Alguns especialistas acreditam que o
bico de papagaio possa surgir devido à desidratação do disco
intervertebral, por espondilose, por pré-disposição genética, sobrecarga
articular (como no caso de obesidade), devido a algum problema
articular prévio (como inflamação, fratura, ruptura de ligamentos, entre
outros) ou em consequência de impactos sofridos desde a infância.
Todavia, é importante salientar que a principal causa do aparecimento
desta anomalia óssea é a permanência em posturas incorretas ao longo da
vida, resultando em lesões nas articulações vertebrais. Destas últimas,
originam-se os osteofitos, que por sua vez, causam a desidratação do
disco intervertebral, fazendo com que as vértebras fiquem mais próximas
uma da outra, com consequente compressão da raiz nervosa. Portanto, a
dor presente na osteofitose decorre dessa compressão.
Ao passo que o indivíduo envelhece, as dores causadas pelo bico de
papagaio começam a surgir. Contudo, alguns sinais já percebidos
anteriormente, podem indicar a presença dessa expansão óssea. Pessoas
que durante a vida não adotaram boa postura corporal, não praticaram
atividades físicas e vivenciaram períodos intensos de estresse,
apresentam maiores chances de desenvolver osteofitos.
Os principais fatores de risco para o bico de papagaio:
Obesidade
O excesso de peso sobre o corpo ou do próprio corpo oferece um maior
desgaste (além do desgaste natural provocado pelo envelhecimento) às
estruturas da coluna vertebral. No primeiro caso, os danos ficam por
conta do uso de determinados acessórios (bolsas, mochilas, malas, etc) e
carregamento de objetos com carga excessiva e, no segundo caso, os
riscos correspondem ao sobrepeso corporal: pessoas que estão acima do
peso ou já são consideradas obesas.
É muito importante observar o peso que carrega dentro de acessórios,
por exemplo. Procure levar somente o essencial. Praticar atividades
físicas para fugir do sedentarismo e manter o peso do corpo equilibrado é
também fundamental para evitar os prejuízos à coluna. Sem contar que
exercícios físicos específicos ajudam ainda no fortalecimento da
musculatura de sustentação da coluna, que se torna mais resistente aos
impactos externos.
O bico de papagaio não é uma doença que atinge somente os idosos. O
público mais jovem também pode ser acometido, mas é comum que com o
envelhecimento o problema se torne mais frequente. Isso ocorre porque,
ao longo dos anos, as articulações da coluna tendem a sofrer um desgaste
natural e, com isso, o espaço entre as vértebras vão sofrendo
progressiva redução, causando maior atrito entre essas estruturas. Os
discos intervertebrais também sofrem crescente desidratação e, aos
poucos, vão perdendo a total capacidade de “amortecimento” contra os
impactos que a coluna sofre. As vértebras entram cada vez mais em atrito
e os riscos do surgimento do bico de papagaio se tornam maiores.
Sedentarismo
O sedentarismo pode trazer impacto direto na saúde dos músculos e dos
ossos, tornando estas estruturas fragilizadas, uma vez que o não uso
compromete a funcionalidade. Além disso, órgãos como o coração e o
cérebro também são prejudicados pelo sedentarismo.
Se você não costuma se exercitar com regularidade, saiba que seu
corpo está suscetível ao surgimento de diferentes tipos de doenças,
especialmente as associadas ao sistema cardiovascular. Abaixo, estão
listados os problemas mais frequentes que podem surgir em decorrência do
sedentarismo:
– Diabetes;
– Infarto e derrames;
– Depressão e distúrbios psicológicos;
– Pressão e colesterol alto;
– Doenças articulares;
– Asma.
Um estilo de vida sedentário também é responsável comumente pela
sobrecarga articular. Quando o indivíduo não adota uma prática regular
de atividade física é natural que o comportamento leve a um aumento de
peso que tende a sobrecarregar as articulações da coluna. Além disso,
toda a musculatura também se torna enfraquecida sem a realização de
importantes exercícios de fortalecimento à região. A falta de
alongamento dos músculos propicia o aumento da compressão na coluna
vertebral, pois as vértebras sob tensão se aproximam bastante até se
comprimirem, contribuindo para a formação do bico de papagaio. Os
músculos abdominais, por exemplo, uma vez fracos, a coluna só padece.
Isso acontece porque eles exercem um papel muito importante na
estabilidade vertebral e, por isso, quando estão flácidos, a barriga
tende a ser projetada para a frente, o que provoca tensão sobre a região
lombar.
A ausência de uma postura adequada na realização das atividades do
próprio dia a dia pode contribuir significativamente para a origem do
bico de papagaio. Isso acontece porque, dependendo da postura adotada
durante algum movimento, a coluna vertebral pode ser exposta a impactos
ou traumas que tendem a favorecer o desenvolvimento da doença.
– No uso do computador
Se você passa muitas horas em frente ao computador (seja no trabalho
ou em casa) com uma postura inadequada, o surgimento de dores na coluna é
questão de tempo. A dica é reduzir o tempo de uso da ferramenta e,
sempre que precisar fazê-lo, observar atentamente a postura. Se você
trabalha com o computador, atente para a ergonomia, ajustando
corretamente a tela do computador, a altura da cadeira e da mesa e
outras características necessárias à manutenção de uma boa postura.
No caso do uso de computador portátil é preciso ainda mais cuidado: é
aconselhável utilizar o notebook em um suporte específico (sempre com a
tela na altura dos olhos) e não sobre as pernas, por exemplo. O mesmo
cuidado vale para smartphones, nunca se deve inclinar o pescoço para
alcançar a tela, isso prejudica a coluna cervical. Também é importante
fazer pausas durante o uso do computador para alongar a coluna, evitando
os riscos de incômodos na região.
Quem nunca acordou com aquela dor nas costas ou no pescoço? O que
muitas pessoas não sabem é que a posição na hora de dormir é o que faz
toda a diferença. Para dormir, a melhor posição é a deitada
completamente de lado, pois é possível manter a coluna mais alinhada.
Nesta posição, o travesseiro deve ter a altura do ombro para que a
cabeça não fique inclinada. Também é importante colocar um travesseiro
entre os joelhos, manter as pernas levemente flexionadas e o quadril
relaxado.
Dormir de barriga para cima não é muito aconselhável, mas se esta for
a sua posição preferida, opte pelo uso de um travesseiro mais baixo sob
a cabeça para não promover tensões à musculatura cervical e outro
travesseiro embaixo dos joelhos para relaxar os músculos da lombar e das
coxas. A posição de bruços é a mais prejudicial para dormir e mesmo que
você se sinta, aparentemente, confortável nela, procure evitá-la, pois
os prejuízos à coluna e a outras regiões do corpo são bem mais prováveis
de surgir.
Na realização de atividades domésticas, evite trabalhar com o tronco
totalmente inclinado se estiver em pé; no ato de passar roupa, a mesa
deve ter uma altura suficiente para que a pessoa não se incline, outra
dica é utilizar um apoio para os pés alternando-os sempre que houver
algum incômodo. Para calçar os sapatos não incline o corpo até o chão,
sente-se e traga o pé até o joelho. Ao se elevar um peso acima da altura
da cabeça, deve-se apoiar o peso no corpo e subir em uma escada ou
banquinho para depositá-lo adequadamente. Ao erguer um peso deve-se
abaixar flexionando os joelhos até em baixo sem curvar a coluna,
levantar-se transferindo a carga para os músculos das pernas que são
mais fortes do que os da coluna, caso seja possível coloque o objeto em
um carrinho e empurre.
Sentar corretamente também é muito importante para uma boa postura.
Procure manter os pés apoiados no chão; coxas tocando suavemente a maior
área possível do assento; evite cruzar as pernas e deixe-as
ligeiramente afastadas; a coluna deve ser mantida ereta, de forma a
preservar suas curvas naturais (encoste as costas completamente no sofá
ou na cadeira, evitando esparramar-se). Manter a coluna ereta é sempre
melhor do que deixá-la inclinada em qualquer situação. Adotar uma
postura correta para sentar evita dor nas costas e sérias lesões na
coluna vertebral. Quando se senta da maneira apropriada há uma
distribuição uniforme das pressões sobre os discos intervertebrais e os
ligamentos e os músculos trabalham em harmonia, evitando desgastes
desnecessários.
O tratamento conservador é, na maioria dos casos, satisfatório. Como a realização de sessões de fisioterapia. A adoção de novos hábitos, como boa postura, juntamente com a prática de atividade física pode auxiliar no alívio das dores características do bico de papagaio.
Após
o diagnóstico da doença e uma avaliação criteriosa, a técnica do
Pilates pode ser praticada pelo paciente, a fim de promover o
fortalecimento e alongamento dos músculos com foco, especialmente, na
região afetada e no reequilíbrio da musculatura. Para isso, o
profissional acompanhante montará um programa personalizado que atenda
às necessidades e limitações do aluno.
O osteofito pode permanecer, mas as dores são, consideravelmente,
aliviadas em virtude da estrutura corporal mais forte, flexível e
alinhada. Para quem não tem a doença, a técnica também se mostra
bastante efetiva no tocante à prevenção.
O Pilates trabalha com um treinamento muscular mais específico,
focando na estabilização da coluna e no fortalecimento geral da
musculatura do corpo. Em muitos casos, a postura incorreta se torna tão
habitual que o indivíduo já nem recorda mais como era ter uma boa
postura. É importante manter uma consciência corporal (o Pilates
proporciona isso) no uso do computador ou em quaisquer atividades do dia
a dia, uma vez que hábitos posturais corretos ajudam a reduzir os
riscos de dores, melhoram os movimentos, proporcionam bem estar geral
para o corpo e ainda contribuem para uma aparência mais bonita e
uniforme.
Atividade física na prevenção ou durante o tratamento de doenças na coluna
Os exercícios físicos podem funcionar como importantes aliados tanto
no caso de pessoas que já sofrem com doenças na coluna vertebral, quanto
para aquelas que desejam prevenir o problema. Movimentos com foco no
fortalecimento de determinados grupos musculares e no alongamento de
outros, ajudam a melhorar a sustentação da coluna, o que, naturalmente,
diminui a sobrecarga de diversas estruturas, como ligamentos e discos.
Entretanto, não existe um programa específico de exercícios para
todos os pacientes acometidos por patologias na coluna, até porque não
existe uma atividade padrão que possa ser aplicada indistintamente em
todas as pessoas. Daí a importância de um diagnóstico preciso do
paciente para tratar o problema de forma adequada.
Hábitos que ajudam na prevenção de doenças na coluna– Adote uma alimentação saudável para evitar o sobrepeso do corpo.
– Evite o álcool e o cigarro.
– Pratique exercícios físicos, mas sob a orientação de um profissional qualificado.
– Tenha cuidado especial com sua postura no dia a dia.
– Mantenha-se bem hidratado para conservar a elasticidade e lubrificação do corpo. Fonte: institutopilates.com.br
– Evite o álcool e o cigarro.
– Pratique exercícios físicos, mas sob a orientação de um profissional qualificado.
– Tenha cuidado especial com sua postura no dia a dia.
– Mantenha-se bem hidratado para conservar a elasticidade e lubrificação do corpo. Fonte: institutopilates.com.br
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