"Lançar mão de soluções salinas é regra básica para controlar a condição alérgica. Mas não adianta fazer isso só durante as crises"
Para quem convive com espirros, coriza e sensação de nariz entupido, dar
um banho nas fossas nasais é tão importante quanto escovar os dentes.
Achou exagerado? Não é, não. Adotar soluções salinas para higienizar o
nariz faz toda a diferença no contra-ataque à rinite alérgica, inflamação da mucosa nasal desencadeada por elementos como ácaro e que chegar a abalar a produtividade no dia a dia.
É comum que a
congestão nasal e outros sintomas atrapalhem até o sono. Aí, sem dormir
direito, a pessoa não consegue se concentrar na escola ou no trabalho.
O antídoto contra essas chateações é simples, mas exige
compromisso na agenda: a lavagem diária. Uma revisão de trabalhos
científicos realizada por médicos do Hospital Municipal de Karlshure e da Universidade da Colônia,
na Alemanha, constatou que a limpeza da cavidade nasal minimiza as
manifestações da rinite, aumenta a qualidade de vida e permite diminuir
em cerca de 60% a necessidade de remédios mais fortes.
Ela melhora os mecanismo de defesa do nariz, hidrata a
mucosa e torna mais fluida a secreção produzida em excesso em resposta
aos agentes alérgenos”. Só
que, para colher todos esses benefícios, o recomendado é recorrer ao
procedimento pelo menos duas vezes ao dias – e todo santo dia. Isso
mesmo quando o nariz está numa boa.
Afinal, a lavagem é um método preventivo. Ainda assim, se a
crise se instalar, a tática pode ser aplicada à vontade, porque otimiza a
recuperação e não apresenta riscos à saúde.
A solução salina de que tanto falamos tem como ingrediente o
cloreto de sódio a 0,9%. É a base do soro fisiológico e de produtos
específicos para o nariz, sendo que alguns deles contam com a adição de
um conservante. Essa porcentagem na fórmula indica que a solução é
isotônica, ou seja, não há possibilidade de ela desidratar a mucosa
nasal.
Os produtos são facilmente encontrados em farmácias, mas
vale ter em mente que certos indivíduos podem ser sensíveis ao
conservante no líquido.
Também é preciso ficar atento para não confundir soluções
salinas com medicamentosas, que possuem corticoides, por exemplo. Esse
tipo de tratamento está mais moderno e hoje oferece pouco risco, mas só
deve ser usado com orientações médica. Já alguns
descongestionantes, à base de substâncias vasoconstritoras, até aliviam a
jato, só que podem viciar e não eliminam a rinite.
Agora, pensando em lavagem mesmo, não funcionaria juntar
água filtrada e sal por conta própria numa receita caseira? Essa é uma
questão que divide opiniões. Poder fazer em casa até pode. Porém, existe
o risco de errar a mão na quantidade ou contaminar os ingredientes, o
que irritará ainda mais as narinas. O problema é que as pessoas têm
dificuldade para entender medidas, e isso pode comprometer o efeito da
solução.
Outra opção que aparece na farmácia é o irrigador nasal,
apetrecho de plástico ou cerâmica cujo formato lembra uma lâmpada de
gênio. Essa ferramenta, por assim dizer, envolve um processo mais
complexo que a lavagem em si, uma vez que a solução salina chega até os
seios da face. Ela é mais recomendada para quem tem sinusite crônica.
Sem indicação médica, pode ser uma técnica agressiva. Fonte: exame.abril.com.br
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