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Como Lidar Com Saudades, Perdas e Luto?

"Especialistas fazem alerta contra a “obrigatoriedade” de ser feliz: “vivemos numa era na qual rejeitamos a qualquer custo o sofrimento”


Com o ambiente maciçamente festivo de dezembro, é quase obrigatório estar esbanjando alegria. No entanto, as festas de fim de ano também podem significar tristeza e luto: um ente querido que se foi há pouco tempo, um casamento desfeito, a perda de um grande amor. A data pode até coincidir com o aniversário de um evento especialmente triste. Ou provocar um sentimento negativo por remeter a uma época mais feliz, de família reunida – sem divórcios, brigas ou mortes. Os motivos variam, assim como o gatilho para a sensação de dor ou desconforto: montar a árvore de Natal, a decoração e as músicas natalinas, um prato de rabanadas... 

É quase como andar num campo minado. Quando há uma perda, que pode ser uma separação, ou uma morte, não há como negar que as primeiras datas são muito duras, porque a pessoa ainda está tateando em busca de ressignificações na nova configuração da sua vida. 

Entretanto, recomendamos que esse luto, que não precisa necessariamente estar ligado à morte física, e sim a qualquer tipo de perda, não pode ser negado: A gente acompanha a cicatrização de um ferimento no corpo e sabe que ela não se dá de um dia para o outro. O mesmo se aplica a uma ferida na alma. Décadas atrás, as pessoas se vestiam de preto e se recolhiam para demonstrar que estavam vivendo o processo de luto, mas parece que roubamos esse direito dos indivíduos na sociedade contemporânea.

Direito ao luto tem sido negado aos indivíduos na sociedade contemporânea. Neste caso propomos o que chama de um “acordo com o tempo”: Não devemos pensar tanto no tempo do calendário, o chamado cronos. Temos que aprender a viver também o kairós, que não é a dimensão do relógio, e sim o tempo subjetivo de cada um, do inconsciente. 
 
Dessa forma, os sentimentos encontram um ambiente mais fluido e palatável de apaziguamento, de acordo com o ritmo de cada um”. E ainda fazemos um alerta contra a “obrigatoriedade” de ser feliz, ainda mais nesta época do ano: “essa ditadura da felicidade é nociva. Vivemos numa era na qual rejeitamos a qualquer custo o sofrimento. Quem não se encaixa no padrão acaba apelando para a farmacologia para estar ‘adequado’. É preciso repensar isso o quanto antes”. Fonte: g1.globo.com

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