"O termo criptorquidia tem origem no grego “cripstos”, que significa
oculto; e “orqui”, que significa testículo, ou seja, a criptorquidia
significa a ausência do testículo no seu lugar habitual, a bolsa
escrotal"
Quando ocorre?
Os testículos se desenvolvem durante a vida fetal (intrauterina) na
região abdominal e, então, começam seu trajeto de descida para a bolsa
escrotal, terminando-o ao final da gestação. Esta migração descendente é
propiciada por diversos fatores e pode ser interrompida em qualquer
local durante este processo, originando a criptorquidia.
A criptorquidia representa uma das afecções mais comuns da infância,
principalmente em bebês prematuros. Pode ocorrer de um lado (unilateral)
ou dos dois lados (bilateral).
Porque os testículos migram?
Esta troca de ambiente que ocorre ao final da gestação tem uma razão
de ser: para produzir espermatozoides viáveis e maduros, os testículos
devem trocar o calor de dentro do abdome por um lugar um pouco mais
frio, o escroto. Uma diferença de 1,5 a 2,0 ºC entre esses dois locais
pode ser suficiente para inibir a produção de espermatozoides.
Complicações
A criptorquidia deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes, pois
podem surgir complicações ao manter os testículos em um local anômalo.
Entre elas deve-se destacar as grandes chances de malignização do
testículo e sua consequente transformação em uma neoplasia (câncer), o
que ocorre bem mais tardiamente. Podem ainda ocorrer torções
testiculares, hérnias e infertilidade.
Tratamento
Em três quartos dos casos, o testículo desce nos três primeiros meses
de vida, mas aqueles que não atingiram a bolsa escrotal até um ano de
vida dificilmente o farão naturalmente, sendo necessário tomar alguma
medida para que isso ocorra. O tratamento consiste em levar o testículo
para o seu local correto, o que deve ser feito prioritariamente entre os
6 e 18 meses de vida. Esta realocação geralmente é feita
cirurgicamente.
Se o diagnóstico for feito tardiamente, pode ser necessária a
retirada do testículo (orquiectomia). Porém, se tratado corretamente, a
criança evolui sem qualquer tipo de problema, desenvolvendo-se ao
tamanho normal dentro bolsa escrotal. Fonte: sbu-sp.org.br
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