"Somente nas sociedades mais atuais, como no século XX, que passou a
se conhecer melhor sobre algumas drogas e seus malefícios, não só
químicos, como psicológicos e foram pensadas políticas sociais para
combater a este problema social"
Certas drogadições ainda são vistas com
caráter preconceituoso e muito baseados num senso comum de degradação,
contudo, isso evidencia a falta de conhecimento sobre a real patologia
das adições.
Leis foram criadas na tentativa de barrar o abuso que
passa a ter um caráter desordenador da sociedade, porém será que isso
de fato ajudou aos que vivem uma relação tão conflituosa com as drogas?
Até que ponto as drogas licitas não são também drogas?
Para que se possa ter uma certeza se a relação do sujeito com o
objeto-droga é de fato patológica há que se fazer um diagnóstico levando
em conta aspectos como compulsão ao uso, presença de abstinência,
tolerância, o abandono de outros interesses em prol das drogas e a
persistência no uso, apesar das consequências nocivas.
A
drogadição deve ser vista como uma doença psicossocial, assim o discurso
deve ser pensado muito além do saber popular. Na psicanálise, se pensa
nesse ser como alguém que vive uma relação conflituosa com um objeto
droga certamente tem problemáticas psíquicas muito mais primitivas do
que se mostra na atualidade. Deve se pensar então naquele sujeito de
forma subjetiva, como alguém que é sim um usuário, mas que também tem
suas relações familiares, afetivas, trabalho, estudos, entre outros.
Freud
associou a drogadição com a satisfação de necessidades infantis
primárias ligadas a fase oral, assim nesta fase não puderam experenciar
uma satisfação adequada o que lhes gerou uma dificuldade em lidar com a
espera pela satisfação dos desejos e necessidades.
A droga surge então como uma satisfação bastante narcísica, já que o prazer é ligado ao sujeito e objeto-droga, sem a presença de um outro ser. O vicio então é uma tentativa de anestesiar os sofrimentos e frustrações, além de não ter que lidar com muitas angústias e sofrimentos que lhe geram mal-estar. Fonte: psicologiasdobrasil.com.br
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