"Há muitas mulheres que desejam
profundamente realizar o sonho de engravidar, sentir o filho crescendo
em seu ventre, viver a maternidade e todas os seus desafios e
maravilhas"
Porém, para algumas mulheres, a gestação é um sonho que fica
distante e intangível de acontecer de forma natural. Felizmente, a
medicina moderna nos presenteou com um procedimento médico que pode
permitir que a mulher conquiste seu sonho de virar mãe: a Fertilização in vitro ou FIV.
A palavra “in vitro” é utilizada,
pois denota que o procedimento foi feito em laboratório. Quer saber mais
como funciona a FIV? Então, acompanhe conosco neste artigo.
Para quais casos a FIV é indicada?
A FIV não é a solução para todos os
problemas de infertilidade. Existem causas brandas, que podem ser
tratadas de outras maneiras. Saiba quais são as principais causas da infertilidade feminina:
- Problemas anatômicos no útero, trompas, colo do útero;
- Endometriose
- Problemas hormonais e no ovário (ovários policísticos, por exemplo);
- Gonorreia
- Incompatibilidade entre os gametas masculinos e femininos.
Já os que levam à infertilidade masculina com maior frequência são:
- Varicocele (apontada como a principal causa de diminuição da fertilidade): doença que atinge os vasos testiculares, ocasionando a dilatação das veias do cordão que sustenta os testículos;
- Idade avançada;
- Redução da produção do hormônio masculino (ocorre em cerca de 15% dos homens de 50 a 60 anos, podendo chegar a 50% dos homens na faixa dos 80 anos);
- Testículos criptorquídicos: testículos que permanecem fora da bolsa testicular.
Os casais costumam precisar da FIV nos seguintes casos:
- O casal possui diagnóstico comprovado de infertilidade tanto por parte da mulher quanto do homem ou de ambos.
- A FIV com PGD é indicada para mulheres em tratamento com idade avançada e casais portadores de doenças genéticas;
- A FIV ICSI é indicada para infertilidade masculina severa.
ENTENDA O PASSO A PASSO DA FIV
O tratamento da FIV envolve as seguintes etapas:
1) A primeira consulta
Esse é o primeiro passo para o início
de um novo ciclo da vida do casal. Na primeira consulta, a família
conhece a clínica e o médico. O médico realiza uma série de perguntas
essenciais no ponto de vista clínico para o homem e a mulher.
É essencial que ambos se sintam confortáveis, acolhidos e tirem todas as dúvidas necessárias com o especialista.
2) Hora dos exames!
Depois da primeira consulta, o casal é
encaminhado à sala de ultrassom, onde a mulher realiza o ultrassom
endovaginal para o médico avaliar as condições do útero e dos ovários,
garantindo a ausência de quaisquer disfunções desses órgãos que possam
estar dificultando a gravidez. Observa-se também a existência de
folículos nos ovários, onde estão os óvulos para identificar a reserva
ovariana.
Após esse exame, o casal participa de
uma explanação feita pelos especialistas do Ibrra sobre o que é
necessário para engravidar, quais são os exames solicitados, os
tratamentos existentes, e as respectivas probabilidades de sucesso,
principais complicações, dentre outros.
Em seguida, o médico solicita os exames para o casal.
Exames solicitados para a FIV
- Sorológicos exigidos pela Anvisa;
- Espermograma, com análise morfológica detalhada;
- Exames de doenças sexualmente transmissíveis;
- Grupo sanguíneo;
- Hormônios e tireóide;
- AHM (hormônio anti mulleriano).
O paciente é tratado individualmente, então os pedidos de exames são específicos para cada caso. Exemplo: pacientes com histórico de aborto precisam realizar outros exames, como cariotipo, doenças tromboembólicas e imunológicas.
3) O retorno dos exames
Chegou aquele momento que gera
ansiedade: a espera. É necessário aguardar os resultados dos exames para
marcar o retorno ao médico. Para comodidade dos pacientes, o Ibrra
disponibiliza o telefone pessoal do Dr. Bruno Scheffer, Diretor Geral da
clínica, para que a família entre em contato sempre que necessário.
O retorno acontece normalmente em 15
dias (sem ônus), mas pode variar de acordo com o prazo necessário para o
resultado ser concluído. Por exemplo: o cariótipo leva 45 dias para ser
concluído, então o retorno é feito depois desse intervalo.
O médico precisa analisar a avaliação
seminal, a reserva ovariana, as taxas hormonais e todas as informações
disponíveis para encontrar a melhor conclusão.
4) A estimulação ovariana
HOC é estimulação ovariana
controlada, ou seja, aquilo que estimula o ovário para a concepção. Todo
mês, apesar de crescerem mil óvulos, somente um desponta e ovula; os
outros 999 morrem porque são inibidos por esse que cresce de maneira
mais rápida.
A estimulação ovariana pode ser
realizada por meio de medicamentos orais ou hormônios injetáveis (cujas
agulhas utilizadas são subcutâneas, por isso, não causam dor). Essas
substâncias atuam no ovário e estimulam o crescimento dos folículos onde
estão os óvulos.
5) A retirada do óvulo
A paciente é internada às
6h40 e passa para um quarto individual de total privacidade, onde pode
levar o acompanhante que quiser.
De lá, é levada ao bloco cirúrgico no
mesmo andar. Os profissionais que a aguardam no bloco cirúrgico são um
anestesista, uma enfermeira chefe, o médico responsável e um auxiliar. O
procedimento é realizado da seguinte maneira:
- A paciente deita em posição ginecológica e recebe um anestésico na veia do braço ou do punho, que não tira seus dados vitais (a paciente não sente dor, mas respira por si só e responde aos comandos);
- Liga-se o ultrassom e, com uma sonda endovaginal, introduz-se uma agulha pela vagina;
- Olhando pelo ultrassom, o instrumento vai até o ovário;
- A agulha é introduzida dentro do folículo, e ela aspira o líquido, que cai num tubo;
- O tubo é levado imediatamente para o laboratório, e fica numa estrutura aquecida a mais ou menos 36,8 graus;
- Todos os folículos são puncionados e, o líquido, aspirado. Junto com o líquido, caem os óvulos;
- Os tubos são levados para o laboratório, onde a bióloga os identifica por uma lupa;
- O procedimento leva em torno de 8 minutos;
- No Ibrra, a cama busca a paciente no bloco cirúrgico. No quarto, ela é avaliada por um médico, toma um café e recebe alta.
6) A coleta de esperma
O sêmen normalmente é coletado por
masturbação. Os pacientes são levados para uma sala própria e orientados
sobre como se masturbar e colher o material num pote. Logo em seguida:
- O coletor é levado para o laboratório, onde é preparado, centrifugado e lavado;
- Monta-se uma placa com gotas de espermatozoides;
- Uma agulha desce, quebra a cauda do espermatozoide e puxa ele pra dentro de outra agulha;
- Desce, então, o óvulo fixado em outra estrutura e se perfura o óvulo com essa agulha, injetando o espermatozoide lá dentro.
7) A fecundação finalmente ocorre
Entenda como a fecundação é realizada no laboratório:
- Os óvulos são obtidos da aspiração;
- Na hora que o líquido vira na lupa, a embrióloga pega o óvulo e verifica se está maduro ou não;
- Cria-se uma placa esférica (no centro, uma gota com vários espermatozoides e, em volta, gotas com óvulos);
- Desce uma agulha do tamanho de um fio de cabelo, quebra a cauda do espermatozoide, que vai na gotinha contendo o óvulo;
- Perfura-se o óvulo e insere-se o espermatozoide lá dentro, fecundando, assim, o óvulo.
- De 16 a 18 horas depois, observa-se se houve a fecundação. O óvulo fecundado é levado para uma incubadora, que é mantida a temperatura, pressão e gases específicos.
8) A transferência acontece
Na transferência, a paciente e o marido passam pelo bloco cirúrgico, onde:
- A paciente é colocada em posição ginecológica;
- Uma TV de alta definição é ligada ao microscópio invertido do laboratório e as embriólogas mostram os embriões para os pacientes, falam sobre o número de células, o grau de fragmentação, a simetria entre as células etc.;
- Nesse momento, todos podem ver os embriões e até tirar fotos;
- É inserido um catéter de silicone pelo colo do útero, pelo orifício interno, e a embrióloga traz um, dois, três ou quatro embriões (no caso de mulheres acima de 40 anos);
- O casal acompanha através de um ultrassom abdominal o cateter penetrando o colo, entrando pelo útero e saltando o líquido onde estão os embriões dentro do útero;
- No final é tirada uma foto dessa imagem ultrassonográfica que o casal guarda de recordação;
- Por fim, a cama busca o casal dentro do bloco cirúrgico. A mulher fica 15 minutos deitada. Depois ela levanta, pode ir no banheiro urinar, trocar de roupa e já está liberada para retornar normalmente às atividades.
Após todos esses detalhes, você deve estar se perguntando: como saber se deu certo? Não há sinal algum que indique a gravidez. Apenas o resultado do exame Beta HCG pode acusar o sucesso do tratamento.
Conheça a Técnica ICSI
Além da FIV tradicional, atualmente, a FIV é aliada a outras técnicas, como a ICSI para aumentar as chances de gravidez.
A sigla ICSI significa Injeção
Intracitoplasmática de Espermatozoides. Essa técnica foi criada em 1994
para viabilizar a fertilização de casais cujo homem apresenta o
diagnóstico de infertilidade masculina severa. Nesses casos, o homem
possui uma baixa ou rara produção de espermatozoides.
Até essa data, homens com esse
diagnóstico e os que passaram por vasectomia eram excluídos dos
programas de FIV, pois os resultados eram insatisfatórios e o sonho da
gestação não se concretizava. A técnica ICSI permite que quadros de
infertilidade neste nível fossem revertidos.
A ICSI é feita a partir da injeção de
um espermatozoide em cada óvulo no laboratório usando uma agulha sete
vezes mais fina que um fio de cabelo. Para o procedimento é usado um
microscópio especial e um aparelho chamado micromanipulador.
No Ibrra há um diferencial que é o
zelo com o procedimento. Afinal, o que faz a diferença para o sucesso da
FIV é o laboratório. Quem faz a fertilização é a Dra. Rafaela Scheffer
que fica horas e horas analisando o sêmen até encontrar o melhor
espermatozoide para fazer a fertilização. Ela é uma verdadeira
autoridade na área, tornou-se Especialista em Embriologia Humana pelo
Instituto Valenciano de Infertilidade na Espanha, um centro de medicina
reprodutiva referência no mundo, e é a única da instituição que faz o
procedimento com toda a dedicação e profissionalismo.
Veja Como Funciona a FIV PGD
A sigla PGD vem do inglês e significa
Pre Implantation Genetic Diagnosis e há também a sigla PGS, também do
inglês, que significa Pre Implantation Genetic Screening, em português a
tradução seria Diagnóstico Genético Pré-implantacional.
A diferença está no tipo de análise
genética realizada: enquanto a FIV PGD é usada para avaliar doenças
gênicas, a FIV PGS procura por doenças cromossômicas.
A FIV PGD é indicada para casais que
apresentam doenças genéticas hereditárias. Já a FIV PGS é indicada para
mulheres com idade avançada, casais com histórico de falhas em
tratamentos de Reprodução Humana ou abortos de repetição, homens em
tratamento com alterações espermáticas severas e casais que já tiveram
gravidez diagnosticada com alteração durante os exames de pré-natal. Fonte: ibrra.com.br
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