"Tipo sanguíneo é o nome dado ao agrupamento sanguíneo humano, onde
constam os tipos de sangue mais importantes."
Eles são: A, B, AB e O, que
se subdividem em Rh positivo(+) e Rh negativo(-). A correta indicação
do tipo sanguíneo é a chave para o sucesso de uma transfusão de sangue.
O
sangue é de extrema importância no organismo. Mais do que jorrar nos
filmes de terror, ele é responsável por diversas tarefas, como manter a
temperatura corporal constante, levar oxigênio para as células do corpo,
trazer o gás carbônico que liberamos durante as respirações, levar
nutrientes para as células e combater doenças através dos anticorpos.
Normalmente, o corpo humano possui um volume sanguíneo de
aproximadamente 70 mL/Kg de peso corporal para os adultos e 80mL/kg para
crianças. A média dos adultos possuem cerca de 4.900 mL de sangue.
Por
ser de extrema importância no organismo, a sua perda pode acarretar na
morte do indivíduo: a chamada morte por hemorragia. A definição de
hemorragia é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso
sanguíneo. Quanto mais sangue o organismo perder, maior será a
hemorragia e consequentemente o risco de vida.
No Brasil, o
sangue mais utilizado é O+ (positivo). Cada hemocentro deve ter seu
estoque constituído de, no mínimo, 50% desse sangue.
História dos tipos sanguíneos
Ao
longo dos séculos, a humanidade tentou inúmeras vezes realizar
transfusões de sangue de sucesso, para pessoas que tivessem perdido
muito do seu sangue em cirurgias ou acidentes, ou seja, sofressem
hemorragia. Às vezes dava certo e às vezes não, no entanto, a causa era
desconhecida.
Foi somente no início do século XX que o cientista
austríaco Karl Landsteiner comprovou que nem todos os sangues eram
bioquimicamente iguais.
Para isso, ele verificou que certas
amostras de sangue aglutinavam ou dissolviam suas hemácias (glóbulos
vermelhos) quando recebiam uma segunda amostra de sangue via transfusão,
enquanto outras não o faziam.
Ao dar continuidade em sua pesquisa, Karl observou que algumas
hemácias possuíam certos antígenos (substâncias que estimulam a produção
de anticorpos) anexos em sua superfície, que atraem anticorpos (células
de defesa) específicos que são responsáveis por destruí-las.
Quando
realizou transfusões de teste, ele descobriu dois tipos de antígenos
presentes nas hemácias, o que acarreta em dois tipos sanguíneos.
Landsteiner os denominou como A e B.
No caso das transfusões mal
sucedidas, os tipos sanguíneos não eram compatíveis, ou seja, as
hemácias doadas possuíam anticorpos para combater os antígenos que o
indivíduo continha em seu organismo, levando a pessoa à morte da mesma
maneira.
Havia, ainda, um terceiro tipo de sangue, no qual as
hemácias não carregavam nenhum antígeno, e o médico deu o nome de
“zero”, que acabou sendo conhecido como tipo O devido a sua grafia.
Assim, cada tipo sanguíneo carrega anticorpos contra antígenos do outro tipo, ou seja, antígenos que o organismo do indivíduo não possui. Então, se uma pessoa tipo A recebe sangue tipo A, ela não sofrerá nenhum problema.
Do
contrário, se essa pessoa recebe uma transfusão do tipo B, seus
anticorpos vão lutar contra os antígenos B, fazendo o sangue se
dissolver.
Quando falamos sobre tipos sanguíneos, é comum usarmos os termos aglutininas para mencionar os anticorpos e aglutinógenos para os antígenos.
Para
facilitar o entendimento sobre qual tipo sanguíneo contém cada
antígeno, e qual anticorpo ele pode possuir, confira a tabela abaixo:
Grupo sanguíneo | Antígeno do sistema ABO | Anticorpos que podem possuir | Anticorpos que não podem possuir |
A | A | Anti-B | Anti-A |
B | B | Anti-A | Anti-B |
AB | A e B | Anti-A e Anti-B | |
O | Nenhum | Anti-A e Anti-B |
Por que o sangue O pode ser doado para todos se ele tem os anticorpos A e B?
Isso
acontece porque, na transfusão sanguínea, não é o sangue inteiro que é
doado, mas sim algumas partes. Após a doação, as hemácias e plaquetas
são separadas do plasma, que é onde os anticorpos ficam armazenados. Desta
forma, quando um paciente tipo A recebe uma transfusão do tipo O, ele
não está recebendo os anticorpos que combatem os antígenos A e B, e seu
sangue segue intacto.
Determinação sanguínea
A
determinação sanguínea de um indivíduo é imutável e se dá
geneticamente, ou seja, o que determina o tipo sanguíneo de uma pessoa é
sua herança genética.
A transmissão
responsável pelo tipo sanguíneo ocorre por dois alelos (segmentos de
DNA): um é herdado do pai e outro da mãe, com a possibilidade de um
deles ser dominante e o outro recessivo.
Por
exemplo: Se os alelos do pai são AB (ambas as letras em maiúscula
porque são dominantes) e a mãe Ab (com A maiúsculo, pois é dominante e b
em minúsculo porque é recessivo), teremos a seguinte tabela para
possíveis tipos sanguíneos dos filhos do casal.
Tipos sanguíneos | B | b |
A | AB | Ab |
B | BB | Bb |
Sendo
assim, os filhos do casal possuem 25% de chance de serem do tipo
sanguíneo A (porque o A tem predominância no b, pois ele é recessivo),
25% de serem AB e 50% de chances de serem do tipo B. Com isso, concluímos que um casal AB e Ab jamais conceberia um filho com o tipo sanguíneo O.
Não sei meu tipo sanguíneo, isso é grave?
Aqueles
que não sabem o tipo sanguíneo não precisam se desesperar. Caso seja
necessária uma transfusão de sangue, ela só ocorrerá após os médicos
identificarem seu tipo sanguíneo. Se a situação for emergencial, será administrado o tipo sanguíneo O negativo, já que ele é o doador universal.
O que significa positivo e negativo?
Ao
falar que um indivíduo é A+ ou A-, estamos classificando ele em dois
grupos sanguíneos: o ABO, citado acima, e o Fator Rh, ou grupo sanguíneo
Rh. Ser positivo significa que o
antígeno Rh, também conhecido como antígeno D, está no sangue do
indivíduo naturalmente, enquanto que no negativo não. Ou seja:
Fator Rh | Antígeno do sistema Rh |
Positivo | Antígeno D |
Negativo | Sem antígeno D |
O
fator Rh está incluso no sistema Rh, que é o mais complexo dos sistemas
e o segundo grupo sanguíneo mais importante, ficando atrás apenas do
sistema ABO. O sistema Rh foi
descoberto pelo mesmo médico que descobriu o sistema ABO com a
colaboração de Alex Wiener, também médico austríaco.
Este sistema de grupos foi descoberto em 1937, através de testes realizados em macacos do gênero Rhesus. Eles observaram que o soro de coelhos imunizados com hemácias dos macacos do gênero Rhesus aglutinava (reunia-se), formando pequenos aglomerados.
Somente
em 1940, ao associarem a eritroblastose fetal — doença na qual a mãe e o
bebê possuem incompatibilidade de Rh — com a pesquisa anteriormente
feita, os pesquisadores perceberam que o Rh se tratava de um sistema.
Então, divulgaram o resultado do teste de hemaglutinação, nos quais 85%
das diferentes amostras de sangue humano aglutinaram ao serem misturadas
com o soro contendo anti-Rh.
No
entanto, não ocorre naturalmente de uma ser humano nascer com os
anticorpos Anti-D em seu plasma, a não ser que o sangue Rh+ tenha sido
introduzido anteriormente em seu organismo.
Como pode ocorrer essa introdução?
A
inoculação (introdução) poderia ocorrer através de um parto, uma
transfusão incompatível ou o compartilhamento de seringas em dependentes
químicos. Aqui se dá o conceito que
pessoas com sangue Rh positivo só podem receber sangue de Rh positivo e o
mesmo se dá com portadores do sangue Rh negativo. Na
realidade, uma pessoa Rh negativo pode ser exposta ao Rh positivo uma
única vez, sem o risco de morte, pois em um primeiro momento ela ficaria
sensibilizada e iria adquirir o Anti-D. A partir de então, a segunda
transfusão poderia ser fatal.
Com
os avanços medicinais, dificilmente ocorrem transfusões incompatíveis,
então é raro que este erro seja cometido deliberadamente. No entanto,
esse não é o caso em uma gestação em que a mãe e o bebê possuem Rh
incompatíveis.
Compatibilidade sanguínea
Quando falamos em compatibilidade
sanguínea, não estamos falando sobre se você e seu amor combinam e vão
ficar juntos para o resto da vida, e sim qual tipo sanguíneo é
compatível com qual, para assim determinar quem pode doar sangue para
quem. Confira a tabela:
Pode doar para: | Pode receber doação de: | |
Sangue tipo A+ | AB+ e A+ | A+, A- |
Sangue tipo A- | A+, A-, AB+ e AB- | A- e O- |
Sangue tipo B+ | B+ e AB+ | B+,B-, O+ e O- |
Sangue tipo B- | B+, B-, AB+ e AB- | B- e O- |
Sangue tipo AB+ | AB+ | A+,B+, O+, AB+, A-, B-, O- e AB- (todos) |
Sangue tipo AB- | AB+ e AB- | A-, B-, O- e AB- |
Sangue tipo O+ | A+, B+, O+ e AB+ | O+ e O- |
Sangue tipo O- | A+,B+, O+, AB+, A-, B-, O- e AB- (todos) | O- |
Ao doar sangue, você está ajudando a salvar vidas. Em alguns estados os doadores de sangue possuem alguns benefícios, como:
- Prioridade no atendimento médico no SUS;
- Prioridade na marcação de exames laboratoriais complementares pelo SUS;
- Meia entrada em shows, jogos de futebol, cinema e eventos culturais;
- Falta remunerada (uma vez a cada 12 meses o funcionário tem o direito de faltar ao trabalho para realizar a doação de sangue e nada pode ser descontado da sua remuneração);
- Os doadores são indenizados pela despesa de ida e volta do Hemocentro, na quantia equivalente a dois vales transporte.
Quem pode doar?
Para doar sangue é necessário um pouco mais do que a boa vontade, conheça abaixo os requisitos básicos:
- Estar em boas condições de saúde;
- Ter entre 16 e até 69 anos, desde que a última doação tenha ocorrido até os 60 anos (para menores de idade, são necessários documentos adicionais.);
- Pesar no mínimo 50kg;
- Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
- Estar devidamente alimentado (evitando gorduras pelo menos 4 horas antes da doação);
- Apresentar documento original com foto recente (RG, carteira de trabalho, carteira de motorista, cartão de identidade profissional liberal ou previdência social).
Quem não pode doar?
Infelizmente
o grupo de quem não pode doar é bem mais extenso do que os que podem.
Dentro deles existem dois subgrupos. Os definitivos e os temporários,
conheça-os detalhadamente:
Quem não pode doar sangue temporariamente?
- Pessoas resfriadas;
- Grávidas;
- Mulheres no pós-parto (90 dias para parto normal e 180 para cesariana);
- Após procedimento endoscópico (endoscopia digestiva alta, colonoscopia, rinoscopia e etc);
- Indivíduos que consumiram álcool nas últimas 12 horas;
- Mulheres que estão amamentando a menos de 12 meses;
- Após extração dentária ou qualquer cirurgia odontológica;
- Acupuntura;
- Quem tenha se vacinado contra a gripe, em menos de 48 horas;
- Indivíduos que estejam com herpes labial, genital ou Zoster;
- Pessoas que estiveram no Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Tocantins e qualquer outro local com alta incidência de malária, em menos de 1 mês (após este período o médico avaliará o estado de saúde do indivíduo, podendo liberá-lo para transfusão ou prolongando o tempo de espera);
- Quem esteve em regiões com alta incidência de febre amarela, em menos de 4 semanas (após este período o médico avaliará o estado de saúde do indivíduo, podendo liberá-lo para transfusão ou prolongando o tempo de espera);
- Indivíduos que viajaram para a Europa ou EUA, em menos de 5 semanas (após este período o médico avaliará o estado de saúde do indivíduo, podendo liberá-lo para transfusão ou prolongando o tempo de espera);
- Pessoas que tenham feito tatuagem, acupuntura ou colocado piercing (é necessário aguardar de 6 a 12 meses, para que haja a certeza que não houve contaminação de nenhum tipo de hepatite.
Quem não pode doar sangue definitivamente?
- Indivíduos que adquiriram hepatite após os 11 anos de idade;
- Usuários de drogas ilícitas injetáveis;
- Pessoa com malária;
- Portadores de AIDS (vírus HIV), Doença de Chagas e doenças associadas aos vírus HTVL 1 e 2.
Compatibilidade plasmática
A
compatibilidade do plasma é diferente da compatibilidade dos glóbulos
vermelhos (hemácias). Com isso, indivíduos podem receber plasma
sanguíneo de pessoas que não fazem parte do seu grupo de tipos
sanguíneos compatíveis. Transfusões de
plasma são comumente realizadas para substituir ou auxiliar o plasma já
existente do indivíduo na fase de coagulação. Confira a tabela de compatibilidade de plasma:
Receptor | Doador | |||
O | A | B | AB | |
O | ✔ | ✔ | ✔ | ✔ |
A | ✔ | ✔ | ||
B | ✔ | ✔ | ||
AB | ✔ |
O que acontece nas transfusões incompatíveis?
Nas
transfusões incompatíveis do grupo sanguíneo ABO, os anticorpos Anti-A e
Anti-B atacam e destroem quase que imediatamente as hemácias da
transfusão. Os sintomas desencadeados normalmente se iniciam já durante a
transfusão. São eles:
- Febre;
- Calafrios;
- Dor na lombar e possível urina marrom.
Essa
reação é uma emergência médica, que pode evoluir para a coagulação
intravascular, ou seja, coagulação do sangue dentro dos vasos sanguíneos
por todo o corpo. Neste
caso os médicos em prontidão administram grandes quantidades de soro
fisiológico por via venosa, pois isso impede que as hemácias coaguladas
obstruam os túbulos renais.
Não é incomum que indivíduos que passam por esta experiência desenvolvam algum tipo de insuficiência respiratória e/ou hipotensão. Já
os casos de transfusão sanguínea com Rh incompatível não costumam ser
tão agressivas. A destruição das hemácias surgem de 3 a 30 dias após a
transfusão. Os sintomas desencadeados são:
- Anemia;
- Febre;
- Elevação sanguínea da bilirrubina indireta (bilirrubina é uma substância encontrada na bile e que, quando normalizada, é expelida pela urina).
Antígeno Rh na gravidez
A eritroblastose fetal, também conhecida doença de Rhesus, doença hemolítica por incompatibilidade de Rh ou doença hemolítica do recém nascido, pode ser diagnosticada logo no início da gravidez. Durante o pré-natal, o obstetra solicita diversos exames, entre eles o de tipagem sanguínea e o fator Rh da mãe e do pai, assim é possível descobrir se há ou não riscos de incompatibilidade entre o sangue da mãe e do feto.
Esta doença surge quando
uma mãe Rh- gesta um filho Rh+ pela segunda vez. Ela só se manifesta na
segunda gestação, pois a mãe foi apenas sensibilizada na primeira.
O sangue da mãe entra inevitavelmente em
contato com o sangue do feto e, a partir disso, começa a produzir
anticorpos contra os antígenos presentes nas hemácias do Rh+, ou seja, a
mãe produz anticorpos contra o feto. É importante mencionar que estas
reações nem sempre acontecem e são ainda mais raras quando o feto
apresenta antígenos A ou B e a mãe não.
Como
já mencionado, o organismo não produz anticorpos para o que faz parte
de seu DNA, eles são apenas produzidos em situações raras como a
descrita acima. Então, pessoas Rh- nunca iniciarão a produção de Rh+,
pois, ao ter em seu plasma um anticorpo oposto ao seu antígeno
correspondente, todas as suas hemácias seriam destruídas por ele.
Caso
a mulher esteja gestando seu primeiro filho com Rh incompatível, é
necessário tomar uma injeção de gamaglobulina anti-Rh, também chamada de
anti-D, nas primeiras 72 horas após o parto. Isso
evita que um segundo bebê Rh+ tenha suas hemácias destruídas pelos
anticorpos da mãe. Essa injeção irá destruir as células do bebê que
permaneceram no organismo da mãe antes que ela seja sensibilizada. Com
isso, vemos a importância do pré-natal. Afinal, é através dele que é
possível descobrir com antecedência a incompatibilidade de Rh.
Tipos sanguíneos raros
Por
ser compatível com qualquer outro tipo sanguíneo, o sangue O- é
universal e, portanto, as pessoas o associam a palavra “raro”. Outro
tipo sanguíneo que é tido como raro é o AB. No entanto, existem tipos bem mais raros que ambos descritos acima. É o caso relatado pela revista Mosaic Science: o “sangue dourado”.
Para entender o quanto o sangue dourado é
raro, é necessário saber que existem 35 sistemas sanguíneos, sendo
organizados de acordo com os genes que transportam a informação para
produzir os antígenos dentro de cada sistema.
A
maioria dos 342 antígenos do grupo ABO pertence a um desses sistemas.
Somente o sistema Rh possui 31 antígenos, sendo o maior dos sistemas. O
mais importante antígeno é o anti-D, e quando ele não está presente
naturalmente em um indivíduo, o intitulamos com Rh negativo.
Entretanto,
no sangue dourado, todos os antígenos estão ausentes. Por esta razão,
ele é denominado sangue nulo. Até 2010, apenas 43 pessoas estavam
listadas com este tipo sanguíneo em todo o mundo.
Características dos tipos sanguíneos
Acreditando
ou não, existem estudiosos que afirma que os tipos sanguíneos refletem
na personalidade do indivíduo. A teoria mais bem difundida é a do
professor japonês Tokeji Furukawa, de 1930. No
entanto, a ciência ainda não foi capaz de comprovar a veracidade deste
estudo. Porém, ela pode afirmar a propensão à doenças de cada tipo
sanguíneo. Confira:
Portadores do tipo A
A
composição de antígenos de uma pessoa é o que determina o quanto de um
hormônio específico ela libera. No caso deste tipo sanguíneo, a
liberação de cortisol é muito maior, o que o deixa mais propenso ao estresse. Este tipo também possui uma probabilidade 20% maior em desenvolver câncer do estômago em comparação aos tipos O e B, e um risco 5% maior para doenças cardíacas em comparação ao tipo O. Infelizmente, para os portadores deste sangue, o risco de contrair câncer de pâncreas, leucemia e infecções como varíola e malária grave são maiores. A boa notícia é que este sangue é menos atrativo para os mosquitos.
Portadores do tipo B
As
pessoas com tipo B possuem um aumento de 11% no risco de doenças
cardíacas. As mulheres com sangue B ou AB apresentam um risco elevado de
desenvolver câncer de ovário. Como nem
só de más notícias nós vivemos, os portadores deste tipo sanguíneo tem
até 50.000 vezes mais o número de estirpes de bactérias benéficas do que
as pessoas com o tipo O.
Portadores do tipo AB
Estas pessoas apresentam um risco aumentado de 23% para doenças cardíacas sobre os de tipo O. Mulheres
AB podem sofrer o dobro de vezes de pré-eclâmpsia em gravidez. Este
tipo ainda conta com 82% a mais de chances de possuir dificuldades
cognitivas, principalmente em áreas como recuperação da memória,
linguagem e atenção.
Portadores do tipo O
Por
último, mas não menos importante, temos os nossos queridinhos do tipo
O. As pessoas com este tipo sanguíneo estão mais propensas a terem
úlceras e romperem seus tendões de Aquiles. A
parte boa é que elas apresentam um risco menor de sofrerem de câncer
pancreático e possuem menor risco de morrer de malária do que os outros
grupos sanguíneos. Em questão de mosquitos, é duas vezes mais propenso a
repeli-los.
Dieta do tipo sanguíneo
Por
mais incrível que pareça, existe de fato uma dieta baseada no tipo
sanguíneo. Esta teoria foi desenvolvida pelo médico naturopata Peter
d’Adamo e publicada em seu livro “Eat right for your type’’
que, traduzido, significa “Alimente-se corretamente de acordo com seu
tipo”. O livro foi publicado em 1996 nos Estados Unidos. Segundo Peter, para cada tipo sanguíneo, os alimentos são considerados:
Benéficos | Alimentos que evitam e curam doenças |
Nocivos | Alimentos que podem agravar doenças |
Neutros | Não trazem, nem curam doenças |
De
acordo com o médico, os tipos sanguíneos tem forte influência no
organismo. e determinam o bom funcionamento do metabolismo, sistema
imunológico, a personalidade e as emoções de cada pessoa, gerando o
bem-estar, ajudando na perda de peso e fortalecendo a saúde, tudo isso a
partir da mudança de hábitos alimentares. Esta
dieta abalou o mundo estético e médico, a polêmica foi tanta que
diversos pesquisadores começaram seus próprios estudos sobre a dieta do
tipo sanguíneo.
Contudo, na Universidade de Toronto, no Canadá, um estudo realizado com cerca de 1.455 pessoas comprovou que as necessidades nutricionais de um indivíduo não possuem relação com o seu tipo sanguíneo.
Ahmed
El-Sohemy, coordenador do estudo, afirmou que não foi encontrada
nenhuma evidência que apoia a teoria do médico Peter d’Adamo, e que a maneira das pessoas reagirem às dietas que Peter sugere estão
relacionadas com a sua capacidade de manter uma alimentação
sensivelmente vegetariana ou pobre em carboidratos, e não com seu tipo
sanguíneo.
O sangue é fundamental
no nosso organismo, por isso é necessário estar o mais bem informado
possível sobre ele. Compartilhe este artigo com um amigo e o ajude a
entender os tipos sanguíneos de forma rápida e eficiente. Fonte: minutosaudavel.com.br
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