"No início, as pessoas podem ter dificuldades em adormecer, além de contrações musculares. Depois, perde-se progressivamente a capacidade de dormir"
Sonia Vallabh estudava na Faculdade de Direito de Harvard em
2010 quando sua mãe adoeceu. Aos poucos, ela parou de enxergar, perdeu
a memória e apresentava dificuldades para se comunicar. “Não era
possível afirmar se ela estava acordada ou dormindo”, disse Vallabh à
CNN. Sua mãe morreu em dezembro daquele ano. Pouco tempo depois, a filha
descobriu que a morte foi causada por uma doença genética extremamente
rara conhecida como insônia fatal.
O problema só foi descrito na literatura científica em 1986.
Os médicos classificam a doença misteriosa como um estado de ‘coma
acordado’. A insônia fatal afeta predominantemente o tálamo,
uma área do cérebro que influencia o sono. No início, as pessoas podem
ter dificuldades em adormecer, além de contrações musculares
ocasionais. Depois, perde-se, progressivamente, a capacidade de dormir.
Origem
“Há uma proteína que é uma espécie de coração da doença, a
proteína príon”, disse Vallabh. “Ela faz parte do corpo humano, mas é
capaz de sofrer uma mutação”. Quando isso ocorre, ela começa se
proliferar e a a matar as células cerebrais.
A consequência é o declínio cognitivo e a perda da
coordenação motora. A frequência cardíaca e a pressão arterial também
podem aumentar.
A morte do doente geralmente ocorre entre 7 meses e 6 anos
após o início dos primeiros sintomas. Os pesquisadores já testaram
estratégias para ajudar as pessoas com o problema a dormir, mas os
benefícios foram apenas temporários. Não há nenhum tratamento disponível
atualmente. Fonte: veja.abril.com.br
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